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Tipo de estudo
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1.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 15-15, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566711

RESUMO

CASO: Paciente portador de Ataxia de Friedreich, internou-se no serviço com quadros gripais e assintomático do ponto de vista cardiovascular nos anos de 2021 e 2022, teste de covid negativos, onde apresentou alteração da troponina ultrassensível para níveis de 1400pg/ml com BNPs normais e foi submetido à ressonância magnética do coração (RMC) em 2021 que evidenciou FEVE discretamente reduzida de 46% à custa de hipocinesia difusa, hipertrofia concêntrica, ausência de edema miocárdico/ mapas t1 e t2 nativos preservados, realce tardio (RT) mesoepicárdico na parede lateral basal e transmural na parede lateral média. Troponina do paciente após 3 meses da alta hospitalar encontrava-se em 850pg/ml, 2 anos após 570pg/ml e 3 anos após 321pg/ml. RMC de 12/2023 evidenciou FEVE de 48% à custa da hipocinesia difusa, aumento concêntrico do VE, com maior espessura de 14mm das paredes inferior e lateral e mesmo padrão do RT. DISCUSSÃO: A ataxia de Friedreich (AF) é um distúrbio neuromuscular raro (3­4 casos por 100.000 indivíduos) causado por uma expansão repetida do trinucleotídeo guaninaadenina-adenina (GAA) no gene da frataxina (FXN) que resulta em expressão reduzida da FXN, uma proteína mitocondrial. A AF é caracterizada por coordenação prejudicada como resultado de déficits cerebelares e sensoriais. Alterações induzidas pela AF na fisiologia mitocondrial podem afetar o coração. A remodelação concêntrica do ventrículo esquerdo (VE) tem sido bem descrita nos pacientes, paralelamente à diminuição do volume diastólico e da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) progressivamente. Eventos cardíacos foram considerados a principal causa de mortalidade em ∼60% dos pacientes com AF ­ evolução para morte com <40 anos. Conforme descrito no estudo CARFA, 50% dos pacientes tinham padrão de realce miocárdico transmural/ subepicárdico da parede lateral e aumento de troponina relacionados ao aumento da espessura miocárdica. O paciente do caso com provável miocardite na RMC 2021, mantendo-se com altos níveis de troponina basal anos após os eventos gripais, com diversas alterações estruturais do VE prévias e realces com características possíveis para doenças sobrepostas. CONCLUSÃO: O caso clínico tem como objetivo dar ênfase nas alterações cardíacas inerentes à rara AF, inclusive seu padrão de realce miocárdico e aumento da troponina basal para a consideração dos diagnósticos diferenciais, como neste caso de quadro de injúria miocárdica aguda com RT presente na RMC.

2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 144-144, abr-jun., 2020. ilus.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1116876

RESUMO

INTRODUÇÃO: Bebidas energéticas (BEs) estão ganhando popularidade a cada ano, com uma ampla base de consumidores, incluindo jovens, atletas, competidores amadores. As evidências indicam que um número significativo de indivíduos, que consomem a bebida, experimentam morbidade e/ou mortalidade associado ao uso; Como apresentado no ACC 2019, o subestudo do registro "Young MI" mostrou que em pacientes com idade menor de 40 anos, o Infarto agudo do miocárdio (IAM) estava mais associado ao uso dessas substâncias. O objetivo deste relato é demonstrar a associação do uso de energético e IAM em paciente jovem, sem outro fator de risco. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 37 anos, proveniente de Caruaru-PE, atleta, sem fator de risco cardiovascular. Negava uso de drogas, tabagismo, apenas uso abusivo de energéticos com base de Taurina. Apresentou quadro inicial de dor epigástrica em queimação associada ou não ao esforço. Inicialmente atribuiu sintomas à gastrite, fez endoscopia digestiva alta que apresentou esofagite erosiva leve, fez uso de inibidor de bomba de prótons, sem melhora dos sintomas. Fazia "check up" de rotina, onde realizou teste ergométrico em Abril 2017, sem alterações. Em março de 2018, paciente apresentou dor precordial importante (10/10) ao jogar futebol e procurou pronto atendimento. Realizado eletrocardiograma com presença de onda T apiculada e elevação ponto J de 1. 5 mm em V2 e V3. Submetido à cineangiocoronariografia que evidenciou artéria descendente anterior (DA) com lesão importante em terço proximal, sem demais lesões. DISCUSSÃO: O uso de BEs está associado ao aumento de agregação e disfunção plaquetária, hiperglicemia, bem como um aumento no total colesterol, triglicérides e lipoproteína de baixa densidade colesterol. A maioria dos efeitos biológicos das BEs é aparentemente mediada por um efeito inotrópico positivo na função cardíaca, que implica aumento da frequência cardíaca, do débito cardíaco e contratilidade, volume sistólico e pressão arterial. Worthley et al. Administrou uma lata de BE sem açúcar a 15 adultos jovens saudáveis e observou que a agregação plaquetária foi substancialmente aumentada até para 134%, enquanto a função endotelial foi inibida. Compostos das BEs como a taurina, a carnitina, e a glicuronolactona promovem disfunção endotelial e aterosclerose. CONCLUSÃO: Esse relato tem como objetivo dar ênfase ao desencorajamento do uso de bebidas energéticas, sendo possível fator causal de IAM em indivíduos saudáveis.


Assuntos
Atletas , Bebidas Energéticas , Infarto do Miocárdio
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