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1.
Arq. bras. cardiol ; 120(12 supl.1): 25-25, dez. 2023. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1519044

RESUMO

Paciente 67 anos, portadora de fibrilação atrial e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, com paroxismos de fibrilação atrial sintomáticos, com redução de classe funcional e internações frequentes. Apresenta dispneia a pequenos esforços, evoluindo para dispneia em repouso quando em fibrilação atrial. Apresenta gradiente máximo de 112mmHg provocado. Atrio esquerdo 59mm, volume indexado de 136ml/m2. Presença de insuficiência mitral grave associada a movimento anterior sistólico (SAM) da válvula mitral. Após discussão prolongada optamos por abordar as veias pulmonares associado a estratégia que pudesse mitigar o impacto negativo da insuficiência mitral causada pelo SAM. A ablação foi realizada via transseptal (veias pulmonares) e retoaortica (septo interventricular), como forma de permitir lesões mais prolongadas e evitar danos ao folheto anterior da Válvula mitral. Obtivemos reducao aguda de 84mmHg para 20mmHg (intubada sob anestesia geral). A paciente foi extubada ainda em sala, encaminhada a Uti. A despeito de hematoma inguinal na retirada do introdutor e uma fase inflamatória prolongada nas primeiras 48h, a paciente recebeu alta no 5 dia de pos operatório, assintomática. Este é o primeiro relato de ablação associada em portadora de obstrução grave da via de saída de ventrículo esquerdo. Procedimentos combinados podem ser realizados por equipes experientes, dependendo do reconhecimento de possíveis complicações.

2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 210-210, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1438320

RESUMO

INTRODUÇÃO: Vias acessórias são comumente encontradas ao longo do ânulo tricuspídeo e mitral. A região de continuidade mitroaórtica é uma rara localização, com dados significativos limitados. DESCRIÇÃO: Homem de 52 anos com palpitações taquicárdicas frequentes e ECG com pré-excitação ventricular e onda delta positiva de V1 a V6, em DII, DIII e aVF, negativa em aVR e aVL, foi encaminhado para estudo eletrofisiológico e ablação. Medidas iniciais mostraram HV 0 ms e QRS 130 ms. Estudo confirmou presença de via acessória com condução bidirecional e maior fusão atrioventricular no pólo distal do cateter decapolar inserido no seio coronariano. Realizada punção transeptal e mapeamento com cateter terapêutico de 4 mm, sendo encontrada maior fusão atrioventricular (AV) em ritmo sinusal em região anterior do anel mitral. Entretanto, pulsos de radiofrequência (30W, 60°C) aplicados neste local foram ineficazes, atingindo baixa potência. Novas aplicações com cateter terapêutico de 8 mm introduzido em veia cardíaca magna apresentaram a mesma limitação. Optado por acesso retroaórtico e mapeamento de região subvalvar de cúspide coronariana esquerda, condizente com região de continuidade mitroaórtica, que evidenciou fusão AV e precocidade de 30 ms do eletrograma ventricular em relação ao início da onda delta. Pulsos de radiofrequência (50W, 60°C) eliminaram rapidamente a condução pela via acessória nesta localização. CONCLUSÃO: Na região da continuidade mitroaórtica é rara a presença de via acessória devido à sua composição por tecido fibroso. Em situações sugestivas de via acessória anterior esquerda em que não há sucesso com aplicações de radiofrequência em ânulo mitral, é válido o mapeamento de regiões pouco usuais para o correto diagnóstico e ablação eficaz.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Valva Tricúspide , Valva Mitral , Taquicardia , Ablação por Cateter
3.
Marin-Neto, José Antonio; Rassi Jr, Anis; Oliveira, Gláucia Maria Moraes; Correia, Luís Claudio Lemos; Ramos Júnior, Alberto Novaes; Luquetti, Alejandro Ostermayer; Hasslocher-Moreno, Alejandro Marcel; Sousa, Andréa Silvestre de; Paola, Angelo Amato Vincenzo de; Sousa, Antônio Carlos Sobral; Ribeiro, Antonio Luiz Pinho; Correia Filho, Dalmo; Souza, Dilma do Socorro Moraes de; Cunha-Neto, Edecio; Ramires, Felix Jose Alvarez; Bacal, Fernando; Nunes, Maria do Carmo Pereira; Martinelli Filho, Martino; Scanavacca, Maurício Ibrahim; Saraiva, Roberto Magalhães; Oliveira Júnior, Wilson Alves de; Lorga-Filho, Adalberto Menezes; Guimarães, Adriana de Jesus Benevides de Almeida; Braga, Adriana Lopes Latado; Oliveira, Adriana Sarmento de; Sarabanda, Alvaro Valentim Lima; Pinto, Ana Yecê das Neves; Carmo, Andre Assis Lopes do; Schmidt, Andre; Costa, Andréa Rodrigues da; Ianni, Barbara Maria; Markman Filho, Brivaldo; Rochitte, Carlos Eduardo; Macêdo, Carolina Thé; Mady, Charles; Chevillard, Christophe; Virgens, Cláudio Marcelo Bittencourt das; Castro, Cleudson Nery de; Britto, Constança Felicia De Paoli de Carvalho; Pisani, Cristiano; Rassi, Daniela do Carmo; Sobral Filho, Dário Celestino; Almeida, Dirceu Rodrigues de; Bocchi, Edimar Alcides; Mesquita, Evandro Tinoco; Mendes, Fernanda de Souza Nogueira Sardinha; Gondim, Francisca Tatiana Pereira; Silva, Gilberto Marcelo Sperandio da; Peixoto, Giselle de Lima; Lima, Gustavo Glotz de; Veloso, Henrique Horta; Moreira, Henrique Turin; Lopes, Hugo Bellotti; Pinto, Ibraim Masciarelli Francisco; Ferreira, João Marcos Bemfica Barbosa; Nunes, João Paulo Silva; Barreto-Filho, José Augusto Soares; Saraiva, José Francisco Kerr; Lannes-Vieira, Joseli; Oliveira, Joselina Luzia Menezes; Armaganijan, Luciana Vidal; Martins, Luiz Cláudio; Sangenis, Luiz Henrique Conde; Barbosa, Marco Paulo Tomaz; Almeida-Santos, Marcos Antonio; Simões, Marcos Vinicius; Yasuda, Maria Aparecida Shikanai; Moreira, Maria da Consolação Vieira; Higuchi, Maria de Lourdes; Monteiro, Maria Rita de Cassia Costa; Mediano, Mauro Felippe Felix; Lima, Mayara Maia; Oliveira, Maykon Tavares de; Romano, Minna Moreira Dias; Araujo, Nadjar Nitz Silva Lociks de; Medeiros, Paulo de Tarso Jorge; Alves, Renato Vieira; Teixeira, Ricardo Alkmim; Pedrosa, Roberto Coury; Aras Junior, Roque; Torres, Rosalia Morais; Povoa, Rui Manoel dos Santos; Rassi, Sergio Gabriel; Alves, Silvia Marinho Martins; Tavares, Suelene Brito do Nascimento; Palmeira, Swamy Lima; Silva Júnior, Telêmaco Luiz da; Rodrigues, Thiago da Rocha; Madrini Junior, Vagner; Brant, Veruska Maia da Costa; Dutra, Walderez Ornelas; Dias, João Carlos Pinto.
Arq. bras. cardiol ; 120(6): e20230269, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447291
4.
Arq. bras. cardiol ; 119(5 supl.1): 30-30, nov, 2022. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1399450

