RESUMO
Objetivo: Analisar a tendeÌncia temporal e distribuiçaÌo espacial da siÌfilis congeÌnita em uma regiaÌo da AmazoÌnia brasileira. Metodologia: Estudo ecoloÌgico realizado com casos de siÌfilis congeÌnita em crianças menores de um ano de idade no ParaÌ empregando dados do Sistema de InformaçaÌo de Agravo de NotificaçaÌo e do Sistema de InformaçoÌes sobre Nascidos Vivos, 2007 a 2017. Aplicou-se anaÌlise de autocorrelaçaÌo espacial de Moran e anaÌlise temporal pelo meÌtodo joinpoint. Resultados: A taxa de incideÌncia bruta e meÌdia de siÌfilis congeÌnita para o periÌodo do estudo foi de 3,8 e 0,345 (x1.000 nascidos vivos), respectivamente. A incideÌncia de siÌfilis congeÌnita apresentou tendeÌncia crescente com variaçaÌo percentual anual de 12,0% (IC 9,814,8; p=0,000). A siÌfilis congeÌnita apresentou expansaÌo territorial, com as maiores taxas nos municiÌpios do nordeste, sudeste e sudoeste paraense. ConclusaÌo: A siÌfilis congeÌnita apresentou tendeÌncia crescente contiÌnua no ParaÌ e expansaÌo territorial. Nossos resultados sugerem ineficaÌcia do acompanhamento de preÌ-natal.
Objective: To analyze the temporal trend and spatial distribution of congenital syphilis in a region of the Brazilian Amazon. Methodology: Ecological study conducted with cases of congenital syphilis in children under one year of age in ParaÌ using data from the Information System of Notifiable Diseases and the Live Birth Information System, 2007 to 2017. Moran's spatial autocorrelation analysis and temporal analysis using the joinpoint model were applied. Results: The crude and mean incidence rates of congenital syphilis for the study period were 3.8 and 0.345 (x1,000 live births), respectively. The incidence of congenital syphilis showed an increasing trend with an annual percentage change of 12.0% (CI 9.814.8; p=0.000). Congenital syphilis presented territorial expansion, with highest rates in the municipalities of northeast, southeast and southwest of ParaÌ. Conclusion: Congenital syphilis showed a continuously growing trend in ParaÌ and territorial expansion. The results suggest ineffective prenatal follow-up.