Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 31
Filtrar
1.
Saúde debate ; 48(141): e8414, abr.-jun. 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1565833

RESUMO

RESUMO A criminalização do aborto no Brasil e o acesso restrito ao misoprostol obrigam mulheres a buscarem métodos inseguros para sua indução. Atenção hospitalar ao aborto induzido ou espontâneo é padrão. Na contracorrente, no cenário internacional, a telessaúde no aborto medicamentoso é padrão ouro da atenção às perdas gestacionais, espontâneas ou induzidas. Este artigo apresenta o Programa Atenas iniciativa inédita de atenção ao aborto no primeiro trimestre gestacional - com foco no atendimento extra-hospitalar, através de monitoramento telefônico por enfermeiras, facultando às mulheres escolher o método de esvaziamento uterino (expectante, medicamentoso ou cirúrgico), com vistas à humanização da atenção. Foi realizada pesquisa etnográfica, em maternidade pública nordestina, entre 2014 e 2021. No contexto de dificuldades estruturais e conjunturais, 723 participantes foram atendidas; 73,6% prescindiram de hospitalização para resolução do aborto: 58,4% ocorreram de forma espontânea e 15,2% através do misoprostol hospitalar. Não houve registro de complicações. O monitoramento telefônico promoveu vínculo e cuidado individualizado a este público invisibilizado. Esta iniciativa orgânica do SUS, sem apoio financeiro de órgãos externos, representa um avanço na atenção humanizada às mulheres com aborto. Recomenda-se estender a toda rede pública de saúde, visando ampliação do acesso a um cuidado integral e humanizado no aborto.


ABSTRACT The criminalization of abortion and restricted access to misoprostol in Brazil force women to seek unsafe methods to terminate a pregnancy. Hospital care for miscarriage or abortion is standard. In contrast, telemedicine for the medical management of miscarriage and abortion is the gold standard of care internationally. This article presents the Atenas Program - an unprecedented initiative for first trimester abortion/miscarriage care, aiming at a humanized out-of-hospital service based on telephone monitoring by nurses, allowing women to choose the method of uterine evacuation (expectant, medical or surgical). For this purpose, ethnographic research was carried out in a northeastern public maternity hospital, between 2014 and 2021. In the context of structural and conjunctural difficulties, among the 723 Atenas participants, 73,6% dispensed with hospital admission for miscarriage and abortion resolution: 58,4% occurred spontaneously and 15,2% through hospital misoprostol. No complications were registered. Telephone monitoring by nurses provided the basis for continuity of individualized care for this invisibilized public. Atenas Program, initiative of a SUS institution run without external financial support, represents an advance in humanized care for women with miscarriage and abortion. It should be extended to the entire public health network, to expand access to rounded and humanized care for abortion and miscarriage.

2.
Cad Saude Publica ; 40(4): e00006223, 2024.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-38695458

RESUMO

In recent decades, several academic studies on abortion have been produced in Brazil, with different designs, objectives, and methodologies. However, due to the diversity of situations in which Brazilian women experience abortion, the complexity of this topic, and its modulations in different political and sociocultural contexts, it still challenges academicians and the fields of health and reproductive rights. In this article, we present methodological aspects of a qualitative study on health care itineraries of women in situations of abortion, a component of the Birth in Brazil II survey, whose objective is to discuss the effects of gender; race/ethnicity; social class; generational, regional, and territorial inequalities on care itineraries. We discuss the study design development, the construction of the theoretical framework and specific analytical axes, the development of interview instrument, definition of participant selection criteria, strategies to contact participants and conduct the interviews, management of field work and materials produced, analytical procedures, and ethical issues. In total, 120 narrative interviews were conducted in order to include a diversity of women and obtain detailed results from the quantitative analysis under Birth in Brazil II survey. The context of criminalization of abortion has an impact on the production of knowledge on this subject, creating challenges such as difficult access to women, women's anonymity, privacy and data confidentiality, creation of objective and subjective conditions so that they can narrate their experiences in depth. With this article, we seek to contribute to the debate about these challenges in abortion research in Brazil.


