Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 22
Filtrar
1.
Mundo saúde (Impr.) ; 48: e15932024, 2024.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1565952

RESUMO

O câncer de colo de útero é uma neoplasia comum e letal para mulheres no Brasil, com uma estimativa de 17 mil novos casos entre 2023 e 2025. A região Norte apresenta as maiores taxas de incidência e mortalidade, refletindo desigualdades no acesso a serviços de saúde. A detecção precoce e a vacinação são essenciais para a prevenção, mas a cobertura é insuficiente quando se trata de povos indígenas. Trata-se de um estudo descritivo que busca analisar a proporção de exames citopatológicos em mulheres indígenas de 25 a 64 anos, considerando dois triênios, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), com base nos dados do Sistema de Informação do Câncer. Os dados foram obtidos a partir de dados populacionais do Distrito Especial de Saúde Indígena do Amapá e Norte do Pará. No primeiro triênio (2018-2020), a proporção de exames foi de 3,37% no DSEI AMP e 0% em Pedra Branca do Amapari, município de referência do povo wajãpi. No segundo triênio (2021-2023), essas proporções aumentaram para 21,95% e 52,38%, respectivamente. A melhora significativa nos indicadores de realização de exames junto aos Wajãpi, é atribuída ao Projeto de Rastreamento de Câncer do Colo do Útero, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé) em cooperação com o DSEI AMP. Ainda que a colaboração entre as comunidades wajãpi, Iepé e DSEI AMP tenha produzido uma melhoria nos índices, os desafios permanecem, especialmente em relação à cobertura e à qualidade da assistência à saúde fornecida aos povos indígenas.


Cervical cancer is a common and lethal neoplasm for women in Brazil, with an estimated 17 thousand new cases between 2023 and 2025. The North region has the highest incidence and mortality rates, reflecting inequalities in access to health services . Early detection and vaccination are essential for prevention, but coverage is insufficient when it comes to indigenous peoples. This is a descriptive study that seeks to analyze the proportion of cytopathological exams in indigenous women aged 25 to 64 years, considering two three-year periods, in accordance with the recommendations of the World Health Organization (WHO), based on data from the Information System of Cancer. The data were obtained from population data from the Special Indigenous Health District of Amapá and Norte do Pará. In the first three years (2018-2020), the proportion of exams was 3.37% in DSEI AMP and 0% in Pedra Branca do Amapari, a reference municipality for the Wajãpi people. In the second three-year period (2021-2023), these proportions increased to 21.95% and 52.38%, respectively. The significant improvement in indicators for testing among the Wajãpi is attributed to the Cervical Cancer Tracking Project, carried out by the Institute of Indigenous Research and Training (Iepé) in cooperation with the DSEI AMP. Although the collaboration between the Wajãpi, Iepé and DSEI AMP communities has produced an improvement in rates, challenges remain, especially in relation to the coverage and quality of health care provided to indigenous peoples.

2.
Rev. Ciênc. Plur ; 9(2): 31928, 31 ago. 2023.
Artigo em Inglês | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1452578

RESUMO

This article presents, the vulnerabilities related with regarding access to health services facedby refugee women, of a research project conducted in Portugal between 2020 and 2022 as part of the Masters in Intercultural Relations program at Universidade Aberta. Objective: The overall goal was to gain a better understanding of the psychosocial reality of women who arrived in Portugal as a result of forced migration, focusing on the main difficulties of the migratory and adaptation journey -highlighting vulnerabilities related to health and access to health services at the present article -and the protective factors that facilitated their processes of resilience, adaptation, and social integration. Methodology:The meaningsof the protagonists' experiences were disclosed through nine semi-structured and in-depth interviews with a woman from Iraq, seven from Syria, and one from Libya, which were conducted separately, recorded and transcribed. Following the transcription and translation of the interviews, the content analysis began with the coding and categorization of the obtained data. Results:The investigationuncovered a number of vulnerabilities triggered by the migratory experience and gender belonging, such as prejudice, social isolation, and cultural shock (mostly linked to religion and clothing), which validated the intersectional analysis. The findings highlight a number of obstacles in the host nation, including access to health care, the quality of institutional interactions, and knowledge of the Portuguese language.Conclusions:The current investigation led to theconclusion that there are flawsin Portugal in terms of ensuring full access to health care for forced migrant women, highlighting as major obstacles: a lack of information in languagesother than Portuguese, a lack of offers tolearn and masterthe Portugueselanguage, a lack of knowledge about how health institutions work, and a lack of sensitivity and intercultural skills inhealthcareservices (AU).


Este artigo apresenta as vulnerabilidades relacionadas no acesso aos serviços de saúde sentidas por mulheres refugiadas, de um projeto de investigação realizado em Portugal entre 2020 e 2022 no âmbito do Mestrado em Relações Interculturais da Universidade Aberta. Objetivo:O objetivo geral foi conhecer melhor a realidade psicossocial das mulheres que chegaram a Portugal como resultado da migração forçada, focando as principais dificuldades do percurso migratório e de adaptação,destacando as vulnerabilidades relacionadas com a saúde e acesso aos serviços de saúde, além dos fatores de proteção que facilitaram seus processos de resiliência, adaptação e integração social. Metodologia:Os significados das vivências das protagonistasforam relevados por meio de nove entrevistas semiestruturadas e em profundidade, realizadas individualmente, gravadas e transcritas, com umamulher do Iraque, seteda Síria e umada Líbia. Após transcrição e tradução das entrevistas, a análise de conteúdopartiu da codificação e categorização da informação recolhida.Resultados:A investigação desvelou uma série de vulnerabilidadescausadas pela experiência migratória epertença de gênero,como a discriminação sentida sob a forma de preconceitos, o isolamento social e o choque cultural (sobretudo relacionado com a religião e o vestuário utilizado), o que justificou a análise intersecional. Os resultados revelam umconjuntode desafiosno país de acolhimento, como o acesso à saúde, a qualidade das relações institucionais e o domínio da língua portuguesa.Conclusões: A presente investigação permitiu concluir que existem algumas carências em Portugal no que diz respeito à garantia do pleno acesso aos cuidados de saúde sentidas pelasmulheres migrantes forçadas, destacando-se como principais obstáculos: a falta de informação numa língua que não o português, a falta de domínio da língua portuguesa, o desconhecimento sobre o funcionamento das instituições de saúde e falta de sensibilidade e de competências interculturais nos cuidados de saúde (AU).


Este artículo presenta, las vulnerabilidades relacionadasconen el acceso a los servicios de salud que sienten las mujeres refugiadas, de un proyectorealizado en Portugal entre 2020 y 2022 en el ámbito del Máster en Relaciones Interculturales de la Universidade Aberta.Objetivo: El objetivo fue comprender la realidad psicosocial de las mujeres que llegaron a Portugal como resultado de la migración forzada, centrándose en las principales dificultades del viaje de migración y adaptación, destacandovulnerabilidades relacionadas con la salud y el acceso a los servicios de salud, además de los factores de protección que facilitaron sus procesos de resiliencia, adaptación e integración social. Metodología: Los significados de las experiencias fueron revelados através de nueve entrevistas semiestructuradas y en profundidad, realizadas individualmente, grabadas y transcritas, con una mujer de Irak, siete de Siria y una de Libia. Luego de la transcripción y traducción, se inició el análisis de contenido con la codificación y categorización de la información.Resultados: La investigación reveló vulnerabilidades provocadas por la experiencia migratoria y la pertenencia de género,como la discriminación sentida en forma de prejuicio, el aislamiento social y el choque cultural (principalmente relacionado con la religión y la vestimenta), que justificaron el análisis interseccional.Los resultados revelan desafíos en Portugal,como el acceso a la salud, la calidad de las relaciones institucionales y el dominio de la lengua portuguesa.Conclusiones: La presente investigación llevó a la conclusión de que existen fallas en Portugal en cuanto a garantizar el pleno acceso a la atención de la salud de las refugiadas,destacándose: falta de información en un idioma diferenteal portugués, falta de dominio de la lengua portuguesa, falta de conocimiento sobre el funcionamiento de las instituciones de salud y falta de sensibilidad y habilidades interculturales en la atención de la salud (AU).


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Refugiados , Saúde da Mulher , Migração Humana , Vulnerabilidade Social , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Portugal/epidemiologia , Entrevistas como Assunto , Pesquisa Qualitativa , Direitos Humanos , Programas Nacionais de Saúde
4.
Saúde Soc ; 31(2): e210356pt, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1377347

RESUMO

Resumo O acesso à saúde e os elementos do processo saúde-doença da população trans são analisados neste artigo a partir das categorias de análise Reconhecimento e Aparecimento Público de Judith Butler. Partimos da análise de entrevistas com nove mulheres transexuais e sete trabalhadoras(es) de um mesmo serviço de referência para o Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS). Argumentamos que processos de discriminação e desrespeito ao nome social nos serviços de saúde são efeitos de políticas que regulam o reconhecimento e diferenciam pessoas e indivíduos como vidas vivíveis, a serem protegidas, e vidas que poderão ser perdidas sem a proteção dos serviços de saúde. Tais políticas permeiam os processos saúde-doença na medida em que modulam modos de existência baseados em normas hegemônicas de viver e existir nos gêneros e sexualidades, que podem produzir sofrimento e adoecimento. Normas alicerçadas numa referência cisheteropatriarcal e racista, que patologizam experiências e vivências não centradas na branquitude, na heteronormatividade e na cisnormatividade.


Abstract Access to health and the elements of the trans population's health-disease process are analyzed in this article based on Judith Butler's Public Appearance and Recognition analysis categories. We started from the analysis of interviews with nine transsexual women and seven workers from the same Brazilian transgender health care from the Unified Health System (SUS). We argue that processes of discrimination and disrespect for the social name in health services are effects of policies that regulate the recognition and differentiate people and individuals as liveable lives, to be protected, and lives that may be lost without the protection of health services. These policies permeate the health-disease processes insofar as they modulate modes of existence based on hegemonic norms of living and existing in genders and sexualities, which can produce suffering and illness. Norms based on the cis heteropatriarchal and racist reference, which pathologize experiences not centered on whiteness as a norm, on heteronormativity, and on cisnormativity.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Desejabilidade Social , Transexualidade , Sistema Único de Saúde , Processo Saúde-Doença , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
5.
Ribeirão Preto; s.n; 2022. 71 p. tab.
Tese em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1524395

RESUMO

Introdução: O direito à saúde é um dos direitos sociais constitucionalmente garantidos. A realidade brasileira ainda é excludente e também reflete as dificuldades estudadas e superadas por outros países desenvolvidos. No Brasil, menos de 20% dos pacientes que saem de uma internação hospitalar por problemas cardíacos, recebe a indicação para a reabilitação cardíaca. Uma vez inserido em um programa de reabilitação cardíaca (PRC), as maiores barreiras para sua participação estão relacionadas com as comorbidades e/ou estado funcional, necessidades percebidas e acesso. Objetivos: 1) avaliar as barreiras para participação em PRC, na perspectiva de um grupo de participantes, antes da ocorrência da pandemia da COVID-19 (Etapa 1); 2) avaliar as barreiras percebidas pelos participantes para retornarem ao PRC, durante a pandemia da COVID-19 (Etapa 2); 3) comparar as barreiras percebidas nas duas etapas; e 4) avaliar os aspectos físicos e emocionais da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) dos participantes durante a pandemia da COVID-19. Método: Estudo observacional, analítico e longitudinal realizado em duas etapas com pacientes inseridos em um PCR, fases 2 ou 3, de um hospital universitário do interior paulista. Na primeira etapa, antes da pandemia, 23 participantes responderam presencialmente aos 21 itens da Escala de Barreiras para a Reabilitação Cardíaca (EBRC), usando uma escala ordinal de 1 a 5 (escore total de 21 a 105, com maiores escores indicando maiores barreiras percebidas). Na segunda etapa, realizada por telefone durante o período pandêmico, 18 desses participantes responderam novamente aos itens da EBRC, bem como aos itens dos domínios Aspectos Físicos e Aspectos Emocionais do instrumento Medical Outcomes Study (MOS): 36-Item Short Form Survey (SF-36). Resultados: Na primeira etapa foram entrevistados 23 indivíduos, dos quais três faleceram e dois não apresentaram condições físicas para participarem da segunda entrevista. Concluímos o seguimento de 18 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (66,7%), casada/união estável (60,9%), sem desempenhar atividade ocupacional (91,3%) e residentes da cidade de Ribeirão Preto (52,2%). A média de idade foi de 58,9 (D.P.=12,5) anos, com renda mensal familiar média de R$ 2.072,78 (D.P.=1.397,40) e baixa escolaridade (oito anos de estudo formal, em média). Ao compararmos as barreiras percebidas, antes e durante a pandemia, constatamos a diminuição na percepção dos pacientes sobre as barreiras para a participação em um PRC sendo as diferenças estatisticamente significantes para o escore total da EBRC (p<0,001), para a média total dos itens (p<0,001) e para a maioria dos itens (81%). Durante a pandemia, os participantes avaliaram melhor os aspectos emocionais (M=72,2; D.P.=34,8) do que físicos (M=40,3; D.P.=41,2) da QVRS. Conclusão: No grupo investigado, após a interrupção da participação em um PRC em decorrência da pandemia da COVID-19, os participantes consideraram as barreiras para a adesão ao programa como sendo menores do que aquelas percebidas enquanto estavam inseridos na reabilitação cardíaca. Os resultados encontrados podem ser compreendidos no contexto do isolamento social imposto aos indivíduos com doenças cardíacas e com outras doenças consideradas de risco para o agravamento da condição de saúde diante da contaminação pelo novo coronavírus


Introduction: Health care is one of the social rights constitutionally guaranteed. The Brazilian reality is still exclusionary and also reflects the difficulties studied and overcome by other developed countries. In Brazil, less than 20% of the patients that leave hospitalization due to cardiac problems receive a referral to cardiac rehabilitation. Once inserted in a cardiac rehabilitation program (CRP), the biggest barriers to patients' participation are related to comorbidities and/or functional status, perceived needs and access. Objectives: 1) assess barriers to participation in CRP, from the perspective of a group of participants, before the occurrence of the COVID-19 pandemic (Step 1); 2) assess the barriers perceived by the participants to return to the CRP, during the COVID-19 pandemic (Step 2); 3) compare the perceived barriers in the two phases; e 4) assess the physical and emotional aspects of the participants' health-related quality of life (HRQoL) during the COVID-19 pandemic. Method: Observational, analytical and longitudinal study carried out in two stages with patients enrolled in a CRP, phase 2 or 3, at a university hospital in the countryside of São Paulo. In the first step, before the pandemic, 23 participants responded face-to-face to the 21 items of the Cardiac Rehabilitation Barriers Scale (CRBS), using an ordinal scale from 1 to 5 (total score ranging from 21 to 105, with higher scores indicating greater perceived barriers). In the second step, carried out by telephone during the pandemic period, 18 of those participants responded again to the CRBS items, as well as to the items in the Physical Aspects and Emotional Aspects domains of the Medical Outcomes Study (MOS): 36-Item Short Form Survey (SF -36). Results: In the first step, 23 individuals were interviewed, of which three died and two were not physically able to participate in the second interview. We concluded the follow-up of 18 patients, most of them male (66.7%), married/in a stable relationship (60.9%), with no occupational activity (91.3%) and residents of the city of Ribeirão Preto (52.2%). The mean age was 58.9 (SD=12.5) years, with an average monthly family income of BRL 2,072.78 (SD=1,397.40) and low schooling (eight years of formal schooling, on average). When comparing perceived barriers, before and during the pandemic, we found a decrease in patients' perception of barriers to participation in a CRP, with statistically significant differences for the total CRBS score (p<0.001), for the total average of the items (p<0.001) and for 81% of the items. During the pandemic, participants better rated the emotional (M=72.2; SPD=34.8) than physical (M=40.3; SD=41.2) aspects of HRQoL. Conclusion: In the investigated group, after the interruption of participation in a CRP due to the COVID-19 pandemic, the participants considered the barriers to adherence to the program to be lower than those perceived while they were in cardiac rehabilitation. The results found can be understood in the context of the social isolation imposed on individuals with heart disease and other diseases considered to be at risk for the worsening of their health condition in the face of contamination by the new coronavirus


Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Pandemias , Reabilitação Cardíaca , COVID-19 , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
6.
Saúde Soc ; 31(3): e210761pt, 2022. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1410096

RESUMO

Resumo Este artigo analisa as condições de acesso do imigrante boliviano ao sistema de saúde brasileiro e a percepção do direito à saúde. É um estudo transversal de metodologia quantitativa e qualitativa, realizado de 2013 a 2015. Foi elaborado um questionário com perguntas fechadas respondidas por 633 bolivianos, e em relação ao acesso à saúde por 472 indivíduos bolivianos maiores de 18 anos. A abordagem qualitativa foi feita por meio da análise de conteúdo de entrevistas semiestruturadas com 55 sujeitos (bolivianos, profissionais de saúde, representantes de Secretarias de Saúde, Consulado da Bolívia, Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal e Organizações Não Governamentais). Os bolivianos conhecem o Sistema Único de Saúde (SUS) e utilizam com frequência a Atenção Primária à Saúde (APS). Todavia, barreiras de acesso são descritas, como falta de documentação, condições de trabalho, procedimentos de média e/ou alta complexidades, dificuldades para entenderem o que é dito assim como para serem compreendidos, entre outras. Sobressai-se a obtenção do Cartão Nacional de Saúde (CNS) como porta de entrada para o acesso à saúde, desempenhando papel de integração social. O reconhecimento da Saúde como direito social destaca-se entre os entrevistados, apontado como valor humano e solidário. A garantia desse reconhecimento fica ameaçada quando não se apoia na consolidação de políticas sociais que visem o fortalecimento da proteção social universal.


Abstract This paper analyzes the health care accessibility conditions afforded to Bolivian immigrants in the Brazilian health system and their perception of the right to health. This was a cross-sectional, quantitative and qualitative study carried out from 2013 to 2015. Data were collected by a questionnaire with closed questions answered by 633 Bolivian individuals; questions regarding access to health were answered by 472 immigrants over 18 years old. Semi-structured interviews conducted with 55 subjects (Bolivians, health professionals, representatives of Health Departments, Consulate of Bolivia, Public Defender's Office, Federal Public Prosecutor's Office and Non-Governmental Organizations) underwent content analysis. Most Bolivian immigrants know the Brazilian National Health System (SUS) and often use Primary Health Care; however, they described structural and systemic barriers to health accessibility, such as lack of documentation, working conditions, medium and high complexity procedures, language barriers, among others. The National Health Card (CNS) is an important gateway to access health care, playing a role of social integration. Interviewees recognize health as a social right, pointing it out as a human and solidary value. Ensuring this recognition, when not based on the consolidation of social policies aimed at strengthening universal social protection, is threatened.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Sistema Único de Saúde , Emigração e Imigração , Direito à Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
7.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(9): 3991-4006, set. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1339597

RESUMO

Resumo As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morte no mundo, impactando fortemente sobre populações mais vulneráveis. O objetivo deste estudo foi analisar as mudanças nas prevalências dessas doenças, nas condições de saúde, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil, entre 2008 e 2019. Como ferramenta analítica, foram utilizados testes de diferenças de proporções e modelos lineares generalizados, considerando amostragem complexa dos inquéritos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, e da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), nos anos de 2013 e 2019, para testar mudanças no tempo das prevalências e estimar razões de prevalência, ajustadas por variáveis sociodemográficas. Houve aumento das prevalências de depressão, câncer, diabetes, distúrbios neuropsiquiátricos, problemas pulmonares crônicos e problemas osteomusculares. Houve redução de artrite reumatoide, insuficiência renal crônica e doenças do aparelho circulatório. Entre os brasileiros com pelo menos uma DCNT verificou-se aumento da cobertura da Estratégia de Saúde da Família ao longo do tempo, no entanto verificou-se redução do atendimento médico em tempo oportuno e obtenção de medicamentos prescritos gratuitamente.


Abstract Chronic non-communicable diseases (NCDs) are the leading causes of death globally, impacting heavily on the most vulnerable populations. This study aimed to analyze changes in the prevalence of these diseases, health conditions, access, and health services in Brazil between 2008 and 2019. Tests of differences and generalized linear models were used as analytical tools, considering complex sampling from the PNAD 2008, PNS 2013, and PNS 2019 surveys, to test temporal changes in the prevalence and the prevalence ratio estimates, adjusted by sociodemographic variables. An increase in the prevalence of Depression, Diabetes, Cancers, Neuropsychiatric Disorders, Chronic Pulmonary problems, and Musculoskeletal problems was observed. A decline in rheumatoid arthritis, chronic renal failure, and diseases of the circulatory system was identified. Among Brazilians with at least one NCD, an increase in coverage by the family health strategy over time was observed. However, there was a reduction in timely medical care and obtaining of free prescription drugs.


Assuntos
Humanos , Serviços de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Brasil/epidemiologia , Doença Crônica , Prevalência , Inquéritos Epidemiológicos
8.
Saúde Soc ; 30(1): e190867, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1290056

RESUMO

Resumo Os Serviços de Interesse Geral (SeIG) operacionalizam um tipo de modelo de sociedade, posicionando-se entre as leis de mercado e os mecanismos que atenuam as suas falhas. O planejamento dos Serviços Sociais de Interesse Geral (SeSIG) assume um papel relevante para a (sobre)vivência digna de todos os cidadãos, conferindo-lhes pertença e cidadania através de princípios de acessibilidade e coesão territorial. A primeira parte deste artigo posiciona-se na discussão do conceito de SeIG atendendo às especificidades dos modelos sociais a que respondem e às lógicas de acessibilidade a serviços de saúde que preconizam. Na segunda parte, apresentam-se resultados de trabalho de campo demonstrativos de tipos de constrangimentos na acessibilidade a estes serviços, atendendo ao contexto de crise pós-2008 num sistema urbano de Portugal. A terceira seção cumpre o propósito de discutir os resultados e de apontar linhas conclusivas de resposta à questão inicial. Apesar da ambição inerente aos objetivos dos SeIG, os resultados obtidos no caso estudado atestam que estes propósitos não se concretizaram. Os níveis de acessibilidade à saúde degradaram-se.


Abstract Services of General Interest (SGI) relate to specific societal models, mediating market laws and mechanisms that mitigate their failures. Social Services of General Interest planning plays a relevant role in ensuring quality of life for all citizens, giving them a sense of belonging and citizenship using principles of accessibility and territorial cohesion. The first part of this article focuses on the discussion of the concept of SGI, considering the specificities of the social models they respond to and the logics of accessibility to health services they advocate. In the second part, we present fieldwork results demonstrating types of constraints on accessibility to these services, considering the post-2008 crisis in an urban system in Portugal. The third section fulfills the purpose of discussing the results and pointing out conclusive lines of answer to the initial question. Despite the ambition inherent in the objectives of the SGI, the results prove that these goals were set aside during the crisis. The accessibility to health services decreased, excluding the most vulnerable communities and families.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Serviço Social , Área Urbana , Direito Sanitário , Resiliência Psicológica , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
9.
Saúde Soc ; 30(1): e190867, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1252184

RESUMO

Resumo Os Serviços de Interesse Geral (SeIG) operacionalizam um tipo de modelo de sociedade, posicionando-se entre as leis de mercado e os mecanismos que atenuam as suas falhas. O planejamento dos Serviços Sociais de Interesse Geral (SeSIG) assume um papel relevante para a (sobre)vivência digna de todos os cidadãos, conferindo-lhes pertença e cidadania através de princípios de acessibilidade e coesão territorial. A primeira parte deste artigo posiciona-se na discussão do conceito de SeIG atendendo às especificidades dos modelos sociais a que respondem e às lógicas de acessibilidade a serviços de saúde que preconizam. Na segunda parte, apresentam-se resultados de trabalho de campo demonstrativos de tipos de constrangimentos na acessibilidade a estes serviços, atendendo ao contexto de crise pós-2008 num sistema urbano de Portugal. A terceira seção cumpre o propósito de discutir os resultados e de apontar linhas conclusivas de resposta à questão inicial. Apesar da ambição inerente aos objetivos dos SeIG, os resultados obtidos no caso estudado atestam que estes propósitos não se concretizaram. Os níveis de acessibilidade à saúde degradaram-se.


Abstract Services of General Interest (SGI) relate to specific societal models, mediating market laws and mechanisms that mitigate their failures. Social Services of General Interest planning plays a relevant role in ensuring quality of life for all citizens, giving them a sense of belonging and citizenship using principles of accessibility and territorial cohesion. The first part of this article focuses on the discussion of the concept of SGI, considering the specificities of the social models they respond to and the logics of accessibility to health services they advocate. In the second part, we present fieldwork results demonstrating types of constraints on accessibility to these services, considering the post-2008 crisis in an urban system in Portugal. The third section fulfills the purpose of discussing the results and pointing out conclusive lines of answer to the initial question. Despite the ambition inherent in the objectives of the SGI, the results prove that these goals were set aside during the crisis. The accessibility to health services decreased, excluding the most vulnerable communities and families.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Serviço Social , Sistemas de Saúde , Participação Social , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
10.
Rio de Janeiro; s.n; 2021. 228 f p. graf, tab.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1418936

RESUMO

O Sistema Único de Saúde (SUS) e suas políticas são regidos por princípios norteadores, porém, o acesso universal não é garantia do atendimento das demandas de todos. As políticas públicas voltadas aos LGBT foram criadas para combater o preconceito, a discriminação e a exclusão. Em 2011, foi instituída a Política Nacional de Saúde Integral LGBT (PNSI LGBT) entretanto, a carência de informações sobre a implementação desta no Rio de Janeiro-RJ evidencia as dificuldades de atender essa população. Esta Tese objetivou analisar o processo de implementação e os conflitos éticos envolvidos da PNSI LGBT, no município do Rio de Janeiro, através da perspectiva do acesso aos serviços de saúde. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura e abordagem metodológica qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas com gestores, profissionais de saúde e usuários LGBT. As entrevistas foram gravadas e os dados analisados numa perspectiva hermenêutica dialética. A revisão da literatura ressaltou as demandas específicas de saúde LGBT, e os desafios que a PNSI LGBT enfrenta para sua plena implementação, além de ainda ser pouco explorada. As narrativas foram agrupadas em quatro categorias abordando as questões de vínculo; percepções a respeito da orientação sexual e identidade de gênero; demandas para a atenção integral à saúde LGBT; e as questões éticas sobre justiça, igualdade e equidade no acesso à saúde LGBT. As entrevistas demonstraram como os gestores, profissionais de saúde e usuários percebem o acesso à saúde da população LGBT, e o quanto a PNSI LGBT ainda é pouco conhecida. Percebeu-se a ausência de desdobramentos práticos para a implementação da PNSI LGBT por parte do poder público, uma dubiedade dos entrevistados em reconhecer discursos discriminatórios, ou mesmo a importância da identificação da orientação sexual e da identidade de gênero no acesso à saúde, o que acarreta a invisibilização das demandas LGBT. As narrativas apontaram para um atendimento aparentemente não discriminatório, embora reconheçam que o preconceito não atinge todos da mesma forma. Houve a percepção de que as pessoas LGBT são previamente identificadas pelos profissionais de saúde como portadores do vírus HIV, sendo um estigma infelizmente ainda persistente. Evidenciou-se nas narrativas conflitos éticos relacionados à garantia do direito à saúde; da igualdade no acesso e no atendimento; e da equidade, reconhecendo que a saúde deve ser ofertada na medida das necessidades das pessoas, respeitando sua diversidade. A PNSI LGBT foi percebida no que compete ao eixo do acesso à saúde, entretanto ela ainda necessita de estratégias que promovam desdobramentos práticos para sua plena implementação, capazes de promover e garantir o direito à saúde, rompendo a perspectiva equivocada de que a igualdade universal no acesso seria suficiente e sinônimo de equidade.


The Unified Health System (SUS) and its policies are governed by guiding principles, however, universal access is not a guarantee of meeting everyone's demands. Public policies aimed at LGBT were created to combat prejudice, discrimination and exclusion. In 2011, the National Policy on Comprehensive Health of LGBT (PNSI LGBT) was instituted, however, the lack of information about its implementation in Rio de Janeiro-RJ highlights the difficulties of serving this population. This Thesis aimed to analyze the implementation process and the ethical conflicts involved in the PNSI LGBT, in the city of Rio de Janeiro, through the perspective of access to health services. A systematic review of the literature and qualitative methodological approach was carried out through semi-structured interviews with managers, health professionals and LGBT users. The interviews were recorded and the data analyzed in a dialectic hermeneutic perspective. The literature review highlighted the specific demands of LGBT health, and the challenges that the PNSI LGBT faces for its full implementation, in addition to being still little explored. The narratives were grouped into four categories addressing bonding issues; perceptions regarding sexual orientation and gender identity; demands for comprehensive care for LGBT health; and ethical questions about justice, equality and equity in LGBT healthcare access. The interviews showed how managers, health professionals and users perceive access to health care for the LGBT population, and how little is known about the PNSI LGBT. It was noticed the absence of practical developments for the implementation of the PNSI LGBT by the public power, a dubiousness of the interviewees in recognizing discriminatory discourses, or even the importance of identifying sexual orientation and gender identity in access to health, which leads to the invisibility of LGBT demands. The narratives pointed to an apparently non-discriminatory service, although they recognize that prejudice does not affect everyone in the same way. There was a perception that LGBT people are previously identified by health professionals as having the HIV virus, which is unfortunately still a persistent stigma. It was evident in the narratives ethical conflicts related to the guarantee of the right to health; equality in access and care; and equity, recognizing that health should be offered according to people's needs, respecting their diversity. The PNSI LGBT was perceived in terms of the axis of access to health, however it still needs strategies that promote practical developments for its full implementation, capable of promoting and guaranteeing the right to health, breaking with the mistaken perspective that universal equality in the access would be sufficient and synonymous with equity.


El Sistema Único de Salud (SUS) y sus políticas se rigen por principios rectores, pero el acceso universal no es garantía de atender las demandas de todos. Las políticas públicas dirigidas a LGBT se crearon para combatir los prejuicios, la discriminación y la exclusión. En 2011, se instituyó la Política Nacional de Salud Integral de LGBT (PNSI LGBT) todavía, la falta de información sobre su implementación en Rio de Janeiro-RJ destaca las dificultades para atender a esta población. Esta Tesis tuvo como objetivo analizar el proceso de implementación y los conflictos éticos involucrados en la PNSI LGBT, en la ciudad de Rio de Janeiro, a través de la perspectiva del acceso a los servicios de salud. Se realizó una revisión sistemática de la literatura y enfoque metodológico cualitativo a través de entrevistas semiestructuradas a directivos, profesionales de la salud y usuarios LGBT. Las entrevistas fueron grabadas y los datos analizados en una perspectiva hermenéutica dialéctica. La revisión de la literatura destacó las demandas específicas de la salud LGBT y los desafíos que enfrenta la PNSI LGBT para su plena implementación, además de ser aún poco explorada. Las narraciones se agruparon en cuatro categorías que abordan cuestiones de vinculación; percepciones sobre orientación sexual e identidad de género; demandas de atención integral a la salud LGBT; y cuestiones éticas sobre la justicia, la igualdad y la equidad en el acceso a la salud LGBT. Las entrevistas mostraron cómo los gestores, profesionales de salud y usuarios perciben el acceso a la salud de la población LGBT, y lo poco que se sabe sobre la PNSI LGBT. Se percibió la ausencia de desarrollos prácticos para la implementación de la PNSI LGBT por parte del poder público, un recelo de los entrevistados en reconocer discursos discriminatorios, o incluso la importancia de identificar la orientación sexual y la identidad de género en el acceso a la salud, lo que conduce a la invisibilidad de las demandas LGBT. Las narrativas apuntaron a un servicio aparentemente no discriminatorio, aunque reconocen que los prejuicios no afectan a todos de la misma manera. Existía la percepción de que los profesionales de la salud identificaban previamente a las personas LGBT como portadoras del VIH, lo que sigue siendo un estigma persistente. Se evidenció en las narrativas conflictos éticos relacionados con la garantía del derecho a la salud; igualdad en el acceso y la atención; y equidad, reconociendo que la salud debe ser ofrecida de acuerdo a las necesidades de las personas, respetando su diversidad. La PNSI LGBT fue percibida en términos del eje del acceso a la salud, aunque necesita estrategias que promuevan desarrollos prácticos para su plena implementación, capaces de promover y garantizar el derecho a la salud, rompiendo con la perspectiva equivocada de que la igualdad universal en el acceso sería suficiente y sinónimo de equidad.


Assuntos
Sistema Único de Saúde , Assistência Integral à Saúde , Temas Bioéticos , Minorias Sexuais e de Gênero , Política de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Brasil , Pesquisa Qualitativa
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA