Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 30
Filtrar
Mais filtros











Intervalo de ano de publicação
1.
Tempo psicanál ; 55(1): 6-31, jan.-jun. 2023. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1450565

RESUMO

Partindo do perceptível conflito entre as determinações fantasísticas do social, referentes ao feminino e o desejo da mulher enquanto sujeito, que chega à clínica materializado em um profundo sofrimento psíquico do qual ela parece incapaz de atravessar, questionamos: quais seriam os elementos da cena social atramados na fantasia social que apontam para o que consideramos representações do feminino? Assim, objetivamos articular o grafo do desejo em Lacan com a noção de fantasia social em Zizek para tentar responder o que haveria de feminino na fantasia, ou seja, como a dialética do desejo e a noção de fantasia social podem ajudar a compreender as construções fantasísticas do feminino. Para tanto, lançamos mão de uma investigação teórica com enfoque no texto lacaniano Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano (1960) e no texto de Slavoj Zizek Eles não sabem o que fazem - o sublime objeto da ideologia (1992), sem desconsiderar, contudo, comentadores de ambos os teóricos mencionados. Nessa perspectiva, este estudo desenvolveu a articulação dos conceitos - fantasia, desejo, feminino e fantasia social - procurando se organizar a partir de três questões: 1) De que forma as elaborações de Zizek sobre ideologia como fantasia social auxilia a compreender a dialética do desejo em Lacan?; 2) De que forma o desejo do Outro, enquanto social, resta na fantasia do sujeito, de modo a responder pela articulação fundamental entre a demanda e o desejo?; 3) Sob qual razão os elementos conjunturais são tomados na perspectiva estrutural que compõe o que entendemos por feminino na fantasia? Tomando por base a assertiva de que a sociedade não existe por si mesma, o feminino na fantasia poderia sustentar a própria fantasia de uma ordem social, ao cumprir a função de tamponar os hiatos deixados pela dissimetria entre o sujeito e o social.


Starting from the perceptible conflict between the fantastical determinations of the social referring to the feminine and the woman's desire as a subject who arrives at the clinic materialized in a deep psychic suffering that she seems unable to go through, we question: what would be the elements of the social scene strung in fantasy that point to what we consider representations of the feminine? Thus, we aim to articulate the graph of desire in Lacan with the notion of social fantasy in Zizek to try to answer what would be feminine in fantasy, that is, how the dialectic of desire and the notion of social fantasy can help us to understand the constructions feminine fantasies. For that, we make use of a theoretical investigation focusing on the Lacanian text Subversion of the subject and the dialectic of desire in the Freudian unconscious (1960) and on the text of Slavoj Zizek They do not know what they do - the sublime object of ideology (1992), without disregard, however, commentators of both theorists mentioned. In this perspective, this study developed the articulation of the concepts - fantasy, desire, feminine and social fantasy - seeking to organize itself from three questions: 1) How do Zizek's elaborations on ideology as social fantasy help us to understand the dialectic of the desire in Lacan?; 2) How does the Other's desire, as a social one, remain in the subject's fantasy, in order to respond to the fundamental articulation between demand and desire?; 3) Under what reason are the conjunctural elements taken in the structural perspective that compose what we understand by feminine in fantasy? Based on the assertion that society does not exist by itself, the feminine in fantasy could sustain the fantasy of a social order, by fulfilling the function of plugging the holes left by the dissymmetry between the subject and the social.


Partiendo del perceptible conflicto entre las determinaciones fantásticas de lo social referente a lo femenino y el deseo de la mujer como sujeto que llega a la clínica materializado en un profundo sufrimiento psíquico que parece incapaz de atravesar, nos cuestionamos: ¿cuáles serían los elementos de la escena social ensartadas en la fantasía que apuntan a lo que consideramos representaciones de lo femenino? Así, pretendemos articular el grafo del deseo en Lacan con la noción de fantasía social en Zizek para tratar de responder qué sería femenino en la fantasía, es decir, cómo la dialéctica del deseo y la noción de fantasía social pueden ayudarnos a comprender las construcciones fantasías femeninas. Para ello, nos valemos de una investigación teórica centrada en el texto lacaniano Subversión del sujeto y la dialéctica del deseo en el inconsciente freudiano (1960) y en el texto de Slavoj Zizek No saben lo que hacen - el objeto sublime de la ideología (1992), sin menospreciar, sin embargo, los comentadores de ambos teóricos mencionados. En esta perspectiva, este estudio desarrolló la articulación de los conceptos - fantasía, deseo, femenino y fantasía social- buscando organizarse a partir de tres interrogantes: 1) ¿De qué manera las elaboraciones de Zizek sobre la ideología como fantasía social nos ayudan a comprender la dialéctica del deseo? en Lacan?; 2) ¿Cómo el deseo del Otro, como social, permanece en la fantasía del sujeto, para responder a la articulación fundamental entre demanda y deseo?; 3) ¿Bajo qué razón se toman los elementos coyunturales en la perspectiva estructural que componen lo que entendemos por femenino en la fantasía? Partiendo de la afirmación de que la sociedad no existe por sí mismo, lo femenino en la fantasía podría sustentar la fantasía de un orden social, cumpliendo la función de tapar los agujeros dejados por la disimetría entre el sujeto y lo social.

2.
Agora (Rio J.) ; 26: e260356, 2023.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1519974

RESUMO

RESUMO: Este texto objetiva apresentar uma leitura da literatura erótica contemporânea a partir da teoria psicanalítica de Sigmund Freud. Percorrendo a história da escrita feminina e da literatura erótica, verifica-se o surgimento da chamada literatura erótica contemporânea. Entre as características desse gênero, destaca-se o cenário das tramas eróticas que torna central um eixo sombrio no qual gravita a sexualidade das personagens que, à luz da teoria freudiana, pode ser lida como um caráter disruptivo, característica fundamental das relações amorosas. Nesse viés, para que a erótica se valha como tal, torna-se necessária a presença de um traço discordante que nomeamos de neiko-erótico.


ABSTRACT: This text aims to present a reading of contemporary erotic literature based on Freud's psychoanalytic theory. Going through the history of women's writing and erotic literature, we can see the emergence of the so-called contemporary erotic literature. Among the characteristics of this genre, the setting of erotic plots stands out, which makes central a dark axis in which the sexuality of the characters gravitates which, in the light of Freudian theory, can be read as the disruptive character, a fundamental characteristic of love relationships. In this bias, for eroticism to be valid as such, the presence of a discordant trait that we call neiko-erotic is necessary.


Assuntos
Psicanálise , Literatura Erótica , Teoria Freudiana
3.
Agora (Rio J.) ; 23(3): 72-80, set.-dez. 2020.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos, LILACS | ID: biblio-1130824

RESUMO

RESUMO: Em Totem e tabu, Freud faz menção a um pai mítico - Urvater - ideia simbólica de um homem originário que pode ser inferido como um pressuposto mítico desde o qual será proposto um modelo de homem. Frente a isso, questionamo-nos: quais seriam os pressupostos "mitológicos" da psicanálise desde os quais se tornou admissível pensar a mulher freudiana? Objetivamos identificar, na obra de Freud, se a mitologia serviu como recurso de proposição do modelo feminino. Assim, problematizamos o recurso freudiano inicial de pensar a sexualidade feminina como modelo oposto incontornável da sexualidade masculina.


Abstract: In Totem and Taboo, Freud mentions a mythical father - Urvater - a symbolic idea of an original man that can be inferred as a mythical presupposition from which a model of man will be proposed. In the face of this, we ask ourselves: what are the "mythological" presuppositions of psychoanalysis from which the Freudian woman has become admissible? We aim to identify, in Freud's work, whether mythology served as a resource for proposing the female model. Thus, we discuss the initial Freudian recourse to think of female sexuality as the inescapable opposite model of male sexuality.


Assuntos
Psicanálise , Sexualidade , Feminismo , Prática Clínica Baseada em Evidências
4.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 23(1): 99-120, jan.-mar. 2020.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1099183

RESUMO

Apresenta-se, neste artigo, uma cartografia da diferença sexual, no intuito de refletir sobre as marcas sócio-históricas ocidentais que repercutiram na elaboração da teoria freudiana sobre a sexualidade moderna. Em decorrência dessa reflexão, percebe-se que o discurso referente à diferença natural entre os sexos é recente, motivo pelo qual não devemos tratá-lo com naturalidade. Entende-se que os pressupostos que possibilitaram o nascimento da psicanálise não escapam às tentativas cientificistas de estabelecer a natureza das sexualidades masculina e feminina. Entretanto, ao deslocar o foco da sexualidade do biológico para o psíquico, Freud opera uma leitura que evidencia os rastros de um discurso moral que se mostrava na construção dos laços sociais entre os gêneros, que perpetua, em grande medida, no contemporâneo.


This article maps sexual difference to reflect on Western socio-historical features that influenced Freud's theory on modern sexuality. As a result, we note that the discourse on the natural difference between genders is recent, which is why we should not take it as a matter of course. It is understood that the assumptions that enabled the birth of psychoanalysis do not escape scientific attempts to establish the nature of male and female sexualities. However, by shifting the focus of sexuality from the biological to the psychic, Freud performs a reading that shows the marks of a moral discourse that has shown in the construction of social bonds between genders and still impacts, to a large extent, our contemporary era.


Cet article présente une cartographie de la différence sexuelle afin de réfléchir sur les marques socio-historiques occidentales qui ont eu des répercussions sur l'élaboration de la théorie de Freud sur la sexualité moderne. Cette réflexion montre que le discours sur la différence naturelle entre les sexes est récent, raison pour laquelle nous ne devrions pas le considérer comme une évidence. Il est entendu que les hypothèses qui ont donné naissance à la psychanalyse n'échappent pas aux tentatives scientifiques visant à établir la nature des sexualités masculines et féminines. Cependant, en déplaçant le centre de la sexualité du biologique vers le psychique, Freud opère une lecture qui met en évidence les traces d'un discours moral qui s'est manifesté dans la construction de liens sociaux entre les sexes et qui se perpétue en grande partie dans le contemporain.


Este artículo presenta una cartografía de la diferencia sexual, con el fin de reflexionar sobre las marcas sociohistóricas occidentales que repercutieron en la elaboración de la teoría de Freud sobre la sexualidad moderna. Como resultado de esta reflexión, queda claro que el discurso sobre la diferencia natural entre los sexos es reciente y, por lo tanto, no debemos tratarlo de forma natural. Se entiende que las premisas que permitieron el nacimiento del psicoanálisis no escapan a los intentos científicos de establecer la naturaleza de las sexualidades masculina y femenina. Sin embargo, al cambiar el enfoque de la sexualidad, yendo de lo biológico a lo psíquico, Freud realiza una lectura que resalta las marcas de un discurso moral que se mostraba en la construcción de los lazos sociales entre géneros, que se perpetúa, en gran medida, en lo contemporáneo.

5.
Psicol. pesq ; 13(3): 1-25, set.-dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1098525

RESUMO

Objetiva-se demonstrar que o discurso natural da diferença entre os sexos que figurava no século XIX, na verdade, aponta para um discurso moral dessa diferença. Trata-se, portanto, de uma investigação teórica de cunho psicanalítico com enfoque em Sigmund Freud e em alguns autores que realizam uma análise de questões concernentes à diferença entre os sexos. Em decorrência dessa reflexão, percebe-se que os pressupostos que possibilitaram o nascimento da psicanálise não escapam às tentativas cientificistas de estabelecer a natureza das sexualidades masculina e feminina. Entretanto, ao deslocar o foco da sexualidade do biológico para o psíquico, Freud opera uma leitura original que evidencia as marcas psíquicas de um discurso moral que mostra sua ressonância, em grande medida, na clínica contemporânea.


This work aims to demonstrate that the natural discourse of the difference between the sexes that figured in the nineteenth century, in fact, points to a moral discourse of this difference. It consists, therefore, in a psychoanalytical theoretical investigation focusing on Sigmund Freud and some authors who analyze issues concerning the difference between the sexes. As a result of this reflection, it is clear that the assumptions that enabled the birth of psychoanalysis do not escape the scientific attempts to establish the nature of male and female sexualities. However, by shifting the focus of sexuality from the biological to the psychic, Freud operates an original reading that highlights the psychic marks of a moral discourse that shows its resonance to a large extent in contemporary clinical practice.


El objetivo es demostrar que el discurso natural de la diferencia entre los sexos presente durante el siglo XIX apunta, de hecho, a un discurso moral de esta diferencia. Se trata, por lo tanto, de una investigación teórica psicoanalítica centrada en Sigmund Freud y algunos autores que analizan cuestiones relacionadas con la diferencia entre los sexos. Como resultado de esta reflexión, está claro que los supuestos que permitieron el nacimiento del psicoanálisis, no escapan a los intentos científicos de establecer la naturaleza de las sexualidades masculinas y femeninas. Sin embargo, al cambiar el enfoque de la sexualidad de lo biológico a lo psíquico, Freud realiza una lectura original que resalta las marcas psíquicas de un discurso moral que muestra su resonancia en gran medida en la práctica clínica contemporánea.

6.
Nat. Hum. (Online) ; 21(1): 100-119, jan.-jun. 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1430936

RESUMO

Este artigo objetiva reunir alguns aspectos trazidos por Freud nas conferências introdutórias sobre a psicanálise para serem articulados com alguns aspectos de outros momentos da teoria psicanalítica. A partir disso, apresentaremos como norteamento o levantamento de algumas considerações sobre a noção de sintoma presente em duas conferências: "O sentido dos sintomas" e "Os caminhos da formação dos sintomas". Nestas, o sintoma como portador de um sentido singular e inconsciente a ser interpretado e a dimensão de satisfação libidinal presente no sintoma serão aspectos fundamentais para este trabalho. Destacamos, ainda, que a metodologia consiste em um trabalho teórico pautado pela articulação de conceitos psicanalíticos com o intuito de formular contribuições frutíferas. A partir disso, pretendemos demonstrar o caráter essencial dessas duas conferências para o estudo da noção de sintoma em psicanálise na atualidade. Assim, faremos, também, uma breve articulação com o os chamados "novos sintomas", como as toxicomanias, tão comuns na clínica atual.


This paper aims to reunite some aspects brought by Freud in the introductory conferences about psychoanalysis to be articulated with some other aspects of different moments in the psychoanalytic theory. From this, we shall present as a guideline a collection of considerations about the notion of symptom presented in two conferences: "The meaning of symptoms" and "The ways of symptom developing". In these, the symptom as a bearer of a singular and unconscious meaning to be interpreted and the dimension of libidinal satisfaction contained in it will be fundamental aspects in the conduction of this work. We also point out that the methodology consists in a theoretic work guided by the articulation of psychoanalytic concepts with the aim of extracting meaningful contribution from it. After that, we intend to show the essential character of these two conferences for the further study of the symptom notion in psychoanalysis. We will also do a brief articulation with the so called "new symptoms", such as drug addiction, which is so common in current clinical practice.

7.
Rev. psicanal ; 26(2)2019.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1016811

RESUMO

Lacan, ao explicitar a questão do gozo em O seminário, livro VII, a ética da psicanálise (1959/1960), articula-o à satisfação de uma pulsão de morte que ultrapassa as barreiras do princípio do prazer, trazendo, assim, na maioria das vezes, satisfação na dor, gerada por uma compulsão à repetição inconsciente. Assim, metonimicamente, a elaboração do gozo em Lacan nos lança para noções e conceitos fundamentais em Freud, sem os quais sua enunciação se configuraria apenas em jargões e não como construção teórica a partir da clínica. Nesse sentido, sustentamos que seria impossível conceber esta elaboração do gozo, suscitada no referido seminário, sem remeter às bases conceituais que tornam o conceito de gozo possível em Lacan, bem como ao encontro com uma noção de gozo em Freud


