RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de selamento da interface adesiva com duas técnicas de inserção de resina em dentes posteriores (incremental e incremento único) e duas resinas compostas: uma de alta viscosidade (Surefil) outra híbrida (TPH Spectrum). Trinta e duas cavidades Classe II com margens em esmalte (2,5mm X 2,5mm X 5mm) foram preparadas em dentes pré-molares (n=8) recentemente extraídos e livres de cárie. As cavidades foram restauradas com Surefil ou TPH pela técnica de incremento único ou pela técnica incremental horizontal. Depois de 24 horas na água, os dentes foram termociclados (500x, 5-55°C, 60s). Depois de uma semana na água, os dentes foram seccionados mésio-distalmente, com um disco diamantado em baixa velocidade. As amostras foram subseqüentemente processadas para análise no MEV. Os resultados obtidos através do percentual médio de formação de fendas na interface foram analisados por Anova 2 e Duncan. Resultados: Incr./TPH= 11,3%a; Incr./Surefil=9,8%a; Incremento único/TPH=37,9%b; Incremento único/Surefil=21,9%a. Surefil como técnica de inserção única teve formação de fendas, semelhantemente à técnica incremental com TPH ou Surefil. TPH com inserção única teve estatisticamente maior porcentagem de formação de fendas que os outros grupos. A técnica incremental de inserção de resina resultou numa menor porcentagem de formação de fendas que a técnica de inserção única. A técnica incremental de inserção da resina em dentes posteriores promove melhor selamento que a técnica do incremento único. Entretanto, se a técnica de inserção única for selecionada, o uso de uma resina composta de alta viscosidade pode resultar numa melhor capacidade de selamento