Método:
Trata-se de uma
pesquisa qualitativa de cunho documental utilizando o audiovisual como lócus de instalação de depoimentos de lideranças
indígenas do
Estado do Acre,
Brasil. O objetivo é analisar
registros de vivências de lideranças
indígenas sobre suas
condições de vida, como contribuição às
políticas públicas do
SUS. E apresentar uma proposta interventiva a partir das potencialidades do vídeo documentário.
Resultados:
A
população indígena, por uma
série de motivos, certamente é a parcela da
população brasileira sobre a qual menos existem dados específicos que permitam o
estabelecimento de políticas de
saúde pública eficazes. Embora tenham ocorrido avanços significativos no
conhecimento das questões
indígenas e um crescente
empoderamento das lideranças
indígenas na luta por seus direitos básicos de
cidadania, a situação ainda está aquém do esperado. Temas relevantes abordados 1. Participação nas instâncias do
poder público/ direitos
indígenas. 2.
Medicina tradicional exterioridade da
doença. 3. Dificuldades com o
SUS. 4.
Cuidados de saúde nas aldeias. 5.
Segurança Alimentar e
desnutrição. 6.
Qualidade da água e
saneamento básico. 7.
Logística. 8.
Cobertura vacinal. 9.
Saúde das mulheres indígenas. 10.
Ecologia e
biodiversidade. 11.
Morte de
crianças indígenas.
Conclusões:
1. A omissão
sistemática dos governos em qualificar agentes de
saúde indígenas no tocante às intervenções em
saúde individual e coletiva e no
exercício dos direitos sociais. 2. Falta de empenho do
SUS em contratar
profissionais com formação especializada para compor as equipes e direções do
Sistema de Saúde que atuam nas aldeias e nos postos avançados de
saúde no interior do território. 3. Dificuldades de
comunicação entre as equipes do
SUS e os
povos indígenas. Há
barreiras de idioma, de
cultura e de
percepção do
processo saúde-doença