BACKGROUND:
Neurology is a
medical specialty that deals with prevalent
diseases such as
stroke,
headache,
epilepsy, and
neurodegenerative diseases. Many countries, such as
Brazil, struggle to provide neurological care for their
populations, but the inadequacy and unequal distribution of the
neurologist workforce are real challenges.
OBJECTIVE:
To analyze the demographic evolution of
neurologists and the first-year
Neurology residency positions in
Brazil during the last decade (2010-2020) and the distribution imbalance between regions.
METHODS:
The demographic and geographic distribution of
neurologists was calculated based on data extracted from the Brazilian Federal Medical Council
reports, and the number of
Neurology residency positions was based on the Brazilian National Commission of
Medical Residency reports.
Indicators of wealth were associated with
demographic data.
RESULTS:
The number of
neurologists per 100,000
population has increased since 2011, with a
similar increase in the geographic distribution of
neurologists. However, there was a marked inequality of distribution of
neurologists through regions, with a gap between the Northern (lowest) and Southeastern (highest) regions. Furthermore, the imbalance of distribution of
neurologists strongly correlated with
social inequality. The number of
Neurology residency positions increased, but with an imbalance between North and Southeast regions.
CONCLUSIONS:
Brazil has advanced in providing
neurologists. However, instead of a shortage, inequality between regions is the greatest challenge regarding the neurological
workforce. The
training of new
neurologists is unequal between regions and occurs at a slower rate than needed.
Neurologists,
public health authorities, and
patients should discuss
solutions for these issues.
ANTECEDENTES A
Neurologia é uma
especialidade médica que lida com
doenças prevalentes, como
acidente vascular cerebral,
cefaleia,
epilepsia e
doenças neurodegenerativas. Muitos países, como o
Brasil, se esforçam para oferecer assistência neurológica à
população, mas a
distribuição insuficiente e desigual da
força de trabalho de
neurologistas são desafios.
OBJETIVO:
Analisar a evolução demográfica dos
médicos neurologistas e das vagas de Programas de
Residência Médica em
Neurologia no
Brasil durante a última década (2010-2020) e o desequilíbrio de
distribuição entre as regiões.
MéTODOS:
A
distribuição demográfica e geográfica de
neurologistas foi calculada com base nos dados extraídos de
relatórios do
Conselho Federal do
Medicina do
Brasil, e o número de vagas em Programas de
Residência Médica em
Neurologia foi extraído de dados da
Comissão Nacional de
Residência Médica. Os
indicadores de riqueza foram associados aos
dados demográficos.
RESULTADOS:
O número de
neurologistas por 100.000 habitantes aumentou desde 2011, com um aumento
similar na
distribuição geográfica de
neurologistas. Entretanto, houve uma nítida desigualdade na
distribuição de
neurologistas entre as regiões, com um hiato entre as regiões Norte e a Sudeste. Além disso, a desigualdade da
distribuição de
neurologistas se correlacionou fortemente com a
desigualdade social. O número de vagas em Programas de
Residência Médica aumentou, porém com desigualdade entre as regiões Norte e Sudeste.
CONCLUSõES:
O
Brasil tem avançado na
geração de
neurologistas. Porém, ao invés de uma escassez, a desigualdade entre regiões é o maior desafio em relação à
força de trabalho neurológica. O treino de novos
neurologistas é desigual entre regiões e ocorre em um ritmo mais lento do que o necessário.
Neurologistas, autoridades em
saúde pública e
pacientes devem discutir
soluções para estes problemas.