Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 58
Filtrar
1.
Diagn. tratamento ; 29(3): 118-126, jul-set. 2024. tab, quad
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1561640

RESUMO

Contexto e objetivo: A transmissão de doenças por mosquitos afeta a população e a economia de todo o mundo. Há um número considerável de doenças que podem ser transmitidas por mosquitos, com destaque para a malária e a dengue, endêmica em regiões tropicais. Evidentemente, medidas preventivas são imprescindíveis para a redução da transmissão. Avaliar as evidências de efetividade das telas de proteção com e sem inseticida para prevenção de doenças transmitidas por mosquitos. Métodos: Trata-se de sinopse baseada em evidências. Procedeu-se à busca por estudos que associavam o uso de telas de proteção contra mosquitos à redução do contágio de doenças transmitidas por mosquitos em três bases de dados: PubMed (1966-2024), Portal BVS (1982-2024) e Epistemonikos (2024) e também no metabuscador de evidências TRIP DATABASE (2024). O desfecho de análise envolveu a efetividade das telas de proteção na redução de doenças transmitidas por mosquitos. Resultados: Foram encontradas 307 citações. Seis estudos (1 revisão sistemática e 5 ensaios clínicos) foram incluídos. Discussão: A maioria dos estudos envolveu a colocação de telas de proteção com inseticida, havendo evidência de alta certeza para redução de mortalidade por malária e redução na entrada de mosquitos nas habitações, mesmo com redes sem inseticida. Conclusões: Embora não haja robustez na evidência da efetividade das telas de proteção sem inseticidas contra mosquitos transmissores de doenças, o que demanda a necessidade de realização de novos estudos prospectivos, parece lícita e benéfica a utilização de telas de proteção em regiões endêmicas para doenças transmitidas por esses vetores.


Assuntos
Revisão , Prática Clínica Baseada em Evidências , Dengue , Malária , Culicidae
2.
Diagn. tratamento ; 29(3): 127-37, jul-set. 2024.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1561641

RESUMO

Contextualização: O selênio é um componente fundamental em uma série de reações orgânicas que protegem contra o estresse oxidativo e com potencial para tratar e prevenir doenças, segundo a literatura. Objetivos: Sumarizar as evidências de revisões sistemáticas da Cochrane, referentes à efetividade da suplementação de selênio para tratamento e prevenção de doenças. Métodos: Trata-se de overview de revisões sistemáticas Cochrane. Procedeu-se à busca na Cochrane Library (2024), sendo utilizado o descritor "SELENIUM". Todas as revisões sistemáticas de ensaios clínicos foram incluídas. O desfecho primário de análise foi a melhora clínica, a redução dos sintomas ou a prevenção da doença. Resultados: Sete estudos foram incluídos, totalizando 122 ensaios clínicos e 50.267 participantes. Discussão: Há evidência com alto grau de certeza, segundo as revisões sistemáticas realizadas pela Cochrane, de que a suplementação de selênio não reduz o risco de câncer. Pode haver algum benefício para redução de episódios de sepse em crianças com prematuridade extrema, mas o nível de evidência é bastante limitado nesse caso, devido a reduzida amostragem e alta heterogeneidade nos estudos.

3.
Diagn. tratamento ; 29(2): 59-66, abr-jun. 2024. tab, quad
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1553890

RESUMO

Contexto: A associação entre a cafeína e o zumbido é bastante descrita na literatura, mas o papel da cafeína no zumbido não é claramente explicado. A redução no consumo de cafeína ou mesmo sua abolição é recomendada como meio de melhorar o zumbido. Entretanto, há fundamentação nessa orientação? Há evidências científicas que respaldam essa ação? Objetivo: Avaliar as evidências relativas à possível associação entre a ingestão de cafeína e o zumbido. Métodos: Trata-se de sinopse baseada em evidências. Procedeu-se à busca por estudos que associavam cafeína e zumbido em quatro bases de dados: Cochrane - Central de Registros de Ensaios Clínicos - CENTRAL (2023), PubMed (1966-2023), Portal Regional Biblioteca Virtual em Saúde (1982-2023) e Embase (1974-2023). Foram utilizados os descritores "caffeine" e "tinnitus". Dois pesquisadores, independentemente, extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos estudos para a síntese. O desfecho primário de análise envolveu a relação entre o consumo de cafeína e o zumbido. Resultados: Foram encontradas 79 referências. Cinco estudos (1 ensaio clínico, 2 coortes e 2 estudos caso-controle) foram incluídos (n = 65.856 participantes). Discussão: A literatura apresenta poucos estudos que buscam a relação entre o consumo de cafeína e o zumbido. Trata-se de estudos com amostragem reduzida e limitações metodológicas. A evidência é baixa e são necessários novos estudos. Conclusões: Não é possível concluir sobre uma possível relação entre a cafeína e o zumbido. Há poucos estudos prospectivos realizados e a evidência é baixa, sendo necessária a realização de novos estudos prospectivos de qualidade para elucidação dessa questão.


