Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 328
Filtrar
1.
Semina cienc. biol. saude ; 45(2): 113-120, jul./dez. 2024. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1568648

RESUMO

A instabilidade de microssatélites é um fenômeno genético caracterizado pela alteração na repetição de sequências de nucleotídeos conhecidas como microssatélites. Esta instabilidade pode ocorrer devido a defeitos nos genes reparadores de DNA, como os genes MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2. A inflamação crônica tem sido associada ao desenvolvimento do câncer colorretal. Os genes da instabilidade de microssatélites estão envolvidos na regulação da resposta inflamatória, podendo influenciar a progressão tumoral. Estudos demonstraram que a presença de instabilidade de microssatélites em tumores colorretais está relacionada a uma maior infiltração de células imunes, como linfócitos T, macrófagos e neutrófilos, que podem modular a resposta inflamatória no microambiente tumoral. O estresse oxidativo é caracterizado pelo desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e a capacidade antioxidante do organismo e desempenha um papel importante na carcinogênese. Os genes da instabilidade de microssatélites podem influenciar a resposta ao estresse oxidativo, afetando a capacidade das células tumorais de lidar com o dano oxidativo e promovendo a sobrevivência celular. O objetivo deste trabalho consiste na compreensão dos genes envolvidos na instabilidade de microssatélites no câncer colorretal e como eles contribuem para o desenvolvimento da doença, relacionando com processos inflamatórios e estresse oxidativo nas células tumorais. Justifica-se pela necessidade de compreensão das interconexões entre a instabilidade de microssatélites, inflamação e o estresse oxidativo em pacientes com câncer colorretal.


Microsatellite instability is a genetic phenomenon characterized by changes in the repetition of nucleotide sequences known as microsatellites. This instability may occur due to defects in DNA repair genes, such as the MLH1, MSH2, MSH6 and PMS2 genes. Chronic inflammation has been linked to the development of colorectal cancer. Microsatellite instability genes are involved in regulating the inflammatory response and may influence tumor progression. Studies have shown that the presence of microsatellite instability in colorectal tumors is related to a greater infiltration of immune cells, such as T lymphocytes, macrophages and neutrophils, which can modulate the inflammatory response in the tumor microenvironment. Oxidative stress is characterized by the imbalance between the production of reactive oxygen species and the body's antioxidant capacity and plays an important role in carcinogenesis. Microsatellite instability genes can influence the response to oxidative stress, affecting the ability of tumor cells to deal with oxidative damage and promoting cell survival. The objective of this work is to understand the genes involved in microsatellite instability in colorectal cancer and how they contribute to the development of the disease, relating it to inflammatory processes and oxidative stress in tumor cells. It is justified by the need to understand the interconnections between microsatellite instability, inflammation and oxidative stress in patients with colorectal cancer.


Assuntos
Humanos
2.
Arq. gastroenterol ; 61: e23143, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557118

RESUMO

ABSTRACT Background: Colorectal cancer is the third most common cancer, and prevention relies on screening programs with resection complete resection of neoplastic lesions. Objective: We aimed to evaluate the best snare polypectomy technique for colorectal lesions up to 10 mm, focusing on complete resection rate, and adverse events. Methods: A comprehensive search using electronic databases was conducted to identify randomized controlled trials comparing hot versus cold snare resection for polyps sized up to 10 mm, and following PRISMA guidelines, a meta-analysis was performed. Outcomes included complete resection rate, en bloc resection rate, polypectomy, procedure times, immediate, delayed bleeding, and perforation. Results: Nineteen RCTs involving 8720 patients and 17588 polyps were included. Hot snare polypectomy showed a higher complete resection rate (RD, 0.02; 95%CI [+0.00,0.04]; P=0.03; I 2=63%), but also a higher rate of delayed bleeding (RD 0.00; 95%CI [0.00, 0.01]; P=0.01; I 2=0%), and severe delayed bleeding (RD 0.00; 95%CI [0.00, 0.00]; P=0.04; I 2=0%). Cold Snare was associated with shorter polypectomy time (MD -46.89 seconds; 95%CI [-62.99, -30.79]; P<0.00001; I 2=90%) and shorter total colonoscopy time (MD -7.17 minutes; 95%CI [-9.10, -5.25]; P<0.00001; I 2=41%). No significant differences were observed in en bloc resection rate or immediate bleeding. Conclusion: Hot snare polypectomy presents a slightly higher complete resection rate, but, as it is associated with a longer procedure time and a higher rate of delayed bleeding compared to Cold Snare, it cannot be recommended as the gold standard approach. Individual analysis and personal experience should be considered when selecting the best approach.


RESUMO Contexto: O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum na população, e a prevenção é principalmente baseada em programas de screening, com a ressecção completa de lesões neoplásicas. Múltiplas técnicas de ressecção estão disponíveis, mas ainda há controvérsias sobre a melhor abordagem, especialmente em relação à taxa de ressecção completa e à taxa de sangramento tardio. Objetivo: Nosso objetivo foi avaliar a melhor técnica de polipectomia com alça para lesões colorretais de até 10 mm. Métodos: Foi realizada uma busca abrangente em bancos de dados eletrônicos (MEDLINE e EMBASE) para identificar ensaios clínicos randomizados que comparassem a ressecção com alça quente versus alça fria para pólipos de até 10 mm, seguindo as diretrizes PRISMA. Os desfechos incluíram taxa de ressecção completa, taxa de ressecção em bloco, tempo de polipectomia, tempo total do procedimento, sangramento imediato, sangramento tardio e perfuração. Resultados: Dezenove ensaios clínicos randomizados foram incluídos, totalizando 8.720 pacientes e 17.588 pólipos. A polipectomia com alça quente foi associada a uma maior taxa de ressecção completa (RD, 0,02; IC95% [+0,00, 0,04]; P=0,03; I 2=63%), embora também tenha sido associada a uma taxa mais alta de sangramento tardio (RD 0,00; IC95% [0,00, 0,01]; P=0,01; I 2=0%) e de sangramento tardio grave (RD 0,00; IC95% [0,00, 0,00]; P=0,04; I 2=0%). A polipectomia com alça fria foi associada a um menor tempo de polipectomia (MD -46,89 segundos; IC95% [-62,99, -30,79]; P<0,00001 I 2=90%) e a um menor tempo total de colonoscopia (DM -7,17 minutos; IC95% [-9,10, -5,25]; P<0,00001 I 2=41%). Não houve diferença significativa na taxa de ressecção em bloco (RD, 0,00; IC95% [-0,01, 0,01]; P=0,20; I 2=30%) ou na taxa de sangramento imediato (RD -0,00; IC95% [-0,01, 0,00]; P=0,34; I 2=11%). Não foram relatados casos de perfuração em nenhum dos grupos. Conclusão: A polipectomia com alça quente apresenta uma taxa ligeiramente mais alta de ressecção completa, mas, como está associada a um tempo de procedimento mais longo e a uma taxa mais alta de sangramento tardio em comparação com a polipectomia com alça fria, não pode ser recomendada como a abordagem padrão. A análise individualizada e a experiência pessoal devem ser consideradas ao escolher a melhor abordagem.

3.
Arq. gastroenterol ; 61: e24016, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557121

RESUMO

ABSTRACT Background: Colorectal carcinoma (CRC) is one of the common carcinomas with a rising incidence of metastasis due to its advanced stage of presentation. The existing biomarkers such as CEA (Carcinoembryonic antigen) etc., for prognosis, have low sensitivity and specificity. Hence a need for a newer definitive biomarker. Obesity is the leading cause of CRC. Leptin and adiponectin secreted by adipose tissue have been studied as potential biomarkers in the field of CRC. The present study helps to understand the association of leptin and adiponectin receptors with clinicopathological parameters. Objective: To correlate the various clinicopathological parameters with the tissue expression of leptin and adiponectin receptors in CRC. Methods: It is a cross-sectional prospective study conducted at a tertiary care hospital. Formalin fixed paraffin blocks of all radical resection CRC cases were collected and immunohistochemistry (IHC)was carried out on tumor tissue for leptin and adiponectin receptor. Tumor characteristics and clinical parameters were collected from the hospital medical records. Pearson's correlation coefficient test was used. Results: Immunohistochemistry was performed on 60 cases of CRC. Significant positive correlation of leptin was observed with size, lymph node metastasis, advanced stage, and grade of tumor (P<0.05). A significant correlation between adiponectin receptor and CRC was observed concerning age, stage, lymph node metastasis, distant metastasis and grade of tumor. Conclusion: Positive expression of leptin and negative expression of adiponectin receptors in CRC helps to predict the risk of metastasis.


RESUMO Contexto: O carcinoma colorretal (CCR) é um dos carcinomas comuns com incidência crescente de metástases devido ao seu estágio avançado de apresentação. Os biomarcadores existentes como CEA (antígeno carcinoembrionário) etc., para prognóstico, apresentam baixa sensibilidade e especificidade. Daí a necessidade de um biomarcador definitivo mais recente. A obesidade é a principal causa do CCR. A leptina e a adiponectina secretadas pelo tecido adiposo têm sido estudadas como potenciais biomarcadores na área do CCR. O presente estudo ajuda a compreender a associação dos receptores de leptina e adiponectina com parâmetros clinicopatológicos. Objetivo: Correlacionar os diversos parâmetros clinicopatológicos com a expressão tecidual dos receptores de leptina e adiponectina no CCR. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, prospectivo, realizado em um hospital terciário. Blocos de parafina fixados em formalina de todos os casos de CCR de ressecção radical foram coletados e a imuno-histoquímica (IHQ) foi realizada no tecido tumoral para receptor de leptina e adiponectina. As características do tumor e os parâmetros clínicos foram coletados dos prontuários médicos do hospital. Foi utilizado o teste do coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: A imunohistoquímica foi realizada em 60 casos de CCR. Correlação positiva significativa da leptina foi observada com tamanho e metástase linfonodal, estágio avançado e grau do tumor (P<0,01). Foi observada uma correlação significativa entre o receptor de adiponectina e o CCR em relação à idade, estágio, metástase linfonodal, metástase à distância e grau do tumor. Conclusão: A expressão positiva de leptina e a expressão negativa de receptores de adiponectina no CCR ajudam a prever o risco de metástase.

4.
Arq. gastroenterol ; 61: e23131, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1533810

RESUMO

ABSTRACT Background: To evaluate the relationship between the ratio of affected lymph nodes (LNR) and clinical and anatomopathological variables in patients with rectal adenocarcinoma submitted or not to neoadjuvant chemoradiotherapy. Methods: The LNR was determined by dividing the number of compromised LNR by the total number of LNR dissected in the surgical specimen. Patients were divided into two groups: with QRT and without QRT. In each group, the relationship between LNR and the following variables was evaluated: degree of cell differentiation, depth of invasion in the rectal wall, angiolymphatic /perineural invasion, degree of tumor regression and occurrence of metastases. The LNR was evaluated in patients with more than 1, LNR (LNR >12) or less (LNR<12) in the surgical specimen with overall survival (OS) and disease-free survival (DFS). The results were expressed as the mean with the respective standard deviation. Qualitative variables were analyzed using Fisher's exact test, while quantitative variables were analyzed using the Kruskal -Wallis and Mann-Whitney tests. The significance level was 5%. Results: We evaluated 282 patients with QRT and 114 without QRT, between 1995-2011. In the QRT Group, LNR showed a significant association with mucinous tumors (P=0.007) and degree of tumor regression (P=0.003). In both groups, LNR was associated with poorly differentiated tumors (P=0.001, P=0.02), presence of angiolymphatic invasion (P<0.0001 and P=0.01), perineural (P=0.0007, P=0.02), degree of rectal wall invasion (T3>T2; P<0.0001, P=0.02); Compromised LNR (P<0.0001, P<0.01), metastases (P<0.0001, P<0.01). In patients with QRT, LNR<12 was associated with DFS (5.889; 95%CI1.935-19.687; P=0.018) and LNR>12 with DFS and OS (17.984; 95%CI5.931-54.351; P<0.001 and 10.286; 95%CI 2.654-39.854; P=0.007, respectively). Conclusion: LNR was associated with histological aspects of poor prognosis, regardless of the use of QRT. In the occurrence of less than 12 evaluated LNR, the LNR was associated only with the DFS.


RESUMO Contexto: Avaliar a relação entre a razão de linfonodos (RLA) acometidos e variáveis clínicas e anatomopatológicas em portadores de adenocarcinoma de reto submetidos ou não à quimiorradioterapia neoadjuvante. Métodos: A RLA foi determinada dividindo-se o número total de linfonodos (LFNs) dissecados no espécime cirúrgico pelo número de comprometidos. Os doentes foram divididos em dois grupos: com QRT e sem QRT. Em cada grupo foi avaliada a relação entre a RLA e as seguintes variáveis: grau de diferenciação celular, profundidade de invasão na parede retal, invasão angiolinfática/perineural, grau de regressão tumoral e ocorrência de metástases. Avaliou-se a RLA em pacientes com mais do que 12 LFNs (RLA>12) ou menos (RLA<12) na peça cirúrgica com a sobrevida global (SG) e sobrevida livre de doença (SLD). Os resultados foram expressos pela média com o respectivo desvio padrão. As variáveis qualitativas foram analisadas utilizando-se o teste exato de Fisher, enquanto as quantitativas pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Foram avaliados 282 pacientes com QRT e 114 sem QRT, entre 1995-2011. No Grupo QRT, RLA mostrou associação significativa com os tumores mucinosos (P=0,007) e grau de regressão tumoral (P=0,003). Nos dois grupos, a RLA associou-se com tumores pouco diferenciados (P=0,001 e P=0,02), presença de invasão angiolinfática (P<0,0001 e P=0,01), perineural (P=0,0007 e P=0,02), grau de invasão da parede retal (T3>T2; P<0,0001 e P=0,02); LFNs comprometidos (P<0,0001 e P<0,01), metástases (P<0,0001 e P<0,01). Nos pacientes com QRT, a RLA <12 associou-se com a SLD (5,889; IC95%1,935-19,687; P=0,018) e a RLA >12 com SLD e SG (17,984; IC95%5,931-54,351; P<0,001 e 10,286; IC95%2,654-39,854; P=0,007, respectivamente). Conclusão: A RLA associou-se a aspectos histológicos de mau prognóstico, independentemente do emprego de QRT. Na ocorrência de menos de 12 LFNs avaliados, a RLA associou-se apenas com a SLD.

5.
Arq. gastroenterol ; 61: e23062, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1533818

RESUMO

ABSTRACT Background: Colorectal cancer is one of the most prevalent pathologies worldwide whose prognosis is linked to early detection. Colonoscopy is the gold standard for screening, and diagnosis is usually made histologically from biopsies. Aiming to reduce the inspection and diagnostic time as well as the biopsies and resources involved, other techniques are being promoted to conduct accurate in vivo colonoscopy assessments. Optical biopsy aims to detect normal and neoplastic tissues analysing the autofluorescence spectrum based on the changes in the distribution and concentration of autofluorescent molecules caused by colorectal cancer. Therefore, the autofluorescence contribution analysed by image processing techniques could be an approach to a faster characterization of the target tissue. Objective: Quantify intensity parameters through digital processing of two data sets of three-dimensional widefield autofluorescence microscopy images, acquired by fresh colon tissue samples from a colorectal cancer murine model. Additionally, analyse the autofluorescence data to provide a characterization over a volume of approximately 50 µm of the colon mucosa for each image, at second (2nd), fourth (4th) and eighth (8th) weeks after colorectal cancer induction. Methods: Development of a colorectal cancer murine model using azoxymethane/dextran sodium sulphate induction, and data sets acquisition of Z-stack images by widefield autofluorescence microscopy, from control and colorectal cancer induced animals. Pre-processing steps of intensity value adjustments followed by quantification and characterization procedures using image processing workflow automation by Fiji's macros, and statistical data analysis. Results: The effectiveness of the colorectal cancer induction model was corroborated by a histological assessment to correlate and validate the link between histological and autofluorescence changes. The image digital processing methodology proposed was then performed on the three-dimensional images from control mice and from the 2nd, 4th, and 8th weeks after colorectal cancer chemical induction, for each data set. Statistical analyses found significant differences in the mean, standard deviation, and minimum parameters between control samples and those of the 2nd week after induction with respect to the 4th week of the first experimental study. This suggests that the characteristics of colorectal cancer can be detected after the 2nd week post-induction. Conclusion: The use of autofluorescence still exhibits levels of variability that prevent greater systematization of the data obtained during the progression of colorectal cancer. However, these preliminary outcomes could be considered an approach to the three-dimensional characterization of the autofluorescence of colorectal tissue, describing the autofluorescence features of samples coming from dysplasia to colorectal cancer.


RESUMO Contexto: O câncer colorretal é uma das patologias mais prevalentes em todo o mundo, cujo prognóstico está ligado à detecção precoce. A colonoscopia é o padrão ouro para triagem, e o diagnóstico geralmente é feito histologicamente a partir de biópsias. Visando reduzir o tempo de inspeção e diagnóstico, bem como as biópsias e recursos envolvidos, outras técnicas estão sendo promovidas para realizar avaliações precisas de colonoscopia in vivo. A biópsia óptica visa detectar tecidos normais e neoplásicos analisando o espectro de autofluorescência com base nas mudanças na distribuição e concentração de moléculas autofluorescentes causadas pelo câncer colorretal. Portanto, a contribuição da autofluorescência analisada por técnicas de processamento de imagem poderia ser uma abordagem para uma caracterização mais rápida do tecido-alvo. Objetivo: Quantificar parâmetros de intensidade por meio do processamento digital de dois conjuntos de dados de imagens de microscopia de autofluorescência em campo amplo tridimensionais, adquiridas por amostras de tecido fresco de cólon de um modelo murino de câncer colorretal. Adicionalmente, analisar os dados de autofluorescência para fornecer uma caracterização em um volume de aproximadamente 50 µm da mucosa do cólon para cada imagem, na segunda (2ª), quarta (4ª) e oitava (8ª) semanas após a indução do câncer colorretal. Método: Desenvolvimento de um modelo murino de câncer colorretal usando indução de azoximetano/sulfato de sódio dextrano, e aquisição de conjuntos de dados de imagens Z-stack por microscopia de autofluorescência em campo amplo, de animais controle e induzidos ao câncer colorretal. Etapas de pré-processamento de ajustes de valores de intensidade seguidas por procedimentos de quantificação e caracterização usando automação de fluxo de trabalho de processamento de imagem por macros do Fiji, e análise estatística de dados. Resultados: A eficácia do modelo de indução de câncer colorretal foi corroborada por uma avaliação histológica para correlacionar e validar a ligação entre as mudanças histológicas e de autofluorescência. A metodologia de processamento digital de imagem proposta foi então realizada nas imagens tridimensionais de camundongos controle e das 2ª, 4ª e 8ª semanas após a indução química do câncer colorretal, para cada conjunto de dados. Análises estatísticas encontraram diferenças significativas nos parâmetros médios, desvio padrão e mínimos entre amostras de controle e aquelas da 2ª semana após a indução em relação à 4ª semana do primeiro estudo experimental. Isso sugere que as características do câncer colorretal podem ser detectadas após a 2ª semana pós-indução. Conclusão: O uso de autofluorescência ainda apresenta níveis de variabilidade que impedem uma maior sistematização dos dados obtidos durante a progressão do câncer colorretal. No entanto, esses resultados preliminares podem ser considerados uma abordagem para a caracterização tridimensional da autofluorescência do tecido colorretal, descrevendo as características de autofluorescência de amostras que vão da displasia ao câncer colorretal.

6.
ABCD arq. bras. cir. dig ; 37: e1812, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1563609

RESUMO

ABSTRACT The present manuscript aimed to review the historical development and most important contributions regarding Lynch Syndrome since its first description, more than a century ago. In 1895, a reputed pathologist from Michigan University, Dr. Aldred Scott Warthin, got intrigued by the family history of a local seamstress called Pauline Gross. According to her prevision, she would present an early death due to cancer, which actually happened (from the uterus). Historically, her family was designated "Family G", comprising a group recognized as the longest and most detailed cancer genealogy that has ever been studied. Warthin concluded that its members had genetic susceptibility for cancer, and they are, nowadays, considered the first reported Lynch Syndrome family. At that time, however, the medical cancer community was far less receptive to the association between heredity and cancer, despite the description of other families with similar heredograms. Unfortunately, this historical fact remained somewhat dormant until another investigator inaugurated a new era in the understanding of family cancer clusters. After reports and studies from this family and many others, the condition initially called Cancer Family Syndrome was changed to the eponym Lynch Syndrome. This was a recognition of the extensive and dedicated work developed by Dr. Henry Lynch in describing various characteristics of the disease, and his efforts to establish the correct recommendations for its diagnosis and treatment. Although the future announces there is still far to go for a complete understanding of Lynch Syndrome, the remarkable contributions of Pauline's intuition, Warthin's perseverance, and Lynch's work consistency must never be forgotten by those who already have or will still benefit from this knowledge.


RESUMO O objetivo do presente manuscrito foi fazer uma revisão histórica do desenvolvimento e das mais importantes contribuições em relação à Síndrome de Lynch, desde sua primeira descrição há mais de um século atrás. Em 1895, o reputado patologista Dr. Aldred Scott Warthin ficou intrigado com a história familiar de uma costureira local, chamada Pauline Gross. De acordo com a sua previsão, ela morreria precocemente devido a um câncer, o que realmente aconteceu (do útero). Historicamente, sua família foi designada como Família "G", caracterizando um grupo reconhecido como a maior e mais longa árvore genealógica relacionada ao câncer familiar jamais estudada. Warthin concluiu que os membros dessa família tinham susceptibilidade genética para câncer, e ainda hoje são considerados a primeira família com Síndrome de Lynch reportada na literatura. Entretanto, naquela época a comunidade médica oncológica não era receptiva à associação entre hereditariedade e câncer, a despeito da descrição de outras famílias com heredogramas similares. Infelizmente, esse fato histórico permaneceu esquecido até que outro investigador inaugurou uma nova era para a melhor compreensão da agregação familiar do câncer. Após diversas descrições dessa mesma agregação de casos de câncer em outras famílias, essa condição inicialmente denominada Síndrome de Câncer Familial foi mudada para o epônimo Síndrome de Lynch. Esse foi um reconhecimento ao extenso e dedicado trabalho desenvolvido pelo Dr. Henry Lynch na descrição de diversas características da doença e seus esforços para estabelecer as recomendações corretas para o seu diagnóstico e tratamento. Embora o futuro anuncie que ainda teremos um longo caminho a percorrer para a completa compreensão da Síndrome de Lynch, as contribuições extraordinárias da intuição de Pauline, da perseverança de Warthin e da consistência do trabalho de Lynch nunca devem ser esquecidas por àqueles que já se beneficiaram, bem como os que ainda irão se beneficiar de todo esse conhecimento.

7.
Braz. j. biol ; 84: e261509, 2024. tab, ilus
Artigo em Inglês | VETINDEX | ID: biblio-1374654

RESUMO

The current study aimed to investigate the relationship between polymorphisms in detoxifying (GSTM1, GSTT1, and GSTP1) genes and their association with colorectal cancer (CRC) in tobacco addicts of Pashtun ethnicity. Polymorphisms in the selected genes were genotyped in a case-control study consisting of 100 histologically confirmed male CRC patients and 100 birth-year and gender-matched healthy controls using the PCR−RFLP method. The GSTM1 null, and GSTT1 null genotypes were significantly contributed to the risk of CRC in the cases (OR= 3.131, 95% CI: 1.451−6.758, P = 0.004, and OR= 3.541, 95% CI: 1.716−7.306, P = 0.001, respectively), whereas the association observed for GSTP1 Val/Val (1.139, 95% CI: 0.356−3.644, P = 0.826) did not show statistical significance. The combined GSTM1 null and GSTT1 null showed a 41-fold increased risk (95% CI: 4.945−351.950, P = 0.001), while, the combined GSTM1 null and GSTP1 Ile/Val or Val/Val variant genotypes exhibited about 3-fold (95% CI: 1.196−7.414, P = 0.019) increased risk to CRC. Similarly, the combined GSTT1 null and GSTP1 Ile/Val or Val/Val variant genotypes showed about a 3-fold (95% CI: 1.285−8.101, P = 0.013) increased risk of CRC. In the combination of three GST genotypes, the GSTM1 null, GSTT1 null, and GSTP1 Ile/Val or Val/Val variant genotypes demonstrated a more than a 22-fold (95% CI: 2.441−212.106, P = 0.006) increased risk of CRC. Our findings suggest that GSTM1 and GSTT1 polymorphism and its combination with GSTP1 may be associated with CRC susceptibility in the Naswar addicted Pashtun population of Khyber Pakhtunkhwa, Pakistan.


O presente estudo teve como objetivo investigar a relação entre polimorfismos em genes desintoxicantes (GSTM1, GSTT1 e GSTP1) e sua associação com câncer colorretal (CCR) em tabagistas da etnia pashtun. Os polimorfismos nos genes selecionados foram genotipados em um estudo de caso-controle composto por 100 pacientes do sexo masculino com CCR, confirmados histologicamente, e 100 controles saudáveis, ​​pareados por ano de nascimento e sexo usando o método PCR-RFLP. Os genótipos GSTM1 nulo e GSTT1 nulo contribuíram significativamente para o risco de CCR nos casos (OR = 3,131, IC 95%: 1,451-6,758, P = 0,004; OR = 3,541, IC 95%: 1,716-7,306, P = 0,001, respectivamente), enquanto a associação observada para GSTP1 Val/Val (1,139, IC 95%: 0,356-3,644, P = 0,826) não apresentou significância estatística. O GSTM1 nulo e o GSTT1 nulo combinados mostraram um risco 41 vezes maior (IC 95%: 4,945-351,950, P = 0,001) para CCR, enquanto os genótipos GSTM1 nulo e GSTP1 Ile/Val ou Val/Val combinados apresentaram risco cerca de 3 vezes maior (IC 95%: 1,196-7,414, P = 0,019) para CCR. Da mesma forma, os genótipos combinados GSTT1 nulo e GSTP1 Ile/Val ou Val/Val tiveram um risco para CRC cerca de 3 vezes maior (95% CI: 1,285-8,101, P = 0,013). Na combinação de três genótipos GST, os genótipos GSTM1 nulo, GSTT1 nulo e GSTP1 Ile/Val ou Val/Val apresentaram um risco 22 vezes maior (IC 95%: 2,441-212,106, P = 0,006) para CRC. Nossos achados sugerem que o polimorfismo GSTM1 e GSTT1 e sua combinação com GSTP1 podem estar associados à suscetibilidade ao CRC da população pashtun de Khyber Pakhtunkhwa, Paquistão, viciada em Naswar.


Assuntos
Humanos , Polimorfismo Genético , Nicotiana , Neoplasias Colorretais , Glutationa
8.
Arq. gastroenterol ; 60(4): 463-469, Oct.-Nov. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1527860

RESUMO

ABSTRACT Background: Colorectal cancer (CRC) has high mortality rates worldwide. In Brazil, it is the second most common cancer in both sexes. Delay in detecting premalignant lesions contributes to increased morbidity and mortality. In this scenario, the Piranhas project was created to track CRC in a low-income population in the hinterland of Alagoas. Objective: The study aimed to establish the main strategies and verify the feasibility of implementing a CRC tracking program and demonstrate the results obtained in the CRC Prevention Campaign in Piranhas/AL. Methods: The program took place in Piranhas, Alagoas, Brazil, through public-private partnerships. Individuals aged between 50 and 70 years of age were included for screening with a fecal occult blood test (FOBT) and colonoscopy in positive cases. Patient data were collected on standard forms. Results: A total of 2152 patients, aged between 50 and 70 years, were screened, 130 of which underwent colonoscopy. Several preneoplastic lesions were detected in 58 patients. The adenoma detection rate (ADR) was 33.85%. Conclusion: The study proved to be effective and viable since 44.6% of the program participants, who underwent screening with FOBT, followed by colonoscopy in positive cases, had some type of preneoplastic lesion. In addition, the program generated a significant social impact on the population of Piranhas due to the opportunity to diagnose and treat CRC precursor lesions.


RESUMO Contexto: O câncer colorretal (CCR) possui altas taxas de mortalidade em todo mundo. No Brasil é o segundo câncer mais comum em ambos os sexos. O atraso na detecção de lesões pré-malignas contribui com o aumento da morbimortalidade. Neste cenário, o projeto Piranhas foi criado para rastrear o CCR em uma população carente do sertão alagoano. Objetivo: O estudo teve como meta estabelecer as principais estratégias e verificar a viabilidade da implementação de um programa de rastreamento do CCR, assim como demonstrar os resultados obtidos na Campanha de prevenção de CCR no município de Piranhas/AL. Métodos: O programa aconteceu em Piranhas, Alagoas, Brasil, através de parcerias público-privadas. Foram incluídos indivíduos entre 50 e 70 anos para triagem com pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) e colonoscopia dos casos positivos. Os dados dos pacientes foram coletados em formulários padrão. Resultados: Foram rastreados um total de 2152 pacientes com idade entre 50 e 70 anos, sendo destes, 130 submetidos à colonoscopia. Várias lesões pré-neoplásicas foram detectadas em 58 pacientes. A taxa de detecção de adenoma foi de 33,85%. Conclusão: O estudo demonstrou-se eficaz e viável, uma vez que 44,6% dos participantes do programa que realizaram a triagem com PSOF seguido de colonoscopia nos casos positivos apresentava algum tipo de lesão pré-neoplásica. Além disso, o programa gerou grande impacto social na população de Piranhas, pela oportunidade de diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do CCR.

9.
Arq. gastroenterol ; 60(4): 450-462, Oct.-Nov. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1527868

RESUMO

ABSTRACT Background: Colorectal cancer (CRC) is an important public health problem, as it represents the world's third most diagnosed neoplasm and the fourth cause of mortality. Its prevention can be divided into primary, secondary, demonstrated by tracking techniques, and tertiary, which consists of cancer diagnosis in symptomatic patients. Despite presenting a high incidence, the mortality rates decreased in the past two decades in developed countries, while the opposite happened in underdeveloped countries. That is attributed to the increase of colorectal cancer tracking programs in developed countries, which allows the precocious diagnosis and treatment of precancerous injuries and CRC. In that manner, the American Cancer Society divides the secondary tracking methods in exams based on feces samples and visual analysis of the colon and rectum, indicating its initiation starting at 45 years old in lower-risk patients. Objective: Verify in an analytical way the actions of colorectal cancer tracking held in Brazil, as to evaluate the necessity of implementation of a national tracking program of CRC. Methods: The methodology was based on a descriptive-quantitative secondary study that correlated the incidence of CRC, its morbidity and mortality, and the impact of the precocious tracking programs. It included activities not reported in medical literature through personal contacts with coordinators of regional programs to compare with the existent data in the literature. It was used as a variable for the tracking strategies the exams held, and their respective results. Results: It described nine programs held in different regions in Brazil, using two screening methods for CRC: a noninvasive method that consists of the research of blood hidden in feces, being the majority through the FIT method, and an invasive method, having the colonoscopy as its representant. These initiatives were effective in the detection of early forms of this disease. Conclusion: Despite the existence of several private tracking programs and the broad divulgation of the importance of the tracking and the early diagnosis of colorectal cancer, it was demonstrated that Brazil lacks a national program that patronizes the tracking methods, which reflects in the major prevalence of late diagnosis in the population.


RESUMO Contexto: O câncer colorretal (CCR) é um importante problema de saúde pública, uma vez que representa a terceira neoplasia mais diagnosticada no mundo e a quarta causa de mortalidade. Sua prevenção pode ser dividida em primária, secundária, demonstrada pelas técnicas de rastreamento e terciária, que consiste no diagnóstico de câncer em pacientes sintomáticos. Apesar de apresentar uma alta incidência, as taxas de mortalidade diminuíram nas últimas duas décadas nos países desenvolvidos, enquanto o contrário ocorreu em países subdesenvolvidos, o que atribui-se a elevação dos programas de rastreamento colorretal nesses países, de modo que permite o diagnóstico precoce e o tratamento de lesões pré-cancerosas e do CCR. Desse modo, a American Cancer Society divide os métodos de rastreio secundário em testes baseados em amostras de fezes e exames visuais do cólon e reto, indicando-se seu início a partir dos 45 anos de idade, em pacientes de baixo risco. Objetivo: Verificar de forma analítica as ações de rastreamento do câncer colorretal realizadas no Brasil, de modo a avaliar a necessidade da implementação de um programa nacional de rastreamento do CCR. Métodos: A metodologia baseou-se em um estudo secundário quantitativo descritivo que correlacionou a incidência do CCR e sua morbimortalidade e o impacto dos programas de rastreamento precoce. Foram incluídas atividades não relatadas na literatura médica através de contatos pessoais com coordenadores de programas regionais, de modo a comparar com os dados existentes na literatura. Utilizou-se como variáveis as estratégias de triagem, os exames realizados e seus respectivos resultados. Resultados: Foram descritos nove programas realizados em diversas regiões do Brasil utilizando dois métodos de rastreio para o CCR, um não invasivo que consiste na pesquisa de sangue oculto nas fezes, sendo a maioria pelo método FIT; e outro invasivo, tendo a colonoscopia como representante. Essas iniciativas foram efetivas na detecção de formas precoces desta doença. Conclusão: Apesar da existência de diversos programas de rastreamento de início privativo e a ampla divulgação da importância do rastreamento e diagnóstico precoce do CCR, foi demonstrado que o Brasil carece de um programa nacional que padronize as formas de rastreio, o que reflete na maior prevalência de diagnósticos tardios na população.

10.
Arq. gastroenterol ; 60(3): 339-344, July-Sept. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513698

RESUMO

ABSTRACT Background: Colorectal cancer is the third most common type of cancer in both men and women and ranks second as the most common cause of cancer death in the United States. Classic risk factors include tobacco smoking, high alcohol consumption, physical inactivity and excess body weight. A prospective study found that an elevated serum uric acid was associated with higher rates of cancer-associated polyps. Interestingly, other studies found an association between elevated levels of serum uric acid and other types of cancer including colorectal cancer. Objective: Our study aimed to evaluate whether patients with chronic tophaceous gout had an increased risk of developing colorectal cancer. Methods: A validated multicenter and research platform database of more than 360 hospitals from 26 different healthcare systems across the United States was utilized to construct this study. Patients aged 18 years and above were included. Individuals who have had a history of familial adenomatous polyposis, a family history of colon cancer, and those diagnosed with inflammatory bowel disease were excluded from the analysis. The risk of developing colon cancer was calculated using a multivariate regression analysis to account for potential confounders. Results: 80,927,194 individuals were screened in the database and 70,177,200 were selected in the final analysis after accounting for inclusion and exclusion criteria. Type 2 diabetics (28.57%), smokers (10.98%), obese individuals (18.71%), alcoholics (3.13%), and patients who have had a diagnosis of chronic tophaceous gout were more common in the colon cancer group compared to those without the malignancy. Using multivariate regression analysis, risk of colon cancer was calculated for male gender (OR: 1.02; 95%CI: 1.01-1.03), smokers (OR: 1.54; 95%CI: 1.52-1.56), alcoholics (OR: 1.40; 95%CI: 1.37-1.43), obese patients (OR: 1.52; 95%CI: 1.50-1.54), type 2 diabetic individuals (OR: 3.53; 95%CI: 3.50-3.57), and those who have had a diagnosis of chronic tophaceous gout (OR: 1.40; 95%CI: 2.48-3.23). Conclusion: As expected, patients with colon cancer were found to have a higher prevalence in males, obese, tobacco and alcohol users. We also demonstrated that patients with gout have a significantly higher prevalence of CRC than those who do not before and after adjusting for metabolic risk factors. In fact, uric acid was found to induce production of reactive oxygen species, thus potentially promoting tumorigenesis. It would be interesting to assess the prevalence of colon cancer in patients with gout who have a serum uric acid that is less than 7 mg/dL. This might promote a tighter control of serum uric acid levels in this population in order to decrease the risk of colon cancer.


RESUMO Contexto: O câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum de câncer em homens e mulheres e ocupa o segundo lugar como a causa mais comum de morte por câncer nos EUA. Os fatores de risco clássicos incluem tabagismo, alto consumo de álcool, inatividade física e excesso de peso corporal. Um estudo prospectivo descobriu que um ácido úrico sérico elevado estava associado a taxas mais altas de pólipos associados ao câncer. Curiosamente, outros estudos encontraram uma associação entre níveis elevados de ácido úrico sérico e outros tipos de câncer, incluindo o câncer colorretal. Objetivo: Nosso estudo teve como objetivo avaliar se os pacientes com gota tofácea crônica tinham um risco aumentado de desenvolver câncer colorretal. Métodos: Utilizou-se um banco de dados validado multicêntrico e de plataforma de pesquisa de mais de 360 hospitais de 26 diferentes sistemas de saúde nos Estados Unidos para a construção deste estudo. Foram incluídos pacientes com 18 anos ou mais. Indivíduos com histórico de polipose adenomatosa familiar, histórico familiar de câncer de cólon e aqueles diagnosticados com doença inflamatória intestinal foram excluídos da análise. O risco de desenvolver câncer de cólon foi calculado usando uma análise de regressão multivariada para contabilizar possíveis confusões. Resultados: 80.927.194 indivíduos foram rastreados no banco de dados e 70.177.200 foram selecionados na análise final após considerar critérios de inclusão e exclusão. Diabéticos tipo 2 (28,57%), fumantes (10,98%), indivíduos obesos (18,71%), alcoólatras (3,13%) e pacientes que tiveram diagnóstico de gota tofácea crônica foram mais comuns no grupo de câncer de cólon em comparação com aqueles sem a malignidade. Usando a análise de regressão multivariada, o risco de câncer de cólon foi calculado para o sexo masculino (OR: 1,02; IC95%: 1,01-1,03), fumantes (OR: 1,54; IC95%: 1,52-1,56), alcoólatras (OR: 1,40; IC95%: 1,37-1,43), pacientes obesos (OR: 1,52; IC95%: 1,50-1,54), indivíduos diabéticos tipo 2 (OR: 3,53; IC95%: 3,50-3,57), e aqueles que tiveram diagnóstico de gota tofácea crônica (OR: 1,40; IC95%: 2,48-3,23). Conclusão: Como esperado, os pacientes com câncer de cólon foram encontrados com maior prevalência em homens, obesos, usuários de tabaco e álcool. Demonstramos também que os pacientes com gota têm uma prevalência significativamente maior de câncer colorretal do que aqueles que não a têm, antes e após o ajuste para fatores de risco metabólicos. De fato, descobriu-se que o ácido úrico induz a produção de espécies reativas de oxigênio, promovendo assim potencialmente a tumorigênese. Seria interessante avaliar a prevalência de câncer de cólon em pacientes com gota que têm um ácido úrico sérico inferior a 7 mg/dL. Isso poderia promover um controle mais rígido dos níveis de ácido úrico sérico nesta população para diminuir o risco de câncer de cólon.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA