BVS Saúde dos Povos Indígenas

Esta ação extensionista advém de uma atividade de pesquisa (TCC), cuja proposta inicial previa a análise da prevalência de infecções por enteroparasitoses nos moradores da terra indígena de Chapecó, SC. Das 67 amostras examinadas, apenas 1 foi positiva para possível infecção por ameba comensal. Na sequência, buscou-se então entender todo o trabalho realizado dentro da comunidade, tanto pela equipe de saúde, quanto relativo às práticas tradicionais reconhecidas pela comunidade para tratamento das parasitoses humanas. Para esse levantamento, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com anciões, lideranças e profissionais de saúde, que indicaram cerca de 20 espécies vegetais de diferentes famílias botânicas utilizadas como tratamento. O uso adequado dessas ervas é uma importante ferramenta de prevenção e combate a essas infecções e é comum nas comunidades indígenas. Estes resultados possibilitaram a elaboração de uma proposta de retorno à comunidade que participou da pesquisa. Inicialmente, consideramos a elaboração de um material informativo, em que constassem as medidas a serem tomadas desde a higienização das mãos, dos alimentos até o preparo adequado das ervas para o tratamento. Visando abranger toda a comunidade indígena (alfabetizados e não alfabetizados) as medidas de prevenção de infecção por parasitose e o tratamento com as plantas medicinais foram descritos em uma cartilha em português e Kaingang e também elaborado um vídeo em português e Kaingang com as mesmas indicações da cartilha