RESUMO
This article aims to examine the role of Belief in a Just World (BJW) in the legitimation of economic inequality. Using data from 27 European countries (N=47,086), we conducted multilevel analyses and found that BJW positively predicted the legitimation of economic inequality, measured by three indicators: the perceived fairness of the overall wealth inequality, and the fairness of the earnings made by the Top 10% and the Bottom 10% of society. These results persisted after controlling for individual- and country-level variables. Moreover, the BJW effect was stronger on the legitimation of the Bottom 10% incomes, compared to the legitimation of the Top 10%. We also found that economic inequality at the country-level reduced the BJW effect on legitimation of inequality. Finally, BJW displayed a negative indirect effect on support for redistribution, via the legitimation of economic inequalities.
Assuntos
Renda , Europa (Continente) , Humanos , Fatores SocioeconômicosRESUMO
Com o objetivo de analisar o papel dos contextos de resposta no preconceito automático, realizamos três estudos. No primeiro estudo, investigamos os efeitos de dois contextos normativos (igualitário e meritocrático) sobre o preconceito automático contra os Negros. Verificou-se que o contexto meritocrático aumenta o preconceito dos participantes; mas o contexto igualitário não reduz o preconceito. No segundo estudo, investigamos que sentidos as pessoas atribuem à 'igualdade'. Dois sentidos principais foram encontrados: solidária e formal. Essas duas formas de igualdade foram utilizadas como priming no terceiro estudo, juntamente com contexto meritocrático. Os resultados indicaram que o contexto meritocrático torna os indivíduos mais preconceituosos. No entanto, o contexto da igualdade solidária anulou a ativação automática do preconceito contra os Negros. A igualdade formal situou-se numa posição intermediária entre os dois outros primes. Estes resultados são discutidos à luz das teorias sobre o papel das normas sociais nos processos inconscientes ou automáticos de preconceito(AU)
Assuntos
Adulto , Humanos , Masculino , Feminino , Preconceito , Valores SociaisRESUMO
Com o objetivo de analisar o papel dos contextos de resposta no preconceito automático, realizamos três estudos. No primeiro estudo, investigamos os efeitos de dois contextos normativos (igualitário e meritocrático) sobre o preconceito automático contra os Negros. Verificou-se que o contexto meritocrático aumenta o preconceito dos participantes; mas o contexto igualitário não reduz o preconceito. No segundo estudo, investigamos que sentidos as pessoas atribuem à "igualdade". Dois sentidos principais foram encontrados: solidária e formal. Essas duas formas de igualdade foram utilizadas como priming no terceiro estudo, juntamente com contexto meritocrático. Os resultados indicaram que o contexto meritocrático torna os indivíduos mais preconceituosos. No entanto, o contexto da igualdade solidária anulou a ativação automática do preconceito contra os Negros. A igualdade formal situou-se numa posição intermediária entre os dois outros primes. Estes resultados são discutidos à luz das teorias sobre o papel das normas sociais nos processos inconscientes ou automáticos de preconceito.
The present studies examined the effects of social norms on the automatic prejudice against Black people. Study 1 assessed the effects of egalitarianism and competitive meritocracy on automatic racial prejudice. The results showed that the competitive meritocracy context increases prejudice. But, the egalitarian context didn't reduce the prejudice. Study 2 investigated the meanings that people assign to "equality". A content analysis denoted two main social representations: equality in the law (Rights and Duties) and equality as solidarity in relationships (fraternity, respect to differences, solidarity, etc.). We named the first representation of equality as "Formal Egalitarianism" and the second as "Solidarity Egalitarianism". Those two forms of equality were used as priming in the third study, together with the competitive meritocracy norm. Results indicated that the competitive meritocracy context increased prejudiced responses. However, the solidarity egalitarianism context controlled the automatic prejudice against Blacks. Formal egalitarianism has no effect on the control of prejudice. These results support the hypothesis concerning the impact of social normative contexts on prejudice activation.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , População Negra , Preconceito , Valores SociaisRESUMO
Este estudo examina os efeitos da cor da pele e da performance social dos grupos no branqueamento e na infra-humanização. Os dados deste estudo foram coletados em três capitais do Brasil, em três regiões diferentes. As principais hipóteses são: a) os Negros serão mais infra-humanizados do que os Brancos; b) os grupos que fracassam socialmente serão mais infra-humanizados do que os grupos que obtêm sucesso; e c) os grupos com sucesso deverão ser percebidos como mais brancos do que os que fracassam. Os resultados, obtidos junto a 175 estudantes universitários brancos, de três universidades privadas, indicam que as hipóteses são parcialmente confirmadas. Os grupos que fracassam são infra-humanizados quando comparados aos que obtêm sucesso e os grupos que obtêm sucesso são branqueados e os que fracassam enegrecidos, ao nível da percepção subjetiva da cor da pele. No entanto, a infra-humanização dos negros acontece com a mediação do branqueamento. Esses resultados são discutidos à luz das novas teorias psicossociais sobre o racismo (AU)
Assuntos
Grupo Social , Preconceito , Fatores Culturais , Fatores Socioeconômicos , BrasilRESUMO
Este estudo examina os efeitos da cor da pele e da performance social dos grupos no branqueamento e na infra-humanização. Os dados deste estudo foram coletados em três capitais do Brasil, em três regiões diferentes. As principais hipóteses são: a) os Negros serão mais infra-humanizados do que os Brancos; b) os grupos que fracassam socialmente serão mais infra-humanizados do que os grupos que obtêm sucesso; e c) os grupos com sucesso deverão ser percebidos como mais brancos do que os que fracassam. Os resultados, obtidos junto a 175 estudantes universitários brancos, de três universidades privadas, indicam que as hipóteses são parcialmente confirmadas. Os grupos que fracassam são infra-humanizados quando comparados aos que obtêm sucesso e os grupos que obtêm sucesso são branqueados e os que fracassam enegrecidos, ao nível da percepção subjetiva da cor da pele. No entanto, a infra-humanização dos negros acontece com a mediação do branqueamento. Esses resultados são discutidos à luz das novas teorias psicossociais sobre o racismo
Assuntos
Fatores Culturais , Preconceito , Grupos Populacionais , Fatores Socioeconômicos , BrasilRESUMO
Recentemente tem-se verificado uma condenação social aberta às formas mais tradicionais e flagrantes de racismo. Em conseqüência, em várias partes do mundo, alguns estudos utilizando metodologias tradicionais de coleta de dados têm demonstrado que os estereótipos negativos associados aos negros têm diminuído. Todavia, novas e mais sofisticadas formas de expressão do preconceito e do racismo têm surgido, corporificando muitos comportamentos cotidianos de discriminação, quer ao nível institucional, quer ao nível interpessoal. Estas novas formas de expressão do preconceito e do racismo produzem na psicologia social várias teorizações. Temos as teorias do racismo moderno, do racismo simbólico, do racismo aversivo, do racismo ambivalente, do preconceito sutil e do racismo cordial, dentre outras. Neste trabalho procuramos analisar cada uma das novas teorias sobre o preconceito e sobre o racismo, e discorremos sobre o suporte empírico que fundamenta cada uma dessas teorias (AU)
Assuntos
Preconceito , Psicologia Social , Problemas Sociais/psicologia , População NegraRESUMO
Recentemente tem-se verificado uma condenação social aberta às formas mais tradicionais e flagrantes de racismo. Em conseqüência, em várias partes do mundo, alguns estudos utilizando metodologias tradicionais de coleta de dados têm demonstrado que os estereótipos negativos associados aos negros têm diminuído. Todavia, novas e mais sofisticadas formas de expressão do preconceito e do racismo têm surgido, corporificando muitos comportamentos cotidianos de discriminação, quer ao nível institucional, quer ao nível interpessoal. Estas novas formas de expressão do preconceito e do racismo produzem na psicologia social várias teorizações. Temos as teorias do racismo moderno, do racismo simbólico, do racismo aversivo, do racismo ambivalente, do preconceito sutil e do racismo cordial, dentre outras. Neste trabalho procuramos analisar cada uma das novas teorias sobre o preconceito e sobre o racismo, e discorremos sobre o suporte empírico que fundamenta cada uma dessas teorias.
Assuntos
População Negra , Preconceito , Psicologia Social , Problemas Sociais/psicologiaRESUMO
Este estudo investiga os efeitos da cor da pele percebida e do sucesso social no branqueamento e na infra-humanização. Para a consecução deste objetivo, indivíduos brancos deveriam avaliar um grupo de pessoas negras e um grupo de pessoas brancas (representados por fotografias), que obtinham sucesso social ou que eram mal sucedidos socialmente. O delineamento utilizado continha duas variáveis independentes inter-participantes (cor da pele: brancos versus negros) e desempenho social (sucesso versus fracasso). Os resultados indicaram que os negros que obtêm sucesso social são percebidos como mais brancos do que os negros que fracassam. Uma análise de mediação indicou que quanto mais os negros com sucesso são percebidos como brancos mais características tipicamente humanas lhes são atribuídas. O inverso se passa para os negros mais percebidos como negros. Estes resultados são analisados e discutidos à luz das teorias sobre racismo no Brasil e sobre as novas expressões de racismo.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Preconceito , População Negra , Hierarquia Social , Grupos PopulacionaisRESUMO
Este estudo investiga os efeitos da cor da pele percebida e do sucesso social no branqueamento e na infra-humanização. Para a consecução deste objetivo, indivíduos brancos deveriam avaliar um grupo de pessoas negras e um grupo de pessoas brancas (representados por fotografias), que obtinham sucesso social ou que eram mal sucedidos socialmente. O delineamento utilizado continha duas variáveis independentes inter-participantes (cor da pele: brancos versus negros) e desempenho social (sucesso versus fracasso). Os resultados indicaram que os negros que obtêm sucesso social são percebidos como mais brancos do que os negros que fracassam. Uma análise de mediação indicou que quanto mais os negros com sucesso são percebidos como brancos mais características tipicamente humanas lhes são atribuídas. O inverso se passa para os negros mais percebidos como negros. Estes resultados são analisados e discutidos à luz das teorias sobre racismo no Brasil e sobre as novas expressões de racismo.(AU)