RESUMO

O relacionamento entre homens e animais é uma entidade complexa iniciada com a domesticação dos animais e mantida até hoje graças aos efeitos positivos na saúde e comportamento humanos. A melhora psicológica e emocional das pessoas que convivem com animais de estimação, têm sido associada à melhoria na qualidade de vida e ao convívio social em geral. Porém, esse relacionamento nem sempre foi ético e ambientalmente correto, pois no cotidiano observam-se arbitrariedades praticadas pelo homem que aniquilam a dignidade dos animais, geralmente indefesos, promovendo todas as modalidades de abusos, maus-tratos e crueldade. O Brasil possui leis de amparo aos crimes praticados contra abuso e maus-tratos aos animais e dentre os vários tipos de maus-tratos existe a zoofilia ou bestialismo, prática do ato sexual pelo ser humano com animais de outras espécies. O presente trabalho levantou dados na prática clínica médico-veterinária em Marília (SP) quanto ao atendimento de casos suspeitos de zoofilia e discute aspectos psicológicos, culturais sobre a legislação que trata do tema. A metodologia adotada foi a aplicação de um questionário com questões abertas e de múltipla escolha a clínicos médicos-veterinários em atividade no município de Marília, estado de São Paulo, Brasil, e a revisão do assunto nos últimos cinco anos. A análise das informações obtidas com 50 médicos-veterinários, no período de setembro de 2018 a março de 2019, apresentou 54% de relatos de atendimento com suspeita de zoofilia com maior frequência em fêmeas, incluindo cães, equinos, pequenos ruminantes e ruminantes. Finalmente, é discutida a importância social do estabelecimento de um tipo penal específico para a bestialidade como o primeiro passo para construção de uma sociedade mais justa e menos maléfica e violenta, destacando-se também que as pessoas que praticam zoofilia necessitam ser devidamente tratadas por um profissional competente, pois essa prática é um grave problema psicológico.

The relationship between men and animals is a complex entity initiated with the domestication of animals and maintained until today that promotes positive effects on human health and behavior. It was demonstrated the psychological and emotional improvement of people due to living with pets, and also an improvement in their quality of life and social interaction in general. However, this relationship has not always been ethical and environmentally correct, since human can also promote all forms of abuse, mistreatment and cruelty to them that are defenseless. In Brazil there are laws for punishment of abuse and mistreatment of animals and among the various types of mistreatment there is zoophilia or bestiality which is the sexual act of humans with animals of other species. From September 2018 to March 2019 it was applied a questionnaire with open questions and multiple choices to 50 veterinary clinicians working in Marília, São Paulo State, Brazil, regarding the suspicion of cases of zoophilia, and it was also discussed the psychological, cultural aspects and specific legislation about this matter. The results obtained showed that 27 (54%) of the veterinarians reported the suspicion of zoophilia with more occurrence in females than males, and the most affected species were dogs, horses, small ruminants and ruminants. Finally, it was performed a discussion showing that the settlement of a specific legislation criminalizing zoophilia it is necessary to build a fairer and less harmful and violent society, and that the people who practice it must be properly treated by a competent professional, as it is also an indication of psychological problems.

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Em 2003 realizou-se um inquérito em 20 (vinte) propriedades leiteiras do município de Marília SP/ Brasil, com o objetivo de verificar o nível de conhecimento do produtor rural quanto a importância da qualidade da água na cadeia produtiva do leite. Nesta investigação verificou-se origem, captação, disponibilidade, utilização da água, tipo de leite e ordenha, além de outras informações. Os dados levantados são alarmantes, tais como 90 por cento das propriedades não efetuam tratamento químico na água e nunca analisaram a água que consomem, 10 por cento que tratam a água o fazem de maneira inadequada, 40 por cento das propriedades investigadas não possuem água no local da ordenha e os cuidados higiênicos para obtenção do leite deixam a desejar na maioria das propriedades, mostrando que todo conhecimento existente sobre a importância da qualidade da água ainda não chegou para muitos, e que há necessidade urgente de sensibilizar o produtor rural através de programas de educação em saúde, no sentido de melhorar as condições encontradas quanto a qualidade da água utilizada para consumo humano, animal e na produção do leite.(AU)

The present investigation was performed in 20 milk producing farms at Marilia county, São Paulo State, Brasil, to evaluate the knowledge of rural workers on water quality and its role on milk production. To evaluate the water quality an inquiry was applied to each worker and included the source, the method to capture, the disponibility and the use of collected water. Informations about milking, milk classification and other ones were also asked. Results show that 90% out of all studied properties do not apply water quimical treatment before use and never submitted their drinking water either to a microbiological or any other examination. Among the studied farms, 10% desinfect water, but with an inadequate method. Forty percent of investigated farms do not have water at milking place and preventive cares at milking are inaproppriate in almost all the visited properties. Such observations emphasize the lack of knowledge about the relevance of water in such productive chain and the urgent need to render the rural worker sensitive on these matters with educational programs. (AU)

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Em 2003 realizou-se um inquérito em 20 (vinte) propriedades leiteiras do município de Marília – SP/ Brasil, com o objetivo de verificar o nível de conhecimento do produtor rural quanto a importância da qualidade da água na cadeia produtiva do leite. Nesta investigação verificou-se origem, captação, disponibilidade, utilização da água, tipo de leite e ordenha, além de outras informações. Os dados levantados são alarmantes, tais como 90 por cento das propriedades não efetuam tratamento químico na água e nunca analisaram a água que consomem, 10 por cento que tratam a água o fazem de maneira inadequada, 40 por cento das propriedades investigadas não possuem água no local da ordenha e os cuidados higiênicos para obtenção do leite deixam a desejar na maioria das propriedades, mostrando que todo conhecimento existente sobre a importância da qualidade da água ainda não chegou para muitos, e que há necessidade urgente de sensibilizar o produtor rural através de programas de educação em saúde, no sentido de melhorar as condições encontradas quanto a qualidade da água utilizada para consumo humano, animal e na produção do leite.

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A investigação objetiva estudar as características físico-químicas e microbiológicas do leite pasteurizado tipos B e C produzido e beneficiado por mini-usinas da região de Marília-SP/Brasil e comparar com os padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, bem como verificar o desempenho destes estabelecimentos frente ás mudanças existentes na Legislação. Revela que a análise conjunta das amostras, submetidas às análises físico-químicas e microbiológicas revela 10,8 por cento e 11,4 por cento das amostras, respectivamente estão impróprias para o consumo de acordo com os parâmetros oficiais. As observações permitiram ainda concluir que o leite tipo C, produzido e beneficiado pelas mini-usinas estudadas, possui qualidade higiênica e nutritiva superior aos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, que as inspeções periódicas dos serviços oficiais, sem aviso prévio, têm-se mostrado eficientes e que todos os estabelecimentos estudados possuem um bom desempenho frente a descentralização da inspeção na produção de alimentos de origem animal.

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