RESUMO

Paciente de 28 anos, com antecedentes de atresia tricúspide 1B, cirurgias de Glenn bidirecional bicaval em 1994 e cavopulmonar total com tubo extracardíaco fenestrado em 2006, atualmente apresentando internações recorrentes devido a taquicardia de QRS largo com padrão de bloqueio de ramo esquerdo e eixo superior, associado a instabilidade hemodinâmica, revertida com cardioversão elétrica e refratária ao uso de amiodarona 400mg/dia e metoprolol 50mg/dia. ECG basal apresentava bradicardia sinusal, com sinais de sobrecarga de ventrículo esquerdo e eixo superior. Ecocardiograma transtorácico demonstrou fenestração do tubo ­ átrio direito de 3,5mm, câmara atrial única e ventrículo único tipo esquerdo com ventrículo direito hipoplásico, FEVE:61%, refluxo mitral moderado. RNM do coração não identificou regiões de fibrose miocárdica.Posicionado cateter decapolar no interior do tubo extra-cardíaco e na câmara atrial, através da fenestração com bainha deflectível, e cateter circular para mapeamento. Após anestesia geral, o paciente manteve estabilidade hemodinâmica às custas de 0,7mcg/kg/min de noradrenalina e 10mcg/kg/min de dobutamina. A estimulação atrial induziu taquicardia atrial com padrão de BRE semelhante à taquicardia clínica. A angiotomografia de quatro câmaras foi utilizada para reconstrução geométrica e auxílio anatômico do procedimento. O mapa de ativação demonstrou circuito da taquicardia envolvendo a parede posterior da câmara atrial. Após aplicações de RF na parede posterior ocorreu alentecimento da taquicardia e as manobras de encarrilhamento demonstraram participação da parede lateral direita e do assoalho da câmara atrial no circuito da arritmia. Durante a realização da linha de ablação com extensão da vávula tricúspide atrésica até a parede posterior atrial houve interrupção da taquicardia. No interior do tubo foram observados potenciais fracionados que foram ablacionados e os testes com estimulação atrial não induziram arritmias. O paciente recebeu alta da UTI após 24h seguida de alta hospitalar com redução da amiodarona para 200mg/dia e não houve recorrência no seguimento ambulatorial.


Assuntos
Arritmias Cardíacas , Taquicardia , Bloqueio de Ramo , Cardioversão Elétrica , Ablação por Cateter , Eletrocardiografia
5.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 100-100, abr.-jun. 2022. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1377490

RESUMO

INTRODUÇÃO: A distrofia muscular tipo cintura do quadril cursa com lesão progressiva e irreversível. Devido a fraqueza dos músculos respiratórios e orofaríngeos que podem estar presentes nesses pacientes, além de sensibilidade aumentada e prolongada a sedativos e analgésicos, potencializando o risco de aspiração e apneia de início tardio, a extubação pós procedimento pode ser dramática, podendo evoluir para insuficiência respiratória pós extubação. DESCRIÇÃO: Relatamos o caso de uma mulher obesa de 46 anos que apresentava quadro avançado, com necessidade do uso de suporte ventilatório não invasivo e decúbito lateral durante o sono. A mesma não tolerava decúbito dorsal com inclinação inferior a 60 graus e era portadora de síndrome de Wolff-Parkinson-White por via anômala lateral esquerda, refratária ao tratamento combinado de amiodarona e atenolol. Discutido com equipe de anestesiologia e considerado que intubação endotraqueal incorreria em alta probabilidade de desmame difícil, bem como provável traqueostomia pré-extubação. Após longa deliberação sobre o caso optado por realização do procedimento em posição semi- -sentada (60 graus, guiado pela orientação dada pela paciente). Pela obesidade e angulação de membros inferiores, tornou-se inviável punção femoral. Optamos então por punção radial com introdutor slender 6F/7F, que permitiu o uso de um cateter terapêutico e acesso retroaórtico via artéria radial direita. Apesar da variação da angulação da fluoroscopia, foi possível a abordagem com cateter oito mm curva média 7F com sucesso e sem intercorrências. Importante observar que o procedimento foi relativamente bem tolerado, exceto por momentos de dor em membro superior direito sugestivos de espasmo em artéria radial, prontamente revertidos com infusão em bólus de solução de nitroglicerina no introdutor radial. A paciente recebeu alta na manhã seguinte ao procedimento por protocolo institucional. CONCLUSÃO: O acesso radial deve ser considerado em raras situações e pode ser uma solução factível em casos específicos como esse.


Assuntos
Síndrome de Wolff-Parkinson-White , Artéria Radial , Suporte Ventilatório Interativo , Distrofias Musculares , Obesidade
6.
Arq. bras. cardiol ; 117(6 supl.1): 17-17, dez., 2021. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1348474

RESUMO

INTRODUÇÃO: As taquicardias ventriculares idiopáticas podem ter origem nos ventrículos esquerdo (VE) ou direito (VD). No VE, usualmente envolvem os fascículos esquerdos do sistema His-Purkinje ou a via de saída. No VD, por sua vez, a maior parte dessas arritmias se origina na via de saída. Já o ritmo idioventricular acelerado (RIVA) com origem no VD usualmente envolve as fibras de Mahaim sendo o automatismo seu principal mecanismo. Descrevemos um caso raro de RIVA originada no ramo direito. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente de 15 anos, masculino, em seguimento clínico ambulatorial por ectopias ventriculares, foi admitido na unidade de emergência com queixas de dor torácica, palpitações e pré-síncope, a despeito do uso regular de propranolol 200mg/dia. Eletrocardiograma mostrava ritmo idioventricular acelerado com bloqueio de saída 3:2 e morfologia de bloqueio de ramo esquerdo (figura 1A). Ecocardiograma não evidenciou alterações estruturais. Realizado teste ergométrico que demonstrou ectopias ventriculares isoladas e pareadas, além de 2 episódios de RIVA, com redução da densidade das arritmias no pico do esforço. Holter de 24h mostrou 12% de ectopias ventriculares e 976 episódios de RIVA (com frequências variando de 63 a 97bpm) com duração de até 9 batimentos. Realizado estudo eletrofisiológico (figura 1B) e mapeamento de ativação da arritmia por técnica convencional com demonstração de precocidade do eletrograma ventricular em relação à ectopia de até 20ms em ramo direito (1C) onde aplicou-se radiofrequência (50W, 60ºC ­ figura 2A) com término imediato da arritmia. ECG pós ablação sem bloqueio de ramo direito (figura 2B). Holter repetido após 2 meses não demonstrou recorrência das arritmias. CONCLUSÃO: A ocorrência de arritmias ventriculares originadas no ramo direito é rara. Descrevemos um caso de RIVA por mecanismo automático com origem no ramo direito tratada com sucesso por meio da ablação por cateter.


Assuntos
Arritmias Cardíacas , Feixe Acessório Atrioventricular , Ventrículos do Coração , Eletrocardiografia
7.
Arq. bras. cardiol ; 117(6 supl.1): 17-17, dez., 2021. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1348508

RESUMO

INTRODUÇÃO: Ectopias juncionais (EJs) possuem origem nas fibras de Purkinje da junção atrioventricular (AV), ocasionadas por hiperautomatismo ou atividade deflagrada e podem evoluir com taquicardiomiopatia. A ablação é uma alternativa de tratamento e envolve cautela pelo risco de bloqueio AV. DESCRIÇÃO: Mulher de 45 anos com queixas de palpitações e cansaço, extrassístoles supraventriculares de alta densidade no Holter (39%), disfunção ventricular ao ecocardiograma (FEVE 47%), refratária ao uso de amiodarona 200mg/dia e metoprolol 50mg/dia foi encaminhada para ablação. O estudo eletrofisiológico demonstrou intervalos básicos normais (PR:190ms; PA:34ms; AH:102ms; HV:54ms; QRS:72ms; QT:360ms). Durante a monitorização, a paciente apresentava ritmo sinusal com ectopias juncionais de complexos QRS estreito (72ms) e QRS largo (120ms) com padrão de bloqueio do ramo esquerdo. Realizou-se o mapeamento do potencial de Purkinje sendo observada maior precocidade (56ms) na porção distal da junção AV (local com eletrograma atrial de baixa amplitude). Aplicações de radiofrequência (10W a 20W, 60°C), com cateter terapêutico de 4 mm, eliminaram as ectopias após 2 segundos. Durante as aplicações, ocorreu bloqueio da condução pelo ramo direito e alargamento do intervalo PR. Os intervalos básicos ao término do procedimento foram PR:250ms; PA:40ms; AH:150ms; HV:60ms; QRS:130ms; QT:408ms). O Holter previamente à alta hospitalar demonstrou ectopias juncionais de baixa densidade (3%) e períodos de bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo I. Após 30 dias, a paciente permaneceu sem medicações, assintomática, com extrassístoles infrequentes ao exame físico, ritmo sinusal com bloqueio de ramo direito, teste ergométrico com frequência máxima atingida de 162bpm e evoluiu com normalização da função ventricular. CONCLUSÃO: A ablação por radiofrequência de EJs refratárias é factível e possibilitou a normalização da função ventricular no caso apresentado. Deve-se avaliar a relação risco/benefício pela possibilidade de bloqueio AV total.


Assuntos
Taquicardia Atrial Ectópica , Disfunção Ventricular
8.
Arq. bras. cardiol ; 117(6 supl.1): 23-23, dez., 2021. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1348515

RESUMO

RESUMO: Ablação epicárdica pode ser dificultada pelo acesso difícil. Propomos descrever uma técnica alternativa utilizada em um paciente obeso mórbido. Relato de caso: homem 39 anos, portador de miocardiopatia dilatada idiopática e feve de 28%, foi internado em tempestade elétrica para ablação de TV. O mapeamento endocárdico evidenciou baixa voltagem em regiões ínfero-basal e apical endocárdicas do VE. Foram induzidas três morfologias de TV e após insucesso na ablação endocárdica, optado por mapeamento epicárdico. A primeira tentativa de acesso via subxifóide por punção com agulha Tuohy de 5 polegadas e, em sequência, por visão direta (janela cirúrgica) não resultaram em sucesso, devido à extensão do tecido adiposo. Realizado então punção entre 4° e 5° espaço intercostal esquerdo com acesso satisfatório ao epicárdio e mapeamento com cateter Livewire 2-2-2. Observada presença de áreas de baixa voltagem em região apical. Realizadas aplicações de radiofrequência (30w, 43°c) com cateter irrigado em áreas de interesse. Ao término da ablação, realizada nova estimulação sem indução de taquicardias sustentadas. Evoluiu satisfatoriamente do ponto de vista hemodinâmico, com desmame progressivo de drogas vasoativas e extubação no 2° po. porém intercorreu com infecção por covid-19 e pneumonia bacteriana associada no 5° po, retornando à ventilação mecânica, instabilidade hemodinâmica e posteriormente novos episódios de TV sustentada, evoluindo a óbito no 11° dia pós ablação. Discussão: o acesso epicárdico subxifóide anterior ou inferior é a via de escolha para ablação de arritmias ventriculares com circuito de reentrada epicárdico. Não foi encontrada na literatura descrição de acesso epicárdico através do espaço intercostal, como descrito neste caso, o que tornou viável a ablação da taquicardia ventricular. Esta abordagem surge como mais uma técnica para o manejo de cenários em que o acesso epicárdico por via subxifóide não é possível. REFERÊNCIAS: J Cardiovasc Electrophysiol,Vol 20, pp. 710-713, June 2009/Europace (2007) 9, 212­215/ UPtoDate ­ Overview of catheter ablation of cardiac arrhythmias/Europace (2012) 14, ii13­ii18/ Circulation. Volume 110, Issue 10, 7 September 2004; Pages 1197-1201.


Assuntos
Cardiomiopatia Dilatada , Ablação por Cateter , Punção Espinal , Obesidade Mórbida
9.
Arq. bras. cardiol ; 117(6 supl.1): 24-24, dez., 2021. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1348520

RESUMO

INTRODUÇÃO: O pleno conhecimento da anatomia vascular torácica é de suma importância para os profissionais envolvidos na realização de procedimentos invasivos. A persistência da veia cava superior esquerda (VCSE) é uma anomalia congênita incomum que pode coexistir com as vias atrioventriculares acessórias, sendo seu diagnóstico, na maioria das vezes, incidental. A VCSE é incorporada na formação do seio coronário durante o desenvolvimento normal, porém, se persistente, pode fornecer acesso direto ao seio coronário através da veia subclávia esquerda. De acordo com a literatura, a incidência da VCSE varia entre 0,3-0,5% na população geral, podendo atingir até 10% naqueles pacientes sabidamente portadores de alguma outra anomalia congênita cardíaca, e a sua correlação com a Síndrome de Wolf Parkinson White (WPW) pode chegar até a 4,5% nos pacientes submetidos ao estudo eletrofisiológico. DESCRIÇÃO: Paciente de 29 anos, masculino, esportista e sem comorbidades foi encaminhado para o laboratório de eletrofisiologia invasiva com diagnóstico de pré-excitação ventricular (Figura 1). Durante estudo eletrofisiológico foi observado veia cava superior esquerda persistente, através da venografia do seio coronário (Figura 2), associado a via acessória lateral esquerda de condução bidirecional. O mapeamento com cateter de ablação, de forma convencional, no interior da VCSE demonstrou maior fusão AV correspondente a parede lateral do átrio esquerdo (Figura 3). A ablação nesse local, durante estimulação ventricular, eliminou a condução retrógrada pela via acessória. Novo mapeamento, após punção transeptal, foi realizado na região lateral esquerda do anel mitral com evidencia de fusão AV (Figura 4). Nesse local, nova aplicação de radiofrequência eliminou a condução anterógrada pela via acessória. ECG pós ablação sem presença de pré-excitação (Figura 5). CONCLUSÃO: A VCSE pode ser usada como vantagem para mapeamento e ablação de uma via acessória do lado esquerdo, apesar do seio coronário dilatado. Descrevemos o caso de um paciente com diagnóstico de WPW e VCSE submetido a ablação bem-sucedida realizada dentro da veia cava superior esquerda e na região lateral esquerda do anel mitral.


Assuntos
Anormalidades Congênitas , Eletrofisiologia , Veia Cava Superior Esquerda Persistente , Eletrocardiografia
10.
Arq. bras. cardiol ; 117(6 supl.1): 26-26, dez., 2021. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1348546

RESUMO

INTRODUÇÃO: As vias acessórias (VA) típicas à direita correspondem a 30% dos casos. Poucos são os relatos na literatura de inserção em apêndice atrial direito (AAD). As VA múltiplas são raras, ocorrendo em 10% dos casos de VA atípicas. Estas por sua vez, constituem 3% a 5% dos casos de VA. Uma VA anterógrada atípica é definida por seu comportamento decremental entre o AD ou o NAV com o VD pelo ramo direito ou próximo deste. Este comportamento pode ser adquirido após ablação prévia de uma VA típica, principalmente quando próximas ao seio coronário. Apesar de raras, o comportamento único destas vias torna o seu diagnóstico e tratamento desafiadores. RELATO DE CASO: Menina de 14 anos, sem cardiopatia estrutural, com queixa de palpitações e pré-excitação ventricular foi submetida à ablação com sucesso de VA com inserção em AAD (fig 1). Na ocasião, induzida taquicardia por reentrada atrioventricular (AV) ortodrômica. Ao término do procedimento, intervalo HV normal (45ms) e condução retrógrada concêntrica e decremental. No seguimento ambulatorial, apresentou recorrência da pré-excitação ventricular sendo reencaminhada para estudo eletrofisiológico. Durante estimulação atrial decremental evidenciado aumento progressivo do intervalo AV (>30ms), redução progressiva do HV e aumento progressivo do grau de pré-excitação (fig 2). Ao mapear a porção lateral de anel tricuspídeo em ritmo sinusal, visualizado potencial M (fig 2). Estimulação neste local foi compatível com a morfologia de pré-excitação máxima (fig 3). Pulsos de radiofrequência com cateter terapêutico irrigado nessa região eliminaram a condução pela VA. Testes atriais subsequentes com comportamento normal do NAV. No seguimento clínico, apresentou melhora dos sintomas e sem recorrência da pré-excitação ventricular. CONCLUSÕES: A presença de VA em AAD é rara. O comportamento decremental da VA pode ocorrer após a ablação prévia de uma VA típica. A coexistência de ambos os diagnósticos constitui o desafio deste caso. Descrevemos um caso incomum no qual ambas as situações ocorreram e foram tratadas com sucesso por meio da ablação por cateter.


Assuntos
Taquicardia Ventricular , Ablação por Cateter , Apêndice Atrial
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