Nas últimas décadas, produziu-se um robusto corpus de pesquisas sobre aborto no Brasil, com diferentes desenhos, objetos e metodologias. Contudo, pela diversidade de situações em que as mulheres brasileiras vivenciam o abortamento, pela complexidade do tema e por suas modulações em contextos políticos e socioculturais distintos, o assunto não cessa de desafiar a academia, o campo da saúde e dos direitos reprodutivos. Neste artigo, apresentamos aspectos metodológicos de um estudo qualitativo sobre itinerários de cuidado à saúde de mulheres em situações de abortamento, componente da pesquisa Nascer no Brasil II, que objetiva discutir efeitos das desigualdades de gênero, de raça/etnia, de classe social, geracionais, regionais e territoriais nesses percursos. Discutimos o desenvolvimento do desenho do estudo; a construção do arcabouço teórico e recortes analíticos específicos; a elaboração do instrumento de entrevista; os critérios de seleção das mulheres; as estratégias de abordagem e condução das entrevistas; a gestão do fluxo do campo e dos materiais produzidos; os procedimentos analíticos; e os problemas éticos. Para incluir uma diversidade de mulheres e aprofundar resultados do componente quantitativo do Nascer no Brasil II, serão realizadas 120 entrevistas narrativas. O contexto de criminalização do aborto impacta a produção de conhecimento sobre o tema, impondo desafios como conseguir acesso às mulheres, assegurar o anonimato e sua privacidade, além do sigilo das informações, gerar condições objetivas e subjetivas para que possam narrar em profundidade as suas experiências. Com este artigo, procuramos contribuir para o debate sobre esses desafios das pesquisas sobre aborto no Brasil.


En las últimas décadas, se produjo un robusto corpus de investigaciones sobre el aborto en Brasil, con diferentes diseños, objetos y metodologías. Sin embargo, debido a la diversidad de situaciones en las que las mujeres brasileñas vivencian el abortamiento, la complejidad del tema y sus modulaciones en diferentes contextos políticos y socioculturales, el tema continúa desafiando a la academia, el campo de la salud y los derechos reproductivos. En este artículo, presentamos aspectos metodológicos de un estudio cualitativo sobre los itinerarios de cuidados de la salud de mujeres en situación de abortamiento, componente de la encuesta Nacer en Brasil II, que tiene como objetivo discutir los efectos de las desigualdades de género, raza/etnia, clase social, generacionales, regionales y territoriales en esos recorridos. Discutimos el desarrollo del diseño del estudio, la construcción del marco teórico y los recortes analíticos específicos, la elaboración del instrumento de entrevista, los criterios de selección de las mujeres, las estrategias de abordaje y realización de las entrevistas, el manejo del flujo del campo y de los materiales producidos, los procedimientos analíticos y los problemas éticos. Para abarcar una diversidad de mujeres y profundizar los resultados del componente cuantitativo de Nacer en Brasil II, se realizarán 120 entrevistas narrativas. El contexto de criminalización del aborto impacta la producción de conocimiento sobre el tema, imponiendo desafíos, tales como conseguir acceso a las mujeres, asegurar su anonimato y privacidad y la confidencialidad de la información, generar condiciones objetivas y subjetivas para que puedan narrar en profundidad sus experiencias. Con este artículo buscamos contribuir al debate sobre estos desafíos de las investigaciones sobre el aborto en Brasil.


Assuntos
Aborto Induzido , Pesquisa Qualitativa , Humanos , Feminino , Brasil , Gravidez , Fatores Socioeconômicos , Adulto , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Adulto Jovem , Entrevistas como Assunto
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(4): e00006223, 2024.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557407

RESUMO

Nas últimas décadas, produziu-se um robusto corpus de pesquisas sobre aborto no Brasil, com diferentes desenhos, objetos e metodologias. Contudo, pela diversidade de situações em que as mulheres brasileiras vivenciam o abortamento, pela complexidade do tema e por suas modulações em contextos políticos e socioculturais distintos, o assunto não cessa de desafiar a academia, o campo da saúde e dos direitos reprodutivos. Neste artigo, apresentamos aspectos metodológicos de um estudo qualitativo sobre itinerários de cuidado à saúde de mulheres em situações de abortamento, componente da pesquisa Nascer no Brasil II, que objetiva discutir efeitos das desigualdades de gênero, de raça/etnia, de classe social, geracionais, regionais e territoriais nesses percursos. Discutimos o desenvolvimento do desenho do estudo; a construção do arcabouço teórico e recortes analíticos específicos; a elaboração do instrumento de entrevista; os critérios de seleção das mulheres; as estratégias de abordagem e condução das entrevistas; a gestão do fluxo do campo e dos materiais produzidos; os procedimentos analíticos; e os problemas éticos. Para incluir uma diversidade de mulheres e aprofundar resultados do componente quantitativo do Nascer no Brasil II, serão realizadas 120 entrevistas narrativas. O contexto de criminalização do aborto impacta a produção de conhecimento sobre o tema, impondo desafios como conseguir acesso às mulheres, assegurar o anonimato e sua privacidade, além do sigilo das informações, gerar condições objetivas e subjetivas para que possam narrar em profundidade as suas experiências. Com este artigo, procuramos contribuir para o debate sobre esses desafios das pesquisas sobre aborto no Brasil.


En las últimas décadas, se produjo un robusto corpus de investigaciones sobre el aborto en Brasil, con diferentes diseños, objetos y metodologías. Sin embargo, debido a la diversidad de situaciones en las que las mujeres brasileñas vivencian el abortamiento, la complejidad del tema y sus modulaciones en diferentes contextos políticos y socioculturales, el tema continúa desafiando a la academia, el campo de la salud y los derechos reproductivos. En este artículo, presentamos aspectos metodológicos de un estudio cualitativo sobre los itinerarios de cuidados de la salud de mujeres en situación de abortamiento, componente de la encuesta Nacer en Brasil II, que tiene como objetivo discutir los efectos de las desigualdades de género, raza/etnia, clase social, generacionales, regionales y territoriales en esos recorridos. Discutimos el desarrollo del diseño del estudio, la construcción del marco teórico y los recortes analíticos específicos, la elaboración del instrumento de entrevista, los criterios de selección de las mujeres, las estrategias de abordaje y realización de las entrevistas, el manejo del flujo del campo y de los materiales producidos, los procedimientos analíticos y los problemas éticos. Para abarcar una diversidad de mujeres y profundizar los resultados del componente cuantitativo de Nacer en Brasil II, se realizarán 120 entrevistas narrativas. El contexto de criminalización del aborto impacta la producción de conocimiento sobre el tema, imponiendo desafíos, tales como conseguir acceso a las mujeres, asegurar su anonimato y privacidad y la confidencialidad de la información, generar condiciones objetivas y subjetivas para que puedan narrar en profundidad sus experiencias. Con este artículo buscamos contribuir al debate sobre estos desafíos de las investigaciones sobre el aborto en Brasil.


In recent decades, several academic studies on abortion have been produced in Brazil, with different designs, objectives, and methodologies. However, due to the diversity of situations in which Brazilian women experience abortion, the complexity of this topic, and its modulations in different political and sociocultural contexts, it still challenges academicians and the fields of health and reproductive rights. In this article, we present methodological aspects of a qualitative study on health care itineraries of women in situations of abortion, a component of the Birth in Brazil II survey, whose objective is to discuss the effects of gender; race/ethnicity; social class; generational, regional, and territorial inequalities on care itineraries. We discuss the study design development, the construction of the theoretical framework and specific analytical axes, the development of interview instrument, definition of participant selection criteria, strategies to contact participants and conduct the interviews, management of field work and materials produced, analytical procedures, and ethical issues. In total, 120 narrative interviews were conducted in order to include a diversity of women and obtain detailed results from the quantitative analysis under Birth in Brazil II survey. The context of criminalization of abortion has an impact on the production of knowledge on this subject, creating challenges such as difficult access to women, women's anonymity, privacy and data confidentiality, creation of objective and subjective conditions so that they can narrate their experiences in depth. With this article, we seek to contribute to the debate about these challenges in abortion research in Brazil.

4.
Cad. Ibero-Am. Direito Sanit. (Online) ; 12(4): 33-50, out.-dez.2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1523332

RESUMO

Objetivo: refletir sobre o acesso a serviços de saúde para infertilidade e reprodução humana assistida durante o período da pandemia de COVID-19, na perspectiva da justiça reprodutiva. Metodologia: utilizou-se dados do inquérito online da pesquisa Pandemia de COVID-19e práticas reprodutivas de mulheres no Brasil, que obteve 8.313 respostas de mulheres residentes em todas as regiões do país, de 18 anos ou mais. O questionário autoaplicável circulou entre julho e outubro de 2021, contendo questões fechadas e abertas. A análise descritiva das respostas objetivas de 242 mulheres que referiram buscar atendimento para infertilidade contou com o cálculo de frequências simples das variáveis. Já os textos escritos nos espaços abertos do questionário foram submetidos à análise temática. Resultados: o estudo verificou a existência de barreiras institucionais e não institucionais para os cuidados da infertilidade, ambas incrementadas pela pandemia. Conclusão: recomenda-se a efetivação de política pública que garanta acesso pleno a todas as pessoas, haja vista que o tratamento para infertilidade e reprodução assistida tende a se restringir a mulheres cisgênero, de camadas médias e altas, mais escolarizadas e majoritariamente brancas.


Objective: to critically examine access to health services for infertility and assisted human reproduction during the COVID-19 pandemic, emphasizing the perspective of reproductive justice. Methods: data for analysis were derived from the online survey titled COVID-19 Pandemic and Women's Reproductive Practices in Brazil, garnering 8,313 responses from women aged 18 years or older residing in all regions of the country. The self-administered questionnaire circulated from July to October 2021 and comprised both closed and open-ended questions. Descriptive analysis of the objective responses obtained from 242 women actively seeking infertility care involved the calculation of simple frequencies for relevant variables. Responses provided in the open-ended sections of the questionnaire underwent thematic analysis. Results: revealed the presence of both institutional and non-institutional barriers to infertility care, with a notable exacerbation during the pandemic. Conclusion: given that infertility and assisted reproduction treatment predominantly cater to cisgender women from middle and upper socio-economic strata, characterized by higher education levels and mostly white, there is a compelling need for the implementation of public policies that ensure equitable access for all individuals.


Objetivo: reflexionar sobre el acceso a los servicios de salud para la infertilidad y la reproducción humana asistida durante el período de la pandemia de COVID-19, desde la perspectiva de la justicia reproductiva. Metodología: se utilizaron datos de la encuesta en línea de la Pandemia de COVID-19y prácticas reproductivas de las mujeres en Brasil, que obtuvo 8.313 respuestas de mujeres residentes en todas las regiones del país, con edad igual o superior a 18 años. El cuestionario autoaplicado circuló entre julio y octubre de 2021, conteniendo preguntas cerradas y abiertas. El análisis descriptivo de las respuestas objetivas de 242 mujeres que relataron buscar atención por infertilidad implicó el cálculo de frecuencias simples de las variables. Los textos escritos en los espacios abiertos del cuestionario fueron sometidos a análisis temático. Resultados:el estudio verificó la existencia de barreras institucionales y no institucionales para la atención de la infertilidad, ambas aumentadas por la pandemia. Conclusión: se recomiendala implementación de una política pública que garantice el pleno acceso a todas las personas, dado que el tratamiento de la infertilidad y reproducción asistida tiende a estar restringido a mujeres cisgénero de clase media y alta, con mayor educación y en su mayoría blancas.


Assuntos
Direito Sanitário
5.
Cad. Ibero-Am. Direito Sanit. (Online) ; 12(4): 103-119, out.-dez.2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1523544

RESUMO

Objetivo: compreender como a pandemia de COVID-19 afetou a vida e a saúde das mulheres, com ênfase nos aspectos da saúde sexual e reprodutiva, e refletir sobre os direitos sexuais e reprodutivos e a justiça reprodutiva no contexto da crise sanitária. Metodologia: utilizou-se questionário online com 113 perguntas objetivas e uma questão aberta para comentários. De 8.313 mulheres que responderam ao questionário, 1.838 relataram suas vivências durante a pandemia na questão aberta. Esse material passou por técnicas de análise narrativa e temática e de construção de memória. Resultados: evidenciou-se a ampliação das dificuldades de acesso a serviços de saúde, em especial de saúde sexual e reprodutiva; o aprofundamento das iniquidades na divisão sexual do trabalho, com sobrecarga de trabalho doméstico e profissional; a insegurança econômica; o tensionamentos das relações afetivo-sexuais e maior exposição à violência; e importantes repercussões na saúde psicoemocional. Todos esses aspectos afetaram as experiências de saúde e adoecimento; a vida sexual; e os planos e experiências reprodutivas nos primeiros anos de pandemia. Conclusão: no Brasil, na sobreposição da emergência sanitária com a crise democrática de direitos, fatos sociais e fatos fisiológicos se misturam e se totalizam na experiência histórica e material do corpo sexual e reprodutivo das mulheres, seguindo as linhas de força das precariedades e injustiças de gênero, de raça e de classe. Os relatos das mulheres contribuem para a construção de uma memória coletiva ­não necessariamente unívoca e linear ­da pandemia. Memórias que podem não apenas ilustrar o momento presente, como contribuir para o entendimento e enfrentamento de crises semelhantes futuras.