Lacan, in expliciting the jouissance concept in The seminar, book VII, The ethics of psychoanalysis (1959/1960), hinges it to the satisfaction of a death drive which transcends the limits of the pleasure principle, therefore bringing, most of the times, satisfaction in pain, generated by an unconscious compulsion to repetition. Therefore, metonymically, working-through jouissance in Lacan takes us to key notions and concepts in Freud, without which verbalizing it would be only jargon, and not a theoretical construction from the symptoms from the clinical work. We state that it would be impossible to conceive this working-through of jouissance, evoked in the above-mentioned seminar, without referring to the conceptual bases that render possible the jouissance concept in Lacan, as well as to a notion of jouissance in Freud


Lacan, al hacer explícita la cuestión de lo goce en El seminario, libro 7, La ética del psicoanálisis (1959/1960), lo articula a satisfacción de una pulsión de muerte que sobrepasa los límites del principio del pracer, lo que hace que, en la mayoría de las veces, la satisfacción en el dolor, generada por una compulsión inconsciente a la repetición. Así, metonímicamente, la elaboración del concepto de goce en Lacan nos lanza a nociones y conceptos fundamentales en Freud, sin lo cual su enunciación se limitaría solo a la jerga y no como una construcción teórica de la clínica. Afirmamos que no sería posible concebir la elaboración del concepto de goce, evocado en el VII seminario, sin referirse a las bases conceptuales que hicieron posible el concepto de goce en Lacan, así como el encuentro con una noción de goce en Freud


Assuntos
Impulso (Psicologia) , Instinto
8.
Gerais (Univ. Fed. Juiz Fora) ; 11(2): [227 - 338], jul. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-914636

RESUMO

Neste artigo procuramos elucidar aspectos do discurso presente no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) a partir da escuta psicanalítica. Para tanto, seguimos por uma reflexão orientada pelos pressupostos teóricometodológicos da Psicanálise. Ao analisarmos o discurso que permeia a instituição Cras, verificamos que o significante mestre (S1) da inclusão pressupõe um sujeito que pode vir a ser amparado pela Assistência Social. Mas quando o sujeito endereça sua demanda ao CRAS, ele se depara com o Outro ( ), institucional, que se pretende onipotente, mas que também é barrado, que porta em si uma falta. Nesse momento, não cabe ao psicanalista escutar a partir do discurso institucional. Pois tal posicionamento impossibilita que o próprio sujeito se posicione perante seu desejo. Ao psicanalista, como operador do singular, cabe diferenciar-se de uma óptica predominantemente assistencial que prioriza o aspecto material em detrimento das urgências subjetivas das famílias/sujeitos.


This article intends to elucidate aspects which are present in the discourse of Social Assistance Reference Centers (Cras) from the psychoanalytical listening perspective. For this, there is a reflection guided by theoretical and methodological assumptions of Psychoanalysis. Analyzing the discourse that permeates Cras institution, it was verified that the master-signifier (S1) of inclusion presupposes an individual who can be supported by Social Assistance. Despite that, when the individual searches for support at Cras, he or she faces the Other ( ), institutional, who intends to be omnipotent, but is also blocked, and has his own fault. In this moment, the psychoanalyst cannot listen from the institutional discourse perspective, because it would make impossible for the individual to position himself before his own desire. For the psychoanalyst, as an operator of the singular, it is necessary to differentiate himself from a welfare predominant view that prioritizes the material aspect to the detriment of subjective urgencies of families/individuals.


Assuntos
Psicanálise , Serviço Social , Política Pública , Discurso
9.
Reverso ; 39(74): 47-53, dez. 2017.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-71286

RESUMO

Neste trabalho apresenta-se a evolução da família visando questionar o que dela pode ser variável e singular. Para isso, percorrem-se os textos de Freud e Lacan para discernir o conceito de família na psicanálise em contraponto ao discurso social. Além disso, articula-se a conjugalidade ao exercício das funções materna e paterna, descrevendo como a família exerce função primordial na constituição psíquica de um sujeito e como ao fazer isso, transmite concomitantemente as insígnias da própria sexualidade.(AU)


This paper presents the evolution of family seeking to question what in it can be variable and unique. To this end, the works of Freud and Lacan are analyzed to discern the concept of family in Psychoanalyses in counterpoint to social discourse. The conjugality of performing maternal and paternal duties is also articulated, describing how the family plays a primary role in the psychic constitution of a subject and how, in doing this, concomitantly, transmits the insignia of his or her own sexuality.(AU)

10.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 17(1): 238-258, jan.-abr. 2017.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-915752

RESUMO

Refletimos aqui sobre as contribuições da Teoria Psicanalítica na especificidade da Política Socioassistencial. Trata-se de uma reflexão teórica orientada pelos pressupostos teórico-metodológicos da Psicanálise. A prerrogativa do cenário em questão é que o atendimento socioassistencial, voltado para a resolução das demandas dos usuários, seja pilar nessa instituição. O profissional de orientação psicanalítica, como técnico de referência do CRAS, deve ficar atento à demanda acerca dos direitos sociais. Esse é o objetivo primordial dessa instituição. No entanto, seu compromisso com a ética do desejo deve ser pautado na instituição. A diferenciação entre necessidade, demanda e desejo, orientada pela teoria psicanalítica, nos auxilia a diferenciar o que há de implícito na demanda socioassistencial que é endereçada ao CRAS. A afirmação de que há desejo, e não apenas necessidade no âmbito da Assistência Social, nos esclarece que existem sujeitos nessa instituição, e não simplesmente usuários. Uma prática institucional alicerçada na escuta se desdobra na consideração do sujeito no lugar do agente de um saber. Essa escuta propicia condições para o surgimento do sujeito em sua condição de desejante. (AU)


This study reflects on the contributions of Psychoanalytic Theory in the specific nature of social assistance policy. This is a theoretical reflection guided by theoretical and methodological assumptions of psychoanalysis. The prerogative of the scenario in question is that the social assistance service, aimed at resolving the demands of users, either pillar that institution. Professional psychoanalytic while CRAS reference technician should be aware about the demand of social rights, this is the main objective of this institution. However, their commitment to the ethics of desire must be based. Differentiating between necessity, demand and desire, guided by psychoanalytic theory, helps us to distinguish what is implicit in the social-demand that is addressed to CRAS. The claim that there is desire, not just need under the Social Assistance, explains to us that there are subjects that institution, not simply users. An institutional practice rooted in listening unfolds in consideration of the subject in place of the agent of knowledge. This listening provides conditions for the emergence of the subject in his desiring condition. (AU)


Este estudio refleja en las contribuciones de la teoría psicoanalítica en la naturaleza específica de la política de asistencia social. Se trata de una reflexión teórica guiado por supuestos teóricos y metodológicos de psicoanálisis. La prerrogativa del escenario en cuestión es el servicio Que ayuda social, destinado a resolver las demandas de los usuarios, ya sea pilar institución que. mientras psicoanalítica técnico profesional de referencia CRAS no debería ser consciente de la demanda de los derechos sociales, este es el objetivo principal de esta institución. Sin embargo, su compromiso con la ética del deseo debe basarse. Diferenciar entre necesidad, demanda y deseo, guiada por la teoría psicoanalítica, nos ayuda a distinguir lo que está implícito en la vida social demanda que se dirige a CRAS. Que la reclamación no es deseo, no sólo tiene bajo la Asistencia Social, nos explica Que hay temas institución Que, no simplemente a los usuarios. Una práctica institucional arraigada en la escucha se desarrolla en la consideración del tema en lugar del agente de conocimiento. Esta escucha proporciona las condiciones para la emergencia del sujeto en su condición deseante. (AU)


Assuntos
Psicanálise , Serviço Social , Teoria Psicanalítica , Política Pública
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA