RESUMO
OBJECTIVE: To verify breathiness in the cisgender and transgender men and women's voices, compare values of acoustic and perceptual indicators of breathiness and fundamental frequency (f0) between groups, and compare them between the voices attributed as female and male. STUDY DESIGN: Cross sectional retrospective study. METHODS: The study was approved by the Research Ethics Committee (4,937,140). Sustained vowel /a/ and continuous speech recordings of 21 cisgender men (CISM), 31 transgender men (TM), 32 cisgender women (CISW), and 31 transgender women (TW) were analyzed. Three judges conducted a perceptive-auditory analysis regarding the degree breathiness, using a visual analog scale, and attributed gender (female or male). The ABI (Acoustic Breathiness Index) was extracted using the PRAAT software (6.1.16). The f0, Harmonic-Noise Ratio (HNR), Voice Turbulence Index (VTI), and Soft Phonation Index (SPI) were analyzed using the Multi-Dimensional Voice Program (KayPentax). RESULTS: The ABI value for CISM was lower than for TM and CISW. CISW had a higher f0 than; TM had a higher f0 than CISM; and TW had a higher f0 than CISM. The groups did not differ for HNR and VTI. Regarding the SPI, CISM had higher values than CISW. Regarding the auditory perception, TM presented more intense breathiness than CISM in the vowel. Regarding gender attribution by voice, the voices CISM and CISW were 100% identified as male and female. On the other hand, in the vowel analysis, 45.2% of the TM voices were perceived as female, and 59.4% of TW voices as male. CONCLUSION: Breathiness occurs differently between groups and the voices perceived as male and female. Even when TM is submitted to the use of testosterone and undergoes vocal changes, the transglottal airflow remains, which is a female characteristic of phonation.
RESUMO
Os professores estão entre os profissionais sujeitos às alterações de saúde devido às condições de trabalho inadequadas, como ruído ambiental (alunos, rua, ventiladores), acústica ruim e organização do trabalho (cargas extensas). Essas condições podem ocasionar efeitos auditivos e extra-auditivos nesse profissional, resultando em estresse e cansaço, além de possibilitar a ocorrência de problemas na comunicação, como a disfonia. Objetivo: analisar as percepções dos professores sobre os efeitos do ruído em sala de aula na sua saúde. Método: participaram desta pesquisa, 36 professores do ensino fundamental de uma escola Pública de Piracicaba. Foram realizadas mensurações do ruído em sala de aula, entrevistas sobre efeitos auditivos e extra-auditivos causados pela exposição ao ruído e exames audiométricos. Resultado: 75 por cento dos professores consideraram o ruído em sala de aula alto; na mensuração do ruído, encontrou-se variação de 55 a 102 dB(A). A maioria dos professores (86 por cento) relatou sintomas extra-auditivos (tontura, problemas digestivos e no sistema cirulatório), 95 por cento deles apresentaram queixas vocais (cansaço e ardor na laringe após a aula) e efeitos do ruído sobre comunicação oral em sa1a de aula (precisam falar mais alto, têm dificuldade de se fazer entender e compreender o que lhes falam). Conclusão: o ruído encontrado nas salas de aula dessa escola pode ter relação direta com os efeitos na saúde do professor, porém, há necessidade de outros estudos que aprofundem o tema. Percebe-se, então, neste estudo, a urgência em alertar a sociedade, especialmente os profissionais da saúde, sobre os efeitos prejudiciais decorrentes da exposição ao ruído