Objective: this study seeks to comprehend the impact of the COVID-19 pandemic on women's lives and health, with a particular focus on sexual and reproductive health, andto reflect on sexual and reproductive rights and reproductive justice within the context of the health crisis.Methods:employing an online questionnaire featuring 113 objective questions and one open-ended question for free comments, the study gathered responses from 8,313 women. Out of these, 1,838 utilized the open question to articulate their experiences during the pandemic. The collected material underwent analysis using narrative and thematic approaches, along with memory construction techniques.Results:the findings indicate heightened challenges in accessing health services, particularly for sexual and reproductive health. The pandemic deepened inequities in the sexual division of labor, leading to increased domestic and professional workloads, economic insecurity, elevated tensions in affective-sexual relationships, greater exposure to violence, and notable repercussions on psycho-emotional health. These factors collectively influenced women's health/illness experiences, sexual lives, and reproductive plans during the initial years of the pandemic. Conclusion: the intersection of the health crisis with a democratic crisis in rights has intertwined social and physiological factors into the historical and material experiences of women's sexual and reproductive bodies. These experiences follow the trajectories of gender, race, and class-based precariousness and injustices. Women's accounts contribute to the construction of a collective memory of the pandemic that is not necessarily uniform or linear. Beyond illustrating the present moment, these memories aid in understanding and addressing similar crises in the future.


Objetivo: comprender cómo la pandemia de COVID-19 afectó la vida y la salud de las mujeres, con énfasis en aspectos de salud sexual y reproductiva y reflexionar sobre los derechos sexuales y reproductivos y la justicia reproductiva, en el contexto de la crisis sanitaria. Metodología:se utilizó un cuestionario online con 113 preguntas objetivas y una pregunta abierta para comentarios libres al final. De 8.313 mujeres que respondieron el cuestionario, 1.838 relataron sus experiencias durante la pandemia, en este espacio abierto. Este material fue analizado mediante técnicas análisis de narrativa y temática y de construcción de memoria. Resultados: hubo aumento de las dificultades para acceder a los servicios de salud, especialmente de salud sexual y reproductiva, profundización de las inequidades en la división sexual del trabajo, con sobrecarga de trabajo doméstico y profesional, inseguridad económica, tensiones en las relaciones afectivo-sexuales y mayor exposición. a la violencia, e importantes repercusiones en la salud psicoemocional. Todos estos aspectos afectaron las experiencias de salud/enfermedad, la vida sexual, los planes y experiencias reproductivas, en los primeros años de la pandemia. Conclusión: en Brasil, en el solapamiento de la crisis sanitaria con la crisis democrática y de derechos, hechos sociales y hechos fisiológicos se mezclan y totalizan en la experiencia histórica y material de los cuerpos sexuales y reproductivos de las mujeres, siguiendo las líneas de fuerza de la precariedad y las injusticias. de género, raza y clase. Las narrativas de las mujeres contribuyen a la construcción de una memoria colectiva ­no necesariamente unívoca y lineal ­ de la pandemia. Memorias que no sólo pueden ilustrar el momento presente, sino que también contribuyen a comprender y afrontar crisis futuras similares.


Assuntos
Direito Sanitário
6.
Sante Publique ; 33(5): 675-683, 2022.
Artigo em Francês | MEDLINE | ID: mdl-35724101

RESUMO

INTRODUCTION: Brazilian legislation restricts the practice of abortion. In Brazil, abortion is a major public health problem due to the morbidity, mortality and hospitalization caused by the practice of unsafe abortions. Complications related to induced abortion and miscarriages are treated in “maternity wards”, where obstetric violence can be perpetrated. PURPOSE OF RESEARCH: To analyse, based on ethnographic data, the practices of biomedical technologies and their relation to practices of gynecological and obstetrical violence. RESULTS: Three main practices are systematized for didactic purposes: treatment of complications from abortion in maternity wards; ultrasound; and curettage. Despite the existence of national standards – due to the advances of the brazilian health and feminist movement – and international standards, there is still institutional resistance to the adoption of practices that prioritize women’s well-being. CONCLUSIONS: The way in which the ward is organized and materialized and the adoption of certain practices and technologies (and the omission of others) contribute to reproducing obstetric violence. The daily practices in the hospital do not escape the moralization of abortion, and the strong economic, racial and gender inequalities that go beyond the institutional space of the hospital. The analysis allows us to understand that the practice of biomedical technologies shapes and is shaped in a symbolic and situated way and can serve as an instrument for practices of embodied violence. Finally, it is necessary to review the model of post-abortion care.


Assuntos
Aborto Induzido , Aborto Espontâneo , Tecnologia Biomédica , Brasil , Feminino , Maternidades , Humanos , Gravidez , Violência
7.
Cad Saude Publica ; 37(6): e00322320, 2021.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34231763

RESUMO

The COVID-19 pandemic may accentuate existing problems, hindering access to legal abortion, with a consequent increase in unsafe abortions. This scenario may be even worse in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where abortion laws are already restrictive and access to services is already hampered. Our objective was to understand how different countries, with an emphasis on Latin Americans, have dealt with legal abortion services in the context of the COVID-19. Thus, we conducted a narrative review on abortion and COVID-19. The 75 articles included, plus other relevant references, indicate that the pandemic affects sexual and reproductive health services by amplifying existing problems and restricting access to reproductive rights, such as legal abortion. This impact may be even stronger in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where access to legal abortion is normally restricted. The revision of sources in this article underlines the urgent need to maintain legal abortion services, both from women's perspective, in support of their reproductive rights, but also from that of the international commitment to achieving the Millennium Development Goals. Thereby, Latin American countries must place reproductive rights as a priority on their agendas and adapt legislation to accommodate alternative models of abortion care. Furthermore, our results underscore the need for clear information on the functioning of sexual and reproductive health services as essential for understanding the impact of the pandemic on legal abortion and to identify the groups most affected by the changes.


Assuntos
Aborto Induzido , COVID-19 , Aborto Legal , Brasil , Países em Desenvolvimento , Feminino , Humanos , América Latina/epidemiologia , Pandemias , Gravidez , SARS-CoV-2
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(6): e00322320, 2021. graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1278625

RESUMO

The COVID-19 pandemic may accentuate existing problems, hindering access to legal abortion, with a consequent increase in unsafe abortions. This scenario may be even worse in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where abortion laws are already restrictive and access to services is already hampered. Our objective was to understand how different countries, with an emphasis on Latin Americans, have dealt with legal abortion services in the context of the COVID-19. Thus, we conducted a narrative review on abortion and COVID-19. The 75 articles included, plus other relevant references, indicate that the pandemic affects sexual and reproductive health services by amplifying existing problems and restricting access to reproductive rights, such as legal abortion. This impact may be even stronger in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where access to legal abortion is normally restricted. The revision of sources in this article underlines the urgent need to maintain legal abortion services, both from women's perspective, in support of their reproductive rights, but also from that of the international commitment to achieving the Millennium Development Goals. Thereby, Latin American countries must place reproductive rights as a priority on their agendas and adapt legislation to accommodate alternative models of abortion care. Furthermore, our results underscore the need for clear information on the functioning of sexual and reproductive health services as essential for understanding the impact of the pandemic on legal abortion and to identify the groups most affected by the changes.


A pandemia da COVID-19 pode agravar problemas existentes, dificultando o acesso ao aborto legal e resultando em um aumento dos abortos inseguros. O cenário pode ser ainda pior nos países de renda média e baixa, principalmente na América Latina, onde as leis sobre aborto já são restritivas e o acesso aos serviços é dificultado. Tivemos como objetivo, compreender como os diferentes países, com ênfase nos latino-americanos, têm lidado com os serviços de aborto legal no contexto da COVID-19. Para tal, foi realizada uma revisão narrativa sobre aborto e COVID-19. Os 75 artigos incluídos, além de outras referências relevantes, indicam que a pandemia impacta os serviços de saúde sexual e reprodutiva, ao agravar os problemas existentes e restringir o acesso aos direitos reprodutivos, incluindo o direito ao aborto legal. O impacto pode ser ainda mais sério nos países de renda baixa e média, principalmente na América Latina, onde o acesso ao aborto legal costuma ser restrito. A revisão das fontes no artigo destaca a necessidade urgente de manter em funcionamento os serviços de aborto legal, tanto da perspectiva das mulheres, em apoio aos seus direitos reprodutivos, quanto do compromisso internacional para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Assim, os países da América Latina devem priorizar os direitos reprodutivos nas agendas nacionais e adaptar suas legislações para acomodar modelos alternativos de assistência ao aborto. Nossos resultados também destacam a necessidade de informações precisas sobre o funcionamento dos serviços de saúde sexual e reprodutiva, essenciais para compreender o impacto da pandemia sobre o aborto legal e para identificar os grupos mais afetados pelas mudanças.


La pandemia de COVID-19 puede acentuar problemas existentes, impidiendo el acceso al aborto legal, con el consiguiente incremento de abortos inseguros. Este escenario es quizás incluso peor en los países de bajos y medios ingresos, especialmente en Latinoamérica, donde las leyes del aborto son de por sí restrictivas y el acceso a los servicios ya se encuentra obstaculizado. Nuestro objetivo fue comprender cómo han lidiado diferentes países, poniendo énfasis en los latinoamericanos, con servicios legales de aborto en el contexto de la COVID-19. Por lo tanto, realizamos una revisión narrativa sobre el aborto y el COVID-19. Se incluyeron 75 artículos, así como otras referencias relevantes, indicando que la pandemia impacta en los servicios de salud sexual y reproductiva, lo que amplifica los problemas existentes y restringe el acceso a derechos reproductivos, tales como el aborto legal. Este impacto quizás fue incluso más fuerte en los países con ingresos bajos y medios, especialmente en Latinoamérica, donde el acceso al aborto legal se encuentra restringido normalmente. La revisión de fuentes en este artículo subraya la necesidad urgente de mantener los servicios de aborto legal, tanto desde la perspectiva de las mujeres, apoyando sus derechos reproductivos, así como también desde el compromiso internacional, con el fin de alcanzar las Objetivos de Desarrollo del Milenio. De este modo, los países latinoamericanos deben situar los derechos reproductivos como prioridad en sus agendas y adaptar su legislación para incorporar modelos alternativos de atención al aborto. Nuestros resultados también destacam la necesidad de información precisa para el funcionamiento de los servicios de salud sexuales y reproductivos, como algo esencial para entender el impacto de la pandemia en el aborto legal, así como para identicar a los grupos más afectados por los cambios.


Assuntos
Humanos , Feminino , Aborto Induzido , COVID-19 , Brasil , Aborto Legal , Países em Desenvolvimento , Pandemias , SARS-CoV-2 , América Latina/epidemiologia
9.
Physis (Rio J.) ; 31(3): e310317, 2021.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1340366

RESUMO

Abstract This article explores reproduction as a broad phenomenon that is integrated to social life and marked by power relations, in an analysis of the processes and structures that integrate subjects' lives and bind them with the State. Reproductive processes, which are more than physiological, connect subjects, health services and other sectors that represent the State. This ethnographic study, carried out between 2011 and 2015, focused on reproduction as a biosocial process among mostly black, low-income shellfish gatherers and fishermen living in Riachão - a village located on an island in the 'baixo sul' region of Bahia. Through ethnographic analysis, we explore the experiences of the reproductive process of the 18 women we followed during the research to conclude that the State plays a central role in the network of relationalities that constitute reproduction, establishing an oscillating and ambiguous relationship of care and violence with women at each stage: a fragile and discontinued care relationship during pregnancy; an intense, exclusive relationship marked by violence during childbirth; and a lack of care for the health of women in the puerperium, combined with high surveillance in the care of babies.


Resumo Este artigo explora a reprodução como fenômeno amplo, integrado à vida social e marcado por relações de poder, analisando os processos e estruturas que integram a vida dos sujeitos e destes com o Estado. Os processos reprodutivos, para além do fisiológico, conectam sujeitos, serviços de saúde e outros setores representantes do Estado. Trata-se de um estudo etnográfico realizado entre 2011 e 2015, sobre reprodução enquanto processo biossocial, com marisqueiras e pescadores, majoritariamente negros e de baixa renda, moradores de Riachão - uma vila, localizada em uma ilha, no baixo-sul da Bahia. A partir de uma análise etnográfica, demonstramos as formas de vivência do processo reprodutivo das 18 mulheres que acompanhamos ao longo da pesquisa e concluímos que o Estado exerce papel central na rede de relacionalidades que constituem a reprodução, estabelecendo uma relação oscilante e ambígua de cuidado e violência com as mulheres a cada fase: uma relação de cuidado, frágil e descontinuada, na gestação; uma relação intensa, exclusiva e marcada por violências no parto; e a ausência de cuidado para com a saúde das mulheres no puerpério, conjugada à alta vigilância nos cuidados dos bebês.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Reprodução , Fatores Socioeconômicos , Poder Familiar , Estado , Brasil , Saúde Materno-Infantil , Atenção à Saúde , Violência Obstétrica
10.
Cad Saude Publica ; 36Suppl 1(Suppl 1): e00035618, 2020.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-32049114

RESUMO

This article aims to analyze the practices and meanings involved in obstetric ultrasound (USG) in women undergoing abortion at public maternity hospital in Salvador, Bahia, Brazil. This is a qualitative ethnographic study that included three months of participant observation in the interactions between these women and medical and non-medical staff in the USG room of a public maternity hospital. USG has a central place in women's abortion itinerary, and its practice is incorporated into the institution's routine and the definition of approaches to abortion care at the maternity hospital studied here. In this context, distinct categories of "women with abortion" are produced and mobilized according to the interpretation of the USG images. The way the health condition and moral status of a woman with suspected abortion are defined depends on the presence or absence of a live fetus in her uterus, in addition to the gestational age at which the attempted or completed abortion occurred. We conclude that when the USG evidence indicates that there was (probably) an abortion in the initial stages of a pregnancy, the health professionals themselves help the women by disconnecting the semiotic process that would result in assigning a sense of human nature to the embryo. The later a pregnancy is terminated, the more likely the process of defining the images will sustain the idea that there was a person there. The hegemonic morals on abortion and its criminalization in Brazil modulate the symbolic constructions and practices involved in the USG test in women experiencing abortion.


O objetivo deste artigo é analisar as práticas e significados em torno da ultrassonografia obstétrica (USG) em mulheres com abortamento na maternidade pública em Salvador, Bahia, Brasil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, etnográfica, que envolveu observação participante das interações entre mulheres, profissionais de saúde médicos e não médicos, na sala de USG de uma maternidade pública, durante três meses. A USG ocupa um lugar central no itinerário abortivo das mulheres e sua prática é incorporada à rotina institucional e definidora de condutas na atenção ao abortamento na maternidade em estudo. Nesse contexto, são produzidas categorias distintas de "mulheres com aborto", cujo acionamento depende da interpretação da imagem ecográfica. A forma de significar o estado de saúde e a condição moral de uma mulher com suspeita de aborto se relaciona com a presença ou não de um feto vivo no seu útero, além da idade gestacional em que a tentativa ou efetivação do aborto aconteceu. Concluímos que, quando as evidências ecográficas indicam que houve (provavelmente) um aborto em estágios iniciais de uma gravidez, os próprios profissionais colaboram com as mulheres em desativar o processo semiótico que levaria à atribuição de um sentido de natureza humana ao concepto. Quanto mais tarde se interrompeu uma gestação, mais provável é que o processo de significação sobre as imagens sustente a ideia de que ali havia uma Pessoa. A moral hegemônica sobre aborto e sua criminalização modulam as construções simbólicas e as práticas em torno do exame de USG em mulheres com abortamento.


El objetivo de este artículo es analizar las prácticas y significados en torno a la ultrasonografía obstétrica (USG) con mujeres que abortaron en la maternidad pública en Salvador, Bahía, Brasil. Se trata de una investigación cualitativa, etnográfica, que implicó observación participante de las interacciones entre mujeres, profesionales de salud médicos y no médicos, en la sala de USG de una maternidad pública, durante tres meses. La USG ocupa un lugar central en el itinerario abortivo de las mujeres y su práctica está incorporada a la rutina institucional y definitoria de conductas en la atención del aborto en la maternidad en estudio. En ese contexto, se producen categorías distintas de "mujeres que abortan", cuyo inicio del proceso depende de la interpretación de la imagen ecográfica. La forma de dar significado al estado de salud y la condición moral de una mujer, sospechosa de abortar, se relaciona con la presencia o no de un feto vivo en su útero, además de la edad gestacional en la que la tentativa o realización del aborto se produjo. Concluimos que, cuando las evidencias ecográficas indican que hubo (probablemente) un aborto en estadios iniciales de un embarazo, los propios profesionales colaboran con las mujeres en desactivar el proceso semiótico que conduciría a la atribución de un sentido de naturaleza humana al concepto. Cuanto más tarde se interrumpió una gestación, lo más probable es que el proceso de significación sobre las imágenes sustente la idea de que allí había un ser humano. La moral hegemónica sobre el aborto y su criminalización modulan las construcciones simbólicas y las prácticas en torno al examen de USG en mujeres que abortaron.


Assuntos
Aborto Induzido , Maternidades , Brasil , Feminino , Pessoal de Saúde , Hospitais Públicos , Humanos , Gravidez
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA