Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 31
Filtrar
Mais filtros











Intervalo de ano de publicação
1.
Rio de Janeiro; s.n; 2021. 106 f p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1370520

RESUMO

O lançamento do livro História da loucura na Era Clássica de Michel Foucault, em 1961, marca o início do reconhecimento do autor no cenário intelectual. Em sua obra, ele propõe fazer uma arqueologia do silêncio da loucura e encontrar um conjunto de evidências que permite reconhecer a formação de uma estrutura sócio-histórica de exclusão da loucura no início da Idade Moderna. Foucault destaca em sua argumentação que um decreto real de 1656 que estabeleceu a criação do Hospital Geral na França foi decisivo para definir a loucura enquanto desrazão e determinar o lugar dos loucos como o hospital. Além deste evento histórico, ele encontra em uma passagem das Meditações Metafísicas de René Descartes o gesto intelectual da razão ocidental que teria silenciado a loucura e a encarcerado na ordem racional característica da modernidade. Contudo, Foucault não apresenta uma teoria sobre a filosofia cartesiana e não aprofunda a sua interpretação sobre o modo como Descartes aborda a loucura em seu texto. Além disso, como veremos, na pesquisa histórica de Foucault é possível apontar diversas falhas empíricas e interpretativas de evidências históricas, como no caso da Nau dos Loucos e do Grande Confinamento, eventos que não teriam ocorrido. No entanto, a obra de Foucault é ampla e complexa, de modo que as críticas ao seu trabalho de historiador se mostram insuficientes para diminuir a sua relevância na história intelectual pós-2ª Guerra. De fato, o objetivo de Foucault envolve um interesse sociológico, de modo a construir uma narrativa que procura compreender, de maneira abrangente, a experiência da loucura em diferentes épocas. Na visão do autor, a Era Clássica definiria as bases da relação entre razão e loucura que fomentaram o desenvolvimento posterior da psiquiatria moderna. Contudo, essa evolução não se mostraria como um progresso científico e de iluminação dos mistérios da loucura, mas um retrocesso moral que teve como símbolo de exclusão o hospital psiquiátrico. Loucura e razão são assim partes essenciais do projeto de arqueologia do silêncio e da discussão teórica que a obra propõe. O modo como Foucault interpreta Descartes constitui um ponto chave de sua narrativa histórica e tem repercussões sobre como compreendemos a relação entre a medicina psiquiátrica e a loucura. O estudo sobre a pesquisa histórica de Foucault revela que, no campo intelectual, o debate sobre as Meditações Metafísicas de René Descartes pode dar continuidade à discussão fundamental sobre a razão e a história da loucura. No presente trabalho procuramos, portanto, apresentar alguns pontos importantes da História da Loucura, discutindo aspectos metodológicos e historiográficos, bem como expondo críticas relevantes e contra-argumentos, que mostram que se trata de uma obra sempre ainda atual.


The release of the book History of Madness in the Classical Era by Michel Foucault, in 1961, marks the beginning of the author's recognition in the intellectual scene. In his work, he proposes to make an archeology of the silence of madness and to find a set of evidence that allows us to recognize the formation of a socio-historical structure of exclusion of madness in the early Modern Age. Foucault highlights in his argument that a royal decree of 1656 that established the creation of the General Hospital in France was decisive in defining madness as unreason and determining the place of the insane as the hospital. In addition to this historical event, he finds in a passage from René Descartes' Metaphysical Meditations the intellectual gesture of Western reason that would have silenced madness and imprisoned it in the rational order characteristic of modernity. However, Foucault does not present a theory about Cartesian philosophy and does not deepen his interpretation of the way in which Descartes approaches madness in his text. Furthermore, as we will see, in Foucault's historical research it is possible to point out several empirical and interpretive flaws in historical evidence, as in the case of the Nau dos Loucos and the Great Confinement, events that would not have occurred. However, Foucault's work is broad and complex, so that criticism of his work as a historian is insufficient to diminish his relevance in post-World War II intellectual history. In fact, Foucault's objective involves a sociological interest, in order to construct a narrative that seeks to understand, in a comprehensive way, the experience of madness at different times. In the author's view, the Classical Era would define the basis of the relationship between reason and madness that fostered the later development of modern psychiatry. However, this evolution would not be shown as a scientific progress and as an enlightenment of the mysteries of madness, but a moral setback that had the psychiatric hospital as a symbol of exclusion. Madness and reason are thus essential parts of the project of archeology of silence and of the theoretical discussion that the work proposes. The way in which Foucault interprets Descartes constitutes a key point in his historical narrative and has repercussions on how we understand the relationship between psychiatric medicine and madness. The study of Foucault's historical research reveals that, in the intellectual field, the debate on the Metaphysical Meditations of René Descartes can continue the fundamental discussion about reason and the history of madness. In the present work, therefore, we seek to present some important points of the History of Madness, discussing methodological and historiographical aspects, as well as exposing relevant criticisms and counter-arguments, which show that it is a work that is still current.


Assuntos
Psiquiatria/história , Ciência, Tecnologia e Sociedade , Medicalização/história , Historiografia
2.
Rev. enferm. UERJ ; 27: e41021, jan.-dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1046256

RESUMO

Objetivo: refletir sobre o processo histórico da medicalização da morte e como os cuidados paliativos podem modificar esse cenário. Conteúdo: o ponto de partida é a discussão de como ocorreu, ao longo dos séculos, o processo de medicalização da sociedade e da morte. É analisada a proposta dos cuidados paliativos, destacando como essa abordagem pode promover a desmedicalização do processo de morte. Conclusão: a medicalização da morte é um processo que se consolidou ao longo dos séculos, ganhando força através do modelo hospitalocêntrico de atenção à saúde. Por outro lado, a proposta dos cuidados paliativos se apresenta como uma possibilidade de mudança de paradigma na convivência com uma doença ameaçadora da vida e frente ao processo de morte, uma vez que seu propósito é melhorar a qualidade de vida do indivíduo de acordo com as suas prioridades, valorizando a sua autonomia. O cuidado paliativo pode ser promotor da desmedicalização da morte.


Objective: to reflect on the historical process of the medicalization of death, and on how palliative care can modify this scenario. Content: the starting point was the discussion of how the process of medicalization of society and death has occurred over the centuries, then to examine the palliative care proposal, and discuss how this approach can promote the demedicalization of dying. Conclusion: the medicalization of death, a process that has become established over the centuries, gained strength through the hospital-centered model of health care. On the other hand, the palliative care proposal offers the possibility of a paradigm shift towards coexisting with life-threatening diseases and the process of dying, because its aim is to improve individuals' quality of life according to their own priorities by favoring their autonomy. Palliative care can thus promote the de-medicalization of death.


Objetivo: reflexionar sobre el proceso histórico de la medicalización de la muerte y cómo los cuidados paliativos pueden modificar ese escenario. Contenido: el punto de partida es la discusión de cómo ocurrió, a lo largo de los siglos, el proceso de medicalización de la sociedad y de la muerte. Se analiza la propuesta de los cuidados paliativos, poniendo en relieve cómo ese enfoque puede promover la desmedicalización del proceso de muerte. Conclusión: la medicalización de la muerte es un proceso que se ha consolidado a lo largo de los siglos, ganando fuerza a través del modelo hospitalocéntrico de atención a la salud. Por otro lado, la propuesta de los cuidados paliativos se presenta como una posibilidad de cambio de paradigma en la convivencia con una enfermedad amenazadora de la vida y ante el proceso de muerte, una vez que su objetivo es mejorar la calidad de vida del individuo de acuerdo con sus prioridades, valorando su autonomía. El cuidado paliativo puede ser promotor de la desmedicalización de la muerte.


Assuntos
Humanos , Cuidados Paliativos , Cuidados Paliativos/métodos , Enfermagem , Morte , Medicalização , Medicalização/história , Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida , Medicalização/ética , Hospitais
3.
Salud Colect ; 15: e1965, 2019 04 25.
Artigo em Inglês, Espanhol | MEDLINE | ID: mdl-31664339

RESUMO

This article analyzes medical-legal associations between madness and criminality in department of Antioquia (Colombia) during the three first decades of 20th century. The analysis was oriented by two overlapping axes: discourses and practices. The ideas of four doctors, generated between 1917 and 1925, were examined in order to identify the theoretical debates that delimited and defined mental illnesses in legal cases. The use of qualified knowledge and their place as experts were analyzed in a judicial case, initiated in 1921, in which theoretical confrontations surfaced among the doctors that debated the possible insanity of the defendant.


Este artículo analiza algunas asociaciones médico-jurídicas entre locura y criminalidad en el departamento de Antioquia (Colombia), en las primeras tres décadas del siglo XX. El análisis se orientó por dos ejes imbricados: el de los discursos y el de las prácticas. Se examinaron las ideas de cuatro médicos, planteadas entre 1917 y 1925, para identificar los debates teóricos desde los cuales se delimitaban y definían las enfermedades mentales en casos judiciales. La puesta en escena del saber de los peritos y su lugar como expertos se analizaron en un caso judicial, que inició en 1921, y en cuyo desarrollo afloraron las confrontaciones teóricas entre los médicos que debatieron sobre la posible locura del acusado.


Assuntos
Crime/história , Criminosos/história , Medicina Legal/história , Medicalização/história , Transtornos Mentais/história , Colômbia , Crime/legislação & jurisprudência , Crime/psicologia , Criminosos/legislação & jurisprudência , Criminosos/psicologia , História do Século XX , Humanos , Simulação de Doença/diagnóstico , Simulação de Doença/história , Simulação de Doença/psicologia , Transtornos Mentais/diagnóstico , Transtornos Mentais/psicologia , Transtornos Mentais/terapia
4.
Hist Cienc Saude Manguinhos ; 26(1): 53-70, 2019.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-30942303

RESUMO

The article explores the dissemination of natural childbirth practices through an analysis of the books Parto natural: guia para os futuros pais, written by U.S. obstetrician Frederick Goodrich Jr. in 1950, under the title Natural Childbirth: a manual for expectant parents, and first published in Brazil in 1955, and of Parto natural sem dor, written by Brazilian obstetrician Beutner in 1962. Both books found a place in Brazilian culture and influenced thinking about childbirth and delivery in the field of Brazilian obstetrics and in representations of women. Based on Roger Chartier's contributions and on concepts of medicalization, we conclude that these new practices for childbirth preparation shared the period's prevalent medical views of childbirth and delivery.


Discute-se a difusão das práticas de parto natural por meio da análise dos livros Parto natural: guia para os futuros pais, escrito pelo obstetra americano Frederick Goodrich Jr. em 1950 e publicado no Brasil a partir de 1955, e Parto natural sem dor, escrito pelo obstetra brasileiro George Beutner, em 1962. Ambos tiveram boa entrada na cultura brasileira e influenciaram a forma de pensar o parto e de parir, tanto no âmbito da obstetrícia brasileira como no que concerne às representações das mulheres. A partir das contribuições de Roger Chartier e das concepções sobre medicalização, concluímos que essas novas práticas de preparação do parto compartilhavam as visões médicas sobre o parto e o nascimento predominantes no período.


Assuntos
Parto Obstétrico/história , Parto Normal/história , Cuidado Pré-Natal/história , Brasil , Feminino , História do Século XX , Humanos , Medicalização/história , Obstetrícia/história , Parto , Gravidez , Obras Médicas de Referência
5.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 26(1): 53-70, Jan.-Mar. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-989873

RESUMO

Resumo Discute-se a difusão das práticas de parto natural por meio da análise dos livros Parto natural: guia para os futuros pais, escrito pelo obstetra americano Frederick Goodrich Jr. em 1950 e publicado no Brasil a partir de 1955, e Parto natural sem dor, escrito pelo obstetra brasileiro George Beutner, em 1962. Ambos tiveram boa entrada na cultura brasileira e influenciaram a forma de pensar o parto e de parir, tanto no âmbito da obstetrícia brasileira como no que concerne às representações das mulheres. A partir das contribuições de Roger Chartier e das concepções sobre medicalização, concluímos que essas novas práticas de preparação do parto compartilhavam as visões médicas sobre o parto e o nascimento predominantes no período.


Abstract The article explores the dissemination of natural childbirth practices through an analysis of the books Parto natural: guia para os futuros pais, written by U.S. obstetrician Frederick Goodrich Jr. in 1950, under the title Natural Childbirth: a manual for expectant parents, and first published in Brazil in 1955, and of Parto natural sem dor, written by Brazilian obstetrician Beutner in 1962. Both books found a place in Brazilian culture and influenced thinking about childbirth and delivery in the field of Brazilian obstetrics and in representations of women. Based on Roger Chartier's contributions and on concepts of medicalization, we conclude that these new practices for childbirth preparation shared the period's prevalent medical views of childbirth and delivery.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , História do Século XX , Cuidado Pré-Natal , Parto Obstétrico/história , Parto Normal/história , Obras Médicas de Referência , Brasil , Parto , Medicalização/história , Obstetrícia/história
6.
Salud colect ; 15: e1965, 2019.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1043344

RESUMO

RESUMEN Este artículo analiza algunas asociaciones médico-jurídicas entre locura y criminalidad en el departamento de Antioquia (Colombia), en las primeras tres décadas del siglo XX. El análisis se orientó por dos ejes imbricados: el de los discursos y el de las prácticas. Se examinaron las ideas de cuatro médicos, planteadas entre 1917 y 1925, para identificar los debates teóricos desde los cuales se delimitaban y definían las enfermedades mentales en casos judiciales. La puesta en escena del saber de los peritos y su lugar como expertos se analizaron en un caso judicial, que inició en 1921, y en cuyo desarrollo afloraron las confrontaciones teóricas entre los médicos que debatieron sobre la posible locura del acusado.


ABSTRACT This article analyzes medical-legal associations between madness and criminality in department of Antioquia (Colombia) during the three first decades of 20th century. The analysis was oriented by two overlapping axes: discourses and practices. The ideas of four doctors, generated between 1917 and 1925, were examined in order to identify the theoretical debates that delimited and defined mental illnesses in legal cases. The use of qualified knowledge and their place as experts were analyzed in a judicial case, initiated in 1921, in which theoretical confrontations surfaced among the doctors that debated the possible insanity of the defendant.


Assuntos
Humanos , História do Século XX , Crime/história , Criminosos/história , Medicalização/história , Medicina Legal/história , Transtornos Mentais/história , Colômbia , Crime/legislação & jurisprudência , Crime/psicologia , Criminosos/legislação & jurisprudência , Criminosos/psicologia , Simulação de Doença/diagnóstico , Transtornos Mentais/diagnóstico , Transtornos Mentais/psicologia , Transtornos Mentais/terapia
7.
Salud Colect ; 14(3): 483-512, 2018.
Artigo em Espanhol | MEDLINE | ID: mdl-30517559

RESUMO

This work discusses the dominant models and tensions within the health field regarding the conceptualization of the human body (as a machine), the process of health work (industrial and artisanal models), institutions (hospitals and health centers) and primary agents (the medical corporation and the medical industrial complex). The context of analysis is the United States from the end of the 19th century to the present. Economic-political, ideological-cultural, and scientific-technical dimensions are discussed, which permeate the historicity of the field. The purpose is to illustrate how the health field has transformed over time, as well as the role instrumental reason and financial capital has played in this process, to the detriment of relational aspects.


Este trabajo discute los modelos dominantes y las tensiones, al interior del campo de la salud, entre la concepción del cuerpo humano (máquina); el proceso de trabajo médico (modelos industriales o artesanales); las institucionalidades (hospitales y centros de salud) y los principales agentes (corporación médica y complejo médico industrial). El análisis se contextualiza en EEUU desde fines del siglo XIX a la actualidad. Se discuten dimensiones económico-políticas, ideológico-culturales y científico-técnicas, que atraviesan la historicidad del campo. El propósito es elucidar cómo se viene transformando el campo de la salud, y qué peso tiene la razón instrumental y el capital financiero en ese proceso, en detrimento de lo relacional.


Assuntos
Atenção à Saúde/história , Pessoal de Saúde/história , Corpo Humano , Indústrias/história , Medicina Tradicional/história , Filosofia Médica/história , Atenção à Saúde/métodos , Atenção à Saúde/organização & administração , Atenção à Saúde/tendências , Instalações de Saúde/história , Instalações de Saúde/tendências , Pessoal de Saúde/organização & administração , Pessoal de Saúde/tendências , História do Século XIX , História do Século XX , História do Século XXI , Humanos , Indústrias/métodos , Indústrias/tendências , Medicalização/história , Medicalização/métodos , Medicalização/tendências , Medicina Tradicional/métodos , Medicina Tradicional/tendências , Robótica/história , Robótica/tendências , Estados Unidos
8.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 25(4): 959-977, Oct.-Dec. 2018. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-975451

RESUMO

Resumo Discute-se o papel da revista feminina Claudia como dispositivo pedagógico no processo de medicalização da gestação e do parto no Brasil. A análise de edições das três primeiras décadas da revista revela como foram apresentadas e ensinadas informações nesse campo, articulando elementos de biomedicina, tecnologia e consumo. Sob a égide da supremacia da racionalidade científica e da política de risco, gestação e parto foram ressignificados e incorporados aos novos regimes médicos e tecnológicos, que incluíam a necessidade de internalização, por parte das mulheres, do desejo e obrigação de ser saudável durante a gravidez e gerar filhos sadios. Claudia traduziu para suas leitoras os novos conhecimentos médico-científicos e as novas normas da maternidade, repercutindo a complexidade e a múltipla agência da medicalização.


Abstract The role of the women's magazine Claudia as a pedagogic device in the medicalization of pregnancy and childbirth in Brazil is discussed. The analysis of issues from the magazine's first three decades shows how information in this field was presented and taught, articulating elements of biomedicine, technology, and consumption. Under the aegis of the supremacy of scientific rationality and politics of risk, pregnancy and childbirth were resignified and incorporated into new medical and technological regimes, which included the need for women to internalize the desire and obligation to be healthy during pregnancy and produce healthy children. Claudia translated new scientific and medical knowledge for its readers, along with new norms of motherhood, reflecting the complexity and multiple agency of medicalization.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , História do Século XIX , Publicações Periódicas como Assunto/história , Parto Obstétrico/história , Parto , Medicalização/história , Cuidado Pré-Natal/métodos , Autocuidado , Brasil
9.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 25(4): 979-998, Oct.-Dec. 2018. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-975441

RESUMO

Resumo O artigo reflete sobre o processo de medicalização do parto, tendo como foco específico o desenvolvimento da ocitocina sintética em 1953. Investiga a vida social da ocitocina, isto é, sua sintetização, estabilização e uso em obstetrícia para acelerar o trabalho de parto. Por meio do levantamento em dois periódicos brasileiros de obstetrícia da época, é analisado o início do uso da ocitocina sintética no Brasil, a partir do final da década de 1950, e os argumentos dos obstetras acerca da recomendação ou não desse uso. É observada, nesse período, a centralidade cada vez maior do obstetra no parto, bem como a recomendação do uso encadeado de diferentes intervenções - com destaque para a ocitocina - visando menor tempo de trabalho de parto.


Abstract This article reflects on the medicalization of childbirth, focusing on the development of synthetic oxytocin in 1953. Specifically addressed is the social life of oxytocin; in other words, its synthesis, stabilization, and use in obstetrics to hasten labor. Two Brazilian obstetrics journals of this era were surveyed to analyze the early use of synthetic oxytocin in Brazil in the late 1950s, along with obstetric arguments for or against its use. Notable in this period is the increasingly central role of the obstetrician in childbirth, as well as the recommendation to use different interventions linked together (particularly oxytocin) to shorten labor.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , História do Século XX , Ocitócicos/história , Ocitocina/história , Medicamentos Sintéticos/história , Trabalho de Parto Induzido/história , Obstetrícia/história , Publicações Periódicas como Assunto/história , Brasil , Parto , Medicalização/história , Medicamentos Sintéticos/uso terapêutico
10.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 25(4): 1039-1061, Oct.-Dec. 2018. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-975439

RESUMO

Resumo Com a institucionalização da medicina no parto ocorre um deslocamento de gênero. No final do século XIX, ao mesmo tempo que as parteiras sofrem a marginalização e desqualificação de seu ofício, as mulheres lutam para conquistar acesso ao ensino superior nos cursos de medicina. Ainda na primeira metade do século XX, a escassez de mulheres nas faculdades de medicina é grande, assim como é relevante a atuação das parteiras, inclusive em contextos hospitalares. Parte dessa história está materializada na exposição "Mulheres e práticas de saúde", do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul. Nosso objetivo é destacar a valorização desses saberes e práticas no Brasil junto à população por meio da educação não formal em museus.


Abstract With the institutionalization of medicine in childbirth there came about a shift in gender roles. In the late nineteenth century, at the same time as midwives' work was being marginalized and discredited, women were fighting to gain access to university-level medical education. In the first half of the twentieth century, there was a marked scarcity of women at medical faculties, and the work of midwives was important, especially in hospital settings. Part of this history is contained in the exhibition "Women and Health Practices" at the Museum of the History of Medicine of Rio Grande do Sul. We highlight the value given to this knowledge and these practices amongst the Brazilian population by means of informal education at museums.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , História do Século XX , Parto Obstétrico/história , Parto , Medicalização/história , Brasil , Exposições como Assunto , Identidade de Gênero , Museus
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA