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1.
Arq. bras. cardiol ; 121(9 supl.1): 224-224, set.2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1568418

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização miocárdica continua sendo realizada em grande número de pacientes. Apesar dos enxertos arteriais serem preferidos devido sua patência, enxertos de veia safena continuam sendo usados regularmente. Os aneurismas de enxertos venosos são uma rara complicação cirúrgica tardia, aprensentandose em média 10 anos após a revascularização. A maioria dos pacientes com aneurisma são assintomáticos e suas principais complicações são embolização distal, IAM e formação de fístula e rotura. RELATO DE CASO: Paciente feminina, 65 anos, com antecedente de RVM com ponte mamária para coronária descendente anterior (MIE-DA) e pontes safena para diagonal, primeiro e segundo marginal e coronária direita. Em cateterismo 2023, ponte MIE-DA estava pérvia, com oclusão das demais. Relatou dor torácica típica, com piora do padrão há 15 dias. Apresentou ECG com padrão de isquemia circunferencial e curva ascendente de troponina, sendo Internada por IAMSSST. No ecocardiograma visualizou-se aumento da porção distal de aorta ascendente com grande dilatação e formação de uma neocavidade medindo 63x57mm, adjacente a parede posterior da aorta ascendente próximo a junção sinotubular com fluxo, rechaçando a parede do átrio esquerdo e o anel valvar mitral e possível compressão do tronco da coronária esquerda e artéria pulmonar. À ressonância cardíaca evidenciou neocavidade junto à raiz da aorta e porção ascendente com sinais de compressão extrínseca importante das artérias pulmonares. Foi considerado como hipótese diagnóstica um aneurisma do enxerto Ao-MG2, com compressão extrínseca da circulação coronariana causando dor e isquemia. DISCUSSÃO: Aneurisma de enxertos venosos geralmente são assintomáticos, mesmo quando possuem diâmetros entre 5 e 10 cm. A compressão do leito coronariano nativo por efeito de massa pode levar a IAM, até mesmo com alteração de ECG, como observado no caso relatado. O tratamento mais comumente proposto é a correção cirúrgica, contudo, em pacientes com múltiplas toracotomias e alto risco cirúrgico, pode-se optar pela embolização percutânea. CONCLUSÃO: Apesar de complicação relativamente rara, os aneurismas de enxertos venosos devem ser considerados diante de episódio de dor torácica em pacientes previamente submetidos à revascularização miocárdica.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Veia Safena/cirurgia , Doença da Artéria Coronariana , Aneurisma/complicações , Dor no Peito , Isquemia , Revascularização Miocárdica
2.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 10-10, jul.-set. 2024.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566689

RESUMO

CASE REPORT: A 13yo patient, with a history of Kawasaki disease at the age of 2yo, diagnosed at the time with coronary artery aneurysm, treated with immunoglobulin and continued dual antiplatelet. Without follow-up, remained asymptomatic until January 2024, when has began to develop sporadic episodes of short-term chest pain, without well-identified triggering factors. He underwent Cardiac Computed Tomography Angiography (CCTA) demonstrating partially thrombosed aneurysm and calcified walls in the middle segment of the Right Coronary Artery (RCA), measuring 23 mm length and diameters of 12 x 10.5mm, with slight luminal reduction (Figure 1); There was also evidence of an aneurysm at the origin of the Circumflex Artery (ACx) with diameters of 7 x 6 mm without signs of a thrombus (Figure 2). After the test results, antithrombotic therapy and outpatient follow-up care was estabilished. In subsequent evaluations, the patient reported absent of new episodes of chest pain. DISCUSSION: An aneurism of coronary artery is an uncomun lesion, wich is defined as a 50% or greater increase in coronary artery diameter compared with an adjacent arterial segment. The number of complications related to coronary aneurysm are many, and includes embolic phenomenon, thrombosis, spasm, arteriovenous fistulization, and rupture. Kawasaki desease is a granulomatous inflammatory vasculitis wich can affect different anatomic regions of the heart, including the coronary arteries in 20-40% of the cases leading to stenosis or aneurysms. To date, there is no consensus on the most assertive method for diagnosing Kawasaki disease when transthoracic echocardiography is limitated. However, CCTA has been shown to be highly specific and sensitive for the accurate detection of coronary artery aneurysms. It can be considered a better and safer strategy, since it doesn't expose this population, pediatric in most cases, to the risk of possible procedural and vascular complications associated with invasive coronary angiography; and it has been also shownd to be superior to transthoracic echocardiogram. CONCLUSION: Based on the results demonstrated by imaging exams illustrated in the case described, we can highlight that CCTA can be considered a superior diagnostic instrument. As it is a non-invasive method, it offers a better safety profile for the diagnosis and long-term follow-up of patients with coronary artery aneurysm, to quickly guide appropriate management in order to avoid complications.


Assuntos
Síndrome de Linfonodos Mucocutâneos , Aneurisma Coronário
3.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 14-14, jul.-set. 2024.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566700

RESUMO

CASE: We present the case of a 58yo woman, with a history of rheumatic mitral valve disease and Atrial Fibrillation (AF), who underwent mitral valve replacement surgery with bioprosthesis implanted in 1992. Since 2021, she presented symptoms of heart failure, with evidence of severe tricuspid valve insufficiency, mitral prothesis dysfunction (insufficiency) and biatrial enlargement; echocardiography showed left atrium (LA) indexed volume of 178 ml/m² and anteroposterior measurement of 64mm. Due to COVID-19 pandemic related delays, she awaited surgery until 2024, when cardiac magnetic resonance (CMR) was performed to interoperative programming. CMR showed an increase in LA measures, with an anteroposterior diameter of 75 mm and indexed volume of 263 ml/m² by the biplanar method and 333 ml/m² by volumetry. No thrombi were visualized at the LA. DISCUSSION: A giant left atrium (GLA) is a rare condition, more commonly related to rheumatic mitral valve disease. The most used definition is an anteroposterior size of 65mm in the parasternal long axis view on echocardiogram; this view is mimicked in the CMR, with higher space resolution, as a 3-chamber scan. At CMR, the estimation of the total volume of the LA using the biplanar method in scenarios of great deformation of the cavity is less accurate, hence volumetry is a more reliable measurement. However, when less accurate methods are implemented, GLA can be mistaken with tumors and pericardial effusion, leading to interventions such as biopsies or pericardiocentesis, that can be particularly dangerous in this setting. The consequences of GLA involve symptoms related to extra-cardiac compression, refractory thrombus formation and AF. The main indication to perform LA volume reduction surgery is generally related to the occurrence of such complications; otherwise, the mitral valve replacement itself showed to be capable of eventual reduction of the LA size. CONCLUSION: GLA is a rare condition that can be mistaken with a few possible differential diagnoses when less accurate methods are implemented, which may lead particularly dangerous procedures in this setting. Advanced cardiovascular imaging methods such as CMR can be useful in this differentiation and offer high spatial resolution, enabling the correct diagnosis and surgical programming. Furthermore, GLA quantitative evaluation by volumetry instead of the biplanar method in these cases of large deformity ensures better accuracy of the values obtained.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Pericardiocentese
4.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 21-21, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566802

RESUMO

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 38 anos, hipertensa, procurou atendimento com queixa de dispneia de início recente. Relata diagnóstico de fibrilação atrial e trombo em ventrículo esquerdo, com início de anticoagulação oral. Na internação foi realizada ressonância magnética cardíaca (RMC) que evidenciou preenchimento da cavidade do ventrículo esquerdo com tecido fibrótico na porção apical e dos segmentos inferior e inferolateral médios, causando obliteração apical e realce tardio subendocárdico na porção apical ("morfologia em V"). Além disso, observou-se aumento do átrio esquerdo, fração de ejeção ventricular esquerda preservada e insuficiência mitral. Os achados foram sugestivos de endomiocardiofibrose. Foi introduzido tratamento medicamentoso para insuficiência cardíaca, além da manutenção de terapia anticoagulante. DISCUSSÃO: A endomiocardiofibrose (EMC) é uma forma de cardiomiopatia restritiva de etiologia desconhecida, caracterizada por fibrose endocárdica dos ápices e vias de entrada de um ou ambos os ventrículos, levando à obliteração da cavidade ventricular e regurgitação das valvas atrioventriculares. É predominante nas regiões tropicais e subtropicais, afetando a população mais jovem. Fatores dietéticos, ambientais e infecciosos também podem estar associados, levando a um processo inflamatório e hipereosinofílico. A característica marcante da doença consiste no depósito de colágeno e proliferação de fibroblastos, levando a obliteração fibrótica do ventrículo e consequentemente à cardiomiopatia restritiva. As imagens de RMC são capazes de fornecer os volumes cardíacos e a função sistólica ventricular, além de distinguir a EMF de outras cardiomiopatias restritivas pela presença de fibrose subendocárdica e obliteração apical, podendo também demonstrar o padrão típico de realce tardio e a presença de trombo no ápice do ventrículo. O realce tardio estende-se da região subvalvar até o ápice dos ventrículos, onde é mais proeminente. Possui uma aparência de 3 camadas (sinal do duplo V), com uma camada interna sem perfusão devido à presença de trombo, uma camada intermediária refletindo o tecido fibrótico e uma camada externa de miocárdio quase normal. CONCLUSÃO: A EMF é uma doença com etiopatogenia não totalmente compreendida que consiste em uma das causas de cardimiopatia restritiva. A RMC é um exame de extrema importância para o diagnóstico de EMF, capaz de fornecer informações sobre a morfologia ventricular e caracterização tecidual.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Fibrose Endomiocárdica
5.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 123-123, abr-jun. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1561602

RESUMO

INTRODUÇÃO. A necrose caseosa do anel mitral (NCAM), variante rara da calcificação do anel mitral (CAM), decorre da liquefação do anel fibroso calcificado dessa valva, com prevalência estimada de 0,64 a 2,7% nos portadores de CAM. Ainda pouco conhecida e frequentemente subdiagnosticada, a NCAM está associada a idades elevadas, ao sexo feminino, aos fatores de risco cardiovasculares e, segundo alguns autores, também ao aumento do estresse valvar mitral, como ocorre na hipertensão arterial (HAS) e na cardiomiopatia hipertrófica (CMH). Descrevemos uma série de casos de NCAM com alta prevalência de CMH MÉTODOS. Estudo observacional de série de casos RESULTADOS. Relato de dez pacientes, com idade média de 68,3±5,8 anos, maioria do sexo feminino (80%), todos portadores de doenças/fatores de risco cardiovasculares,sobretudo HAS, dislipidemia, tabagismo e doença arterial coronariana. Destaca-se que seis pacientes (60%) eram portadores de CMH, dos quais cinco (83%) eram da forma obstrutiva. Amaioria dos pacientes apresentava sintomas (80%), relacionados principalmente à dispneia, palpitação e angina. Fibrilação atrial presente em três doentes e não houve eventos tromboembólicos na amostra. Todos os pacientes apresentavam função ventricular esquerda preservada, sendo nove portadores de aumento de átrio esquerdo (diâmetro médio de 47,3±6 mm).Atotalidade amostral possuía comprometimento do anel mitral posterior, que resultou, em 60% dos pacientes, valvopatia moderada/grave. Apenas 1 indivíduo foi submetido à abordagem invasiva da valva mitral. Caraterísticas basais clínicas e ecocardiográficas descritas nas tabelas 1 e 2, respectivamente. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO. A associação entre NCAM e fatores de risco cardiovasculares, idade avançada e sexo feminino já é bem estabelecida e foi confirmada no presente estudo. Entretanto, a relação entre NCAM e CMH, apesar de já citada, é pouca conhecida e discutida. A elevada prevalência de CMH nos portadores de NCAM do estudo, escassamente relatada na Literatura, associada à evidência de alterações cardíacas estruturais importantes visualizada pelo ecocardiograma, demonstram a importância do estresse valvar mitral na fisiopatologia da doença.

6.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 146-146, abr-jun. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1561744

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia arritmogênica (CA) é uma doença hereditária associada a arritmias ventriculares e risco de morte súbita (MS). Caracteriza-se pela infiltração fibrogordurosa do miocárdio, mutações em genes ligados aos desmossomos, sendo mais comum a apresentação no ventrículo direito (VD) acompanhada de arritmias ventriculares. RELATO DE CASO: Homem, 52 anos, sem história de doença prévia, teve internação recente em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido à palpitações intensas secundárias à taquicardia ventricular sustentada (TV) com padrão de bloqueio de ramo direito concordante de V1 a V6 e eixo desviado para direita. Tratado com amiodarona endovenosa e liberado com propranolol apenas. Recorreu com palpitações 10 dias após quando procurou pronto socorro de hospital terciário, sendo internado para investigação. Não apresentou TV nessa internação. Os exames evidenciaram: Eletrocardiograma: Ritmo sinusal, área eletricamente inativa em parede inferior, baixa voltagem em plano frontal; Ecocardiograma: fração de ejeção 60%, sem alterações segmentares ou valvares.Angiotomografia coronariana sem lesões obstrutivas. Estudo eletrofisiológico, com estimulação em ápice e base de VD, sem indução de arritmias (procedimento realizado pois até então havia apenas relato de TV na UPA). Ressonância cardíaca mostrou VE com hipocinesia em regiões lateral e apical; sinais de infiltração gordurosa no septo, regiões lateral e apical; realce tardio com padrão ring-like com localização mesoepicárdica, que envolvia pelo menos 3 segmentos contíguos no mesmo corte de eixo curto e pontos isolados do VD; área de realce de 22g (22% do VE). Foi definida conduta com introdução de metoprolol e amiodarona, coleta de teste genético do paciente e familiares imediatos e indicado implante de CDI. Planejou-se ablação de TV caso apresentasse recorrência. No momento, em evolução clínica sem novos eventos. DISCUSSÃO: O paciente em questão preenche critério pelo algoritmo de Pádua 2020 para CA. Essa cardiopatia corresponde a 11% dos casos de MS e, o envolvimento predominante do VE ocorre em apenas 5% dos casos. O padrão ring- -like encontrado têm sido associado a maior probabilidade de eventos arrítmicos potencialmente fatais na CA. Trata-se de desafio diagnóstico pela sua relativa baixa prevalência, mas com importantes implicações prognósticas e terapêuticas, sendo essencial perseguir o diagnóstico etiológico da miocardiopatia, particularmente pelas características eletrocardiográficas da TV em paciente jovem, além de complementar com a investigação dos familiares.


Assuntos
Disfunção Ventricular Esquerda , Cardiomiopatias
7.
Arq. bras. cardiol ; 120(5 supl.3): 9-9, maio. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437545

RESUMO

INTRODUÇÃO: A prática regular e intensa de exercício físico pode provocar adaptações cardíacas fisiológicas em níveis estrutural, elétrico, funcional e periférico. O diagnóstico diferencial entre coração de atleta e patologias se faz necessário e tem se tornado desafiador. Em estudos com atletas, a prevalência de trabeculação excessiva (TE) preenchendo critérios ecocardiográficos para Miocardiopatia não compactada (MNC) varia de 1 a 10%. Ainda não se sabe, por exemplo, como o treinamento físico pode alterar definições para MNC ou se a TE caracteriza uma variante normal ou fisiológica a condições de pré-carga ou pós-carga aumentadas, como em atletas ou na gravidez. DESCRIÇÃO DO CASO: O seguinte relato de caso aborda jovem masculino, 17 anos, jogador de futebol, assintomático e sem comorbidades prévias conhecidas; que em avaliação de rotina com a pediatria foi detectado em ecocardiograma transtorácico (ECOTT), maio de 2019 (aos 14 anos), intensa trabeculação do ventrículo esquerdo (VE), porém sem critérios para MNC. No setor de Cardiopatia Congênita de um hospital terciário iniciou investigação adicional com ressonância magnética cardíaca (RMC), a qual possui função sistólica biventricular preservada, miocárdio do VE no limite superior da normalidade com trabeculação discreta no ápex e parede lateral, sem critérios para MNC e ausência de fibrose miocárdica. Testes ergométricos assintomáticos, com excelente capacidade funcional e presença de ectopias supraventriculares isoladas e frequentes no esforço. Em 2021 fora encaminhado ao setor de Cardiologia do Esporte para avaliar elegibilidade. Em discussão conjunta com equipe de Miocardiopatia, optado por realizar afastamento das atividades competitivas, devido ao ventrículo esquerdo possuir aspecto dilatado. Em fevereiro de 2023, paciente retorna mantendose assintomático, com renovação dos exames ECOTT, RMC, que obtiveram mesmos achados da trabeculação, porém sem critérios para MNC; com função biventricular e dimensões cavitárias dentro danormalidade, além de investigação adicional com a angiotomografia arterial de coronárias sem alterações significativas. Sendo assim, em nova reunião multidisciplinar e familiar, optado por iniciar reabilitação cardíaca para avaliar possibilidade futura da elegibilidade ao esporte. CONCLUSÃO: Evidências atuais mostram que a TE pode ser uma variante normal ou uma resposta às condições de exercícios intensivos. Considerar que diagnósticos incidentais com trabeculação excessiva e função miocárdica normal tenham o manejo clínico em caso de sintomas cardiovasculares, outras situações clínicas como história familiar, ou anormalidades independentes do padrão trabecular; pode evitar afastamentos equivocados na prática desportiva.


Assuntos
Masculino , Adolescente , Função Ventricular Esquerda
8.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 176-176, abr. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1438067

RESUMO

INTRODUÇÃO: A degeneração caseosa do anel mitral (DCAM) é uma entidade tipicamente benigna, consistindo em uma variante rara da calcificação do anel mitral (CAM). Sua prevalência é inferior a 1%, sendo mais frequente em mulheres idosas como achado de massa intracardíaca aos exames de imagem. Relato de caso: Feminino, 61 anos, hipertensa e ex-tabagista, há 8 meses com tontura, dispneia, náuseas e dor torácica. Durante exame de Ecocardiograma Transtorácico, notada massa cardíaca aderida às paredes laterais das cavidades esquerdas, medindo 47 x 33mm e causando obstrução na via de entrada do ventrículo esquerdo e estenose mitral funcional. A tomografia de coração demonstrou calcificação caseosa em valva mitral, de cerca de 50x40mm, causando compressão atrial esquerda. Não foi evidenciada estenose luminal coronariana. Submetida a teste cardiopulmonar, confirmando sintomas de etiologia cardiocirculatória. Indicada abordagem cirúrgica para alívio. Paciente evoluiu com melhora sintomática completa após drenagem parcial do conteúdo caseoso. CONCLUSÃO: A paciente possuía sintomas limitantes secundários à compressão atrial esquerda, frente à extensão da massa em questão, a despeito da ausência de valvopatia grave. Evoluiu de forma favorável após procedimento cirúrgico, com controle sintomático. As indicações formais de tratamento cirúrgico para DCAM, assim como os métodos de exérese, devem ser melhor elucidadas.

9.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 188-188, abr. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1438110

RESUMO

A radioterapia possui inúmeras implicações e efeitos adversos secundários à dispersão dos raios para além da região proposta para tratamento. Dentre as mais relevantes repercussões, está a injúria do tecido cardiovascular, que pode se manifestar com acometimento de qualquer componente do coração: miocárdio, aparato valvar, coronárias e sistema de condução. Em geral essas consequências só se traduzem em manifestações clínicas décadas após a exposição. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 61 anos, com passado de doença linfoproliferativa de alto grau tratada com quimio e radioterapia torácica em 1989. Evoluiu 20 anos após tratamento com desenvolvimento de estenose aórtica calcifica grave e Estenose Mitral (EM) discreta secundárias a radioterapia. Submetido à troca valvar aórtica com implante de prótese metálica em 2009. Admitido em agosto de 2022 em pronto socorro cardiológico com dispneia aos mínimos esforços há um mês associado a anasarca. O ecocardiograma evidenciava disfunção ventricular direita não anteriormente observada, progressão da EM para importante (gradiente médio 7mmHg, área valvar 1.4cm²); complementação diagnóstica com tomografia cardíaca demonstrava adicionalmente extensa calcificação do aparato valvar, pericárdica e mitro-aórtica, além de aorta em porcelana (Figura 1; Figura 2).O paciente foi internado visando terapia cirúrgica para EM grave sintomática, porém evoluiu com deterioração clínica e choque cardiogênico dependente de dobutamina, e evoluiu a óbito antes da realização do tratamento cirúrgico proposto. CONCLUSÃO: Os achados de acometimento valvar responsáveis pelo cenário clínico crítico do paciente relatado correspondem fortemente às sequelas tardias decorrentes da radioterapia a qual o paciente foi exposto há 30 anos. Diante do aumento da sobrevida de pacientes oncológicos, as consequências das terapias em longo prazo serão cada vez mais observadas, se fazendo necessária a discussão quanto ao custo-benefício da racionalização do número de sessões e dose de radiação utilizada para tratamento; bem como encorajar a implementação de estratégias para rastreio e diagnóstico precoce, visando evitar reconhecimento tardio já sem possibilidade de tratamento.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Choque Cardiogênico
10.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 198-198, abr. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1438190

RESUMO

RELATO DE CASO: Paciente sexo masculino, 38 anos, previamente hipertenso e usuário de derivado da cocaína (crack) por 20 anos. Apresentou-se em março de 2022 com quadro de dispneia súbita. Ecocardiograma Transtorácico (ECOTT) revelava disfunção biventricular grave, além de trombos em ventrículo esquerdo (VE). Recebe alta com terapia para insuficiência cardíaca e anticoagulacao. Seis meses após alta hospitalar, procurou o pronto socorro com de dispneia em repouso há 04 dias, edema de membros inferiores e ortopneia, assumindo não ter feito uso das medicações. ECOTT do serviço revelou hematoma intramiocárdico dissecante preenchido por trombos em parede inferior, bem como trombo atapetando a parede anterior e estendendo-se até a região apical do VE; disfunção biventricular severa (FEVE = 23% FAC = 16%). Evoluiu estável, com boa tolerância ao desmame de drogas vasoativas após otimização do tratamento para IC. Em uso de anticoagulação. Recebe alta assintomático, mantida prescrição da internação com terapia otimizada para IC e anticoagulado com Warfarin. DISCUSSÃO: Hematomas dissecantes intramiocárdicos são complicações mecânicas pós infarto raras e ainda pouco exploradas pela literatura. Por alguns autores, é descrita como uma variação de ruptura incompleta de parede ventricular 6,7. Se caracteriza pela formação de um novo lúmen intramiocárdico decorrente de uma dissociação hemorrágica dos miócitos, desencadeada possivelmente por um aumento de forças de estiramento e tensão nos sítios de fibrose resultante do processo isquêmico. O ECOTT recebe destaque por ser um exame de fácil acesso, baixo custo, sem requerer emissão de radiação e por ainda possuir elevado poder diagnóstico através da demonstração das diversas densidades acústicas presentes no hematoma. CONCLUSÃO: É possível portanto concluir a partir deste relato que, apesar de incomum, o hematoma dissecante intramiocárdico é uma complicação mecânica pós infarto grave, que agrega desfechos de elevada morbimortalidade. O diagnóstico ecocardiográfico é capaz de identificar as diversas densidades acústicas presentes no hematoma, bem como sua independência em relação às cavidades ventriculares; dessa forma possibilitando o entendimento individualizado de cada caso para guiar a terapêutica.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Hipertensão , Infarto do Miocárdio
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