RESUMO
Verificar quais são as lesões retinianas mais freqüentemente encontradas e avaliar a prevalência destas lesões em pacientes com Doença Hipertensiva Especifica da Gestação (DHEG) em nosso meio, além de verificar a possibilidade de diferenciação entre DHEG ôpuraõ e hipertensão com DHEG sobreposta baseada em achados oftalmoscópicos. Método: Realizou-se um estudo prospectivo, descritivo, com corte transversal, na unidade de alto risco da maternidade Carmela Dutra, com 20 gestantes com diagnóstico firmado de DHEG (13 com pré-eclâmpsia ôpuraõ e 7 com hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta). Foram submetidas à oftalmoscopia indireta, tendo suas retinas fotografadas quando possível. Resultados: A alteração retiniana mais encontrada foi a vasoconstrição, ocorrendo em 55% das pacientes, sendo seguida por manchas amareladas opacas, presentes em 50% das gestantes, e atrofia do epitélio pigmentar, observada em 40% dos casos. A média da pressão diastólica da pré-eclâmpsia foi de 103,38 mmHg contra 111,43 mmHg das hipertensas. A media da pressão sistólica das pré-eclâmpticas foi de 163,38 mmHg contra 183,28 mmHg das hipertensas. Não foram observadas exsudatos duros ou hemorragias em nenhuma (0%) paciente no grupo da pré-eclâmpsia contra 1 (14,3%) e 2 (28,6%) pacientes, respectivamente, no grupo da hipertensão. Alterações nos cruzamentos artério-venosos foi observada em 2 (15,4%) pacientes do grupo da pré-eclâmpsia contra 4 (57,1%) do grupo da hipertensão.Conclusão: Os resultados sugerem uma provável utilidade da oftalmoscopia indireta como método diagnóstico para diferenciação entre pré-eclâmpsia pura e hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta...
Assuntos
Humanos , Feminino , Hipertensão , Pré-Eclâmpsia , Complicações na Gravidez , Epidemiologia DescritivaRESUMO
Objetivos: Relatar três casos de membrana neovascular sub-retiniana (MNVSR) associada à toxoplasmose em crianças. Pacientes e Métodos: Três crianças de nove, seis e doze anos de idade, com queixa de baixa de visão, foram submetidas a exame oftalmológico completo, propedêutica completa para uveíte e videoangiografia digital com fluoresceína. Nos três casos foram realizados videoangiografia digital com indocianina verde e, em dois casos, tomografia de coerência óptica (OCT) da região macular. Resultados: MNVSR associada à uveíte por toxoplasmose foi observada nos três pacientes estudados. Dois pacientes foram submetidos a tratamento clínico convencional para toxoplasmose. Ao término do tratamento houve melhora acentuada da acuidade visual. O terceiro paciente foi submetido à terapia fotodinâmica (PDT), havendo piora da visão de uma linha de Snellen. Conclusão: Apesar de incomum, MNVSR pode ocorrer em crianças com toxoplasmose ocular.
Assuntos
Humanos , Masculino , Criança , Neovascularização Retiniana/fisiopatologia , ToxoplasmoseRESUMO
Os autores apresentam três casos de metástase intra-ocular de carcinoma de mama. A primeira paciente desenvolveu lesäo unilateral na coróide periférica e no corpo ciliar, com paresia da musculatura ocular extrínseca 2 anos após o diagnóstico do tumor primário; a segunda desenvolveu lesöes bilaterais na coróide posterior 5 anos após o diagnóstico do tumor primário e a terceira apresentava deslocamento seroso da retina e áreas de infiltraçäo coroidiana no polo posterior e média periferia em ambos os olhos, observados 09 meses após o diagnóstico do tumor primário. Todas tinham sido submetidas à rerssecçäo cirúrgica, quimioterapia e radioterapia da lesäo primária. O ultra-som ocular foi compatível com o diagnóstico de metástase. As pacientes foram submetidas à radioterapia com acelerador linear, com significativa regressäo das lesöes e melhora ou estabilizaçäo da funçäo visual. O objetivo dos autores é enfatizar a importância do oftalmologista para tais pacientes, visto que, freqüentemente, a metástase intra ocular é o primeiro sinal de uma neoplasia maligna ainda näo detectada, ou pode ser o sinal inicial da disseminaçäo de um tumor previamente diagnosticado.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Neoplasias da Mama , Carcinoma , Neoplasias Oculares/secundário , Neoplasias Oculares/prevenção & controle , SeguimentosRESUMO
Pesquisou-se a associaçäo entre lesöes oculares fundoscópicas e a esquistossomose mansônica em 142 pacientes hospitalizados, sendo 71 esquistossomóticos e 71 controles näo esquistossomóticos. Indivíduos dos dois grupos foram emparelhados por idade e sexo. A faixa etária da amostra global foi de oito a 72 anos, 35 em média, havendo 53 pacientes do sexo masculino em cada grupo. Os pacientes foram submetidos aos exames: ELISA para esquistossomose, parasitológico de fezes, PPD, FTA-ABS, imunofluorescência indireta para toxoplasmose, além da propedêutica hospitalar. O exame ocular dos pacientes foi realizado ao leito atavés da oftalmoscopia binocular indireta. Observou-se que a presença e a frequência das lesöes fundoscópicas foram significativamente maiores nos pacientes esquistossomóticos (pAssuntos
Humanos
, Masculino
, Feminino
, Criança
, Adolescente
, Adulto
, Pessoa de Meia-Idade
, Fundo de Olho
, Oftalmoscopia
, Esquistossomose mansoni
, Dissertação Acadêmica
, Doenças da Coroide/patologia
, Ensaio de Imunoadsorção Enzimática
, Oftalmopatias/diagnóstico
, Oftalmopatias/patologia
, Imunofluorescência
, Teste de Absorção do Anticorpo Treponêmico Fluorescente
, Granuloma/patologia
, Contagem de Ovos de Parasitas