Assuntos
Zumbido , Cafeína , Estimulantes do Sistema Nervoso Central
4.
Diagn. tratamento ; 29(2): 67-80, abr-jun. 2024. tab
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1553896

RESUMO

Contextualização: A suplementação de zinco tem sido recomendada para o tratamento e a prevenção de muitas doenças, mas já foi demonstrado que os achados in vitro não são os mesmos evidenciados na clínica, havendo carência de evidências científicas em humanos, relativa ao real benefício dessa suplementação para o organismo humano. Objetivos: Sumarizar as evidências de revisões sistemáticas da Cochrane, referentes à efetividade da suplementação de zinco para tratamento e prevenção de doenças. Métodos: Trata-se de overview de revisões sistemáticas Cochrane. Procedeu-se à busca na Cochrane Library (2024), sendo utilizado o descritor "ZINC". Todas as revisões sistemáticas de ensaios clínicos foram incluídas. O desfecho primário de análise foi a melhora clínica, a redução dos sintomas ou a prevenção da doença. Resultados: Quatorze estudos foram incluídos, totalizando 221 ensaios clínicos e 265.113 participantes. Discussão: há evidência de benefício do zinco na anemia falciforme (redução de crises e infecções); na prevenção de diarreia aguda ou persistente em regiões com taxas elevadas de desnutrição; na prevenção da diarreia e melhora no crescimento de crianças de 6 meses a 12 anos de idade; na redução da mortalidade e no ganho de peso a curto prazo em prematuros; e na redução da incidência e prevalência de pneumonia em crianças de 2 a 59 meses de idade. É necessário cautela, pois não há robustez dos resultados e o nível de evidência é limitado. Conclusão: Há evidência de efetividade do zinco em algumas intervenções, mas a evidência é limitada, sugerindo-se a realização de novos estudos prospectivos de qualidade.


Assuntos
Zinco , Revisão Sistemática , Terapêutica , Ensaio Clínico , Prática Clínica Baseada em Evidências
6.
Cochrane Database Syst Rev ; 10: CD008858, 2023 10 02.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-37781954

RESUMO

BACKGROUND: Herpes zoster, commonly known as shingles, is a neurocutaneous disease caused by the reactivation of the virus that causes varicella (chickenpox). After resolution of the varicella episode, the virus can remain latent in the sensitive dorsal ganglia of the spine. Years later, with declining immunity, the varicella zoster virus (VZV) can reactivate and cause herpes zoster, an extremely painful condition that can last many weeks or months and significantly compromise the quality of life of the affected person. The natural process of ageing is associated with a reduction in cellular immunity, and this predisposes older adults to herpes zoster. Vaccination with an attenuated form of the VZV activates specific T-cell production avoiding viral reactivation. Two types of herpes zoster vaccines are currently available. One of them is the single-dose live attenuated zoster vaccine (LZV), which contains the same live attenuated virus used in the chickenpox vaccine, but it has over 14-fold more plaque-forming units of the attenuated virus per dose. The other is the recombinant zoster vaccine (RZV) which does not contain the live attenuated virus, but rather a small fraction of the virus that cannot replicate but can boost immunogenicity. The recommended schedule for the RZV is two doses two months apart. This is an update of a Cochrane Review first published in 2010, and updated in 2012, 2016, and 2019. OBJECTIVES: To evaluate the effectiveness and safety of vaccination for preventing herpes zoster in older adults. SEARCH METHODS: For this 2022 update, we searched the Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL 2022, Issue 10), MEDLINE (1948 to October 2022), Embase (2010 to October 2022), CINAHL (1981 to October 2022), LILACS (1982 to October 2022), and three trial registries. SELECTION CRITERIA: We included studies involving healthy older adults (mean age 60 years or older). We included randomised controlled trials (RCTs) or quasi-RCTs comparing zoster vaccine (any dose and potency) versus any other type of intervention (e.g. varicella vaccine, antiviral medication), placebo, or no intervention (no vaccine). Outcomes were cumulative incidence of herpes zoster, adverse events (death, serious adverse events, systemic reactions, or local reaction occurring at any time after vaccination), and dropouts. DATA COLLECTION AND ANALYSIS: We used the standard methodological procedures expected by Cochrane. MAIN RESULTS: We included two new studies involving 1736 participants in this update. The review now includes a total of 26 studies involving 90,259 healthy older adults with a mean age of 63.7 years. Only three studies assessed the cumulative incidence of herpes zoster in groups that received vaccines versus placebo. Most studies were conducted in high-income countries in Europe and North America and included healthy Caucasians (understood to be white participants) aged 60 years or over with no immunosuppressive comorbidities. Two studies were conducted in Japan and one study was conducted in the Republic of Korea. Sixteen studies used LZV. Ten studies tested an RZV. The overall certainty of the evidence was moderate, which indicates that the intervention probably works. Most data for the primary outcome (cumulative incidence of herpes zoster) and secondary outcomes (adverse events and dropouts) came from studies that had a low risk of bias and included a large number of participants. The cumulative incidence of herpes zoster at up to three years of follow-up was lower in participants who received the LZV (one dose subcutaneously) than in those who received placebo (risk ratio (RR) 0.49, 95% confidence interval (CI) 0.43 to 0.56; risk difference (RD) 2%; number needed to treat for an additional beneficial outcome (NNTB) 50; moderate-certainty evidence) in the largest study, which included 38,546 participants. There were no differences between the vaccinated and placebo groups for serious adverse events (RR 1.08, 95% CI 0.95 to 1.21) or deaths (RR 1.01, 95% CI 0.92 to 1.11; moderate-certainty evidence). The vaccinated group had a higher cumulative incidence of one or more adverse events (RR 1.71, 95% CI 1.38 to 2.11; RD 23%; number needed to treat for an additional harmful outcome (NNTH) 4.3) and injection site adverse events (RR 3.73, 95% CI 1.93 to 7.21; RD 28%; NNTH 3.6; moderate-certainty evidence) of mild to moderate intensity. These data came from four studies with 6980 participants aged 60 years or older. Two studies (29,311 participants for safety evaluation and 22,022 participants for efficacy evaluation) compared RZV (two doses intramuscularly, two months apart) versus placebo. Participants who received the new vaccine had a lower cumulative incidence of herpes zoster at 3.2 years follow-up (RR 0.08, 95% CI 0.03 to 0.23; RD 3%; NNTB 33; moderate-certainty evidence), probably indicating a favourable profile of the intervention. There were no differences between the vaccinated and placebo groups in cumulative incidence of serious adverse events (RR 0.97, 95% CI 0.91 to 1.03) or deaths (RR 0.94, 95% CI 0.84 to 1.04; moderate-certainty evidence). The vaccinated group had a higher cumulative incidence of adverse events, any systemic symptom (RR 2.23, 95% CI 2.12 to 2.34; RD 33%; NNTH 3.0), and any local symptom (RR 6.89, 95% CI 6.37 to 7.45; RD 67%; NNTH 1.5). Although most participants reported that their symptoms were of mild to moderate intensity, the risk of dropouts (participants not returning for the second dose, two months after the first dose) was higher in the vaccine group than in the placebo group (RR 1.25, 95% CI 1.13 to 1.39; RD 1%; NNTH 100, moderate-certainty evidence). Only one study reported funding from a non-commercial source (a university research foundation). All other included studies received funding from pharmaceutical companies. We did not conduct subgroup and sensitivity analyses AUTHORS' CONCLUSIONS: LZV (single dose) and RZV (two doses) are probably effective in preventing shingles disease for at least three years. To date, there are no data to recommend revaccination after receiving the basic schedule for each type of vaccine. Both vaccines produce systemic and injection site adverse events of mild to moderate intensity. The conclusions did not change in relation to the previous version of the systematic review.


Assuntos
Varicela , Vacina contra Herpes Zoster , Herpes Zoster , Humanos , Idoso , Pessoa de Meia-Idade , Herpesvirus Humano 3 , Vacina contra Herpes Zoster/efeitos adversos , Varicela/induzido quimicamente , Varicela/tratamento farmacológico , Herpes Zoster/prevenção & controle , Herpes Zoster/induzido quimicamente , Herpes Zoster/tratamento farmacológico , Vacinas Atenuadas/efeitos adversos
7.
Diagn. tratamento ; 28(3): 126-32, jul-set de 2023. tab 2
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1517921

RESUMO

Contextualização: As doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de morte no Brasil e no mundo e a dieta mediterrânea (DM) surgiu como possibilidade de prevenção dessas doenças. Ela envolve o alto consumo de frutas, vegetais, frutos do mar, nozes, legumes, grãos e azeite, e ingestão moderada de vinho nas refeições, além de menor ingestão de carnes vermelhas e processadas, gordura saturada, doces e bebidas açucaradas. Objetivo: Avaliar a efetividade da DM para prevenção de DCV. Métodos: Trata-se de overview de revisões sistemáticas. Procedeu-se à busca por estudos que associavam a DM às DCV em quatro bases eletrônicas de dados: Cochrane - Central de Registros de Ensaios Clínicos - CENTRAL (2023), PubMed (1966-2023), Portal BVS (1982-2023) e EMBASE (1974-2023). Dois pesquisadores, independentemente extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos estudos para a síntese. O desfecho primário de análise envolveu a prevenção de doença cardiovascular e a redução de mortalidade. Resultados: 5 revisões sistemáticas foram incluídas, totalizando 74 ensaios clínicos (n = 124.820) e 16 coortes prospectivas (n = 722.495). Discussão: Embora os estudos incluídos relatem benefícios favoráveis à DM para prevenção de DCV, as evidências são de baixa a moderada qualidade, diante da heterogeneidade e fragilidades metodológicas. Sugere-se a realização de novos estudos clínicos com padronização de relato dos resultados. Conclusão: Parece haver benefício da DM para prevenção de DCV, mas diante das evidências limitadas, há incertezas que tornam lícita a recomendação por novos ensaios clínicos com comparação a outras dietas, para maior robustez dos achados.


Assuntos
Dieta Mediterrânea , Cardiopatias , Ensaio Clínico , Prevenção de Doenças , Prática Clínica Baseada em Evidências
8.
Diagn. tratamento ; 28(3): 133-49, jul-set de 2023. tab 2
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1517925

RESUMO

Contextualização: A vitamina D tem sido utilizada na prática clínica e amplamente divulgada na mídia como opção preventiva ou terapêutica em muitas doenças esqueléticas e não esqueléticas, mas sua efetividade, em muitos casos, é ainda incerta. Objetivos: Sumarizar as evidências de revisões sistemáticas da Cochrane, referentes à efetividade da vitamina D para tratamento e prevenção de doenças. Métodos: Trata-se de overview de revisões sistemáticas Cochrane. Procedeu-se à busca na Cochrane Library (2023), sendo utilizado o descritor MeSH "VITAMIN D". Todas as revisões sistemáticas de ensaios clínicos foram incluídas. O desfecho primário de análise foi a melhora clínica, a redução dos sintomas ou a prevenção da doença. Resultados: 22 estudos foram incluídos, totalizando 284.404 participantes. Há evidência de baixa qualidade relativa a benefícios da suplementação da vitamina D na gestação para mãe e recém-nascido, não sendo encontrados, até o momento, benefícios para outras condições avaliadas. Discussão: Nenhuma intervenção mostrou efetividade com evidência de boa qualidade. Embora haja descrição de benefícios na redução do risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, baixo peso do bebê ao nascimento, redução no risco de hemorragia grave pós-parto e redução de fraturas em idosos (quando associada à suplementação de cálcio), esses achados têm evidência limitada e carecem de melhor análise no futuro próximo, a partir de novos ensaios clínicos. Conclusão: Atualmente, não há suporte com bom nível de evidência para a maioria das intervenções com suplementação de vitamina D, sendo recomendada a realização de novos ensaios clínicos para melhor robustez dos achados desses estudos.


Assuntos
Terapêutica , Vitamina D , Revisão Sistemática , Efetividade , Ensaio Clínico , Colecalciferol , Prática Clínica Baseada em Evidências
9.
Diagn. tratamento ; 28(2): 87-92, abr-jun. 2023. tab, tab
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1427640

RESUMO

Contextualização: A migrânea, também conhecida por enxaqueca, é um distúrbio sensorial relacionado a fatores genéticos, psicológicos e anatômicos, que afeta cerca de 10% dos adultos, trazendo impacto pessoal, social e econômico. Objetivos: Sumarizar as evidências de revisões sistemáticas, referentes à efetividade da toxina botulínica para prevenção de migrânea. Métodos: Trata-se de overview de revisões sistemáticas. Procedeu-se à busca em três bases eletrônicas de dados: Cochrane - Central de Registros de Ensaios Clínicos ­ CENTRAL (2023), PubMed (1966-2023) e EMBASE (1974-2023), sendo utilizados os descritores MeSH "Migraine disorders" e "Botulinum toxins". Todas as revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados (ECRs) em humanos foram incluídas. O desfecho primário de análise foi a melhora clínica. Resultados: Foram recuperadas 21 revisões sistemáticas e, diante dos critérios de inclusão, 4 foram incluídas, totalizando 94 ECRs (n = 16.104 participantes). Os estudos sugerem que a toxina botulínica pode ser benéfica na redução do número de crises, intensidade de dor e melhora na qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, a evidência é limitada. Discussão: Embora os estudos incluídos tragam benefícios favoráveis à toxina botulínica para prevenção da migrânea, a evidência é de baixa qualidade, diante da heterogeneidade, fragilidades metodológicas e riscos nas análises desses estudos. Sugere-se a comparação da efetividade da toxina botulínica com outras intervenções disponíveis, objetivando melhor elucidação da questão. Conclusão: Parece haver algum benefício da toxina botulínica para prevenção de crises de migrânea, mas a evidência até o momento é limitada, sendo recomendada a comparação com outras terapêuticas utilizadas para prevenção da migrânea.


Assuntos
Humanos , Toxinas Botulínicas/uso terapêutico , Medicina Baseada em Evidências , Transtornos de Enxaqueca/prevenção & controle , Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Resultado do Tratamento , Revisões Sistemáticas como Assunto
10.
Diagn. tratamento ; 28(2): 93-103, abr-jun. 2023. tab, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1427645

RESUMO

Contextualização: O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento bastante prevalente e caracterizado por alterações nos níveis de atenção, presença de hiperatividade e impulsividade, cuja efetividade das abordagens terapêuticas é discutível atualmente. Objetivos: Sumarizar as evidências de revisões sistemáticas da Cochrane, referentes à efetividade das intervenções para tratamento de TDAH. Métodos: Trata-se de overview de revisões sistemáticas Cochrane. Procedeu-se à busca na Cochrane Library (2023), sendo utilizado o descritor MeSH "Attention Deficit Disorder with Hiperactivity". Todas as revisões sistemáticas de ensaios clínicos foram incluídas. O desfecho primário de análise foi a melhora clínica (redução dos sintomas). Resultados: Treze estudos foram incluídos, totalizando 317 ensaios clínicos (n = 25.946 participantes). Foram avaliadas intervenções com anfetaminas, antidepressivos, ácidos graxos poli-insaturados tipo ômega 3 e 6, acupuntura, terapia de meditação, terapia cognitivo-comportamental e treinamento dos pais. Discussão: Nenhuma intervenção mostrou efetividade com evidência de boa qualidade. Embora a maioria das intervenções pareça trazer algum benefício na redução dos sintomas do TDAH, há riscos de efeitos adversos, em geral não graves, sobretudo nos tratamentos farmacológicos. Os estudos realizados até o momento são heterogêneos e desprovidos de análises por subgrupos, o que impacta a obtenção de melhor evidência. Sugere-se a realização de novos ensaios clínicos com padronização de relato dos resultados. Conclusão: Não há suporte com bom nível de evidência atualmente para a maioria das intervenções para tratamento do TDAH, à luz das revisões sistemáticas da Cochrane, sendo sugerida a realização de novos ensaios clínicos de qualidade.


Assuntos
Humanos , Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade/terapia , Medicina Baseada em Evidências , Ensaios Clínicos como Assunto , Resultado do Tratamento , Revisões Sistemáticas como Assunto
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA