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1.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 11-11, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566692

RESUMO

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente do gênero feminino, 75 anos de idade, com diagnóstico de Comunicação Interatrial do tipo Ostium Secundum (CIA OS) desde os 65 anos, encontrava-se em acompanhamento ambulatorial, inicialmente assintomática. Nas últimas consultas, queixando-se de dispneia classe funcional II de NYHA. Realizado novo Ecocardiograma Transtorácico, três anos após o último, evidenciando a valva aórtica espessada e calcificada, com aspecto degenerativo, com gradientes sistólicos elevados (máximo de 30 mmHg e médio de 19 mmHg), TAC de 114 ms e área valvar de 0,8 cm² estimada pela Equação de Continuidade, além da CIA OS previamente descrita, medindo 6 mm, com shunt esquerda-direita (Qp/Qs de 3,9). Fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) estimada em 60%, stroke volume indexado do VE de 25 ml/m². DISCUSSÃO: Dentre as causas clássicas de Estenose Aórtica (EA) grave com baixo fluxo e baixo gradiente, encontramos a disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (classicação D2), bem como a presença de ventrículos esquerdos pequenos e de espessura parietal aumentada que podem apresentam baixo volume sistólico, apesar de paradoxalmente apresentarem FEVE preservada (classificação D3). Encontramos na literatura médica poucos casos de EA grave associada à presença de CIA. Fisiopatologicamente, o shunt interatrial esquerda-direita leva à redução do fluxo transvalvar mitral e aórtico, gerando uma condição de baixo fluxo e baixo gradiente sistólico trans-aórtico, ainda que na presença de uma valva aórtica com evidente redução de sua área de abertura. COMENTÁRIOS FINAIS: Este caso clínico ilustra uma causa não usual e ainda pouco descrita de EA grave baixo fluxo e baixo gradiente em uma paciente idosa de 75 anos que apresentava previamente uma CIA OS associada. A associação destas duas condições muda não somente o entendimento hemodinâmico e fisiopatológico, como também a condução clínica e a decisão de uma provável programação de tratamento intervencionista.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Estenose da Valva Aórtica
2.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 17-17, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566781

RESUMO

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente feminina de 65 anos que apresentou dor torácica anginosa durante a realização de teste ergométrico, foi encaminhada ao pronto socorro, onde foi documentado elevação de marcadores de necrose miocárdica. Paciente evoluiu com dor refratária a vasodilatadores. Foi realizado ecocardiograma no leito com agentes de realce de ultrassom (ARUS) -primeiro agente de realce, que evidenciou balonamento médio apical do VE com hipercontratilidade dos segmentos basais e disfunção ventricular esquerda. Concomitantemente foi observada a presença de imagem retrocardíaca suspeita que não captou ARUS (afastando a possibilidade de ser aorta). Em seguida foi administrado pequena quantidade de água gaseificada via oral (Segundo agente de realce), com evidência de realce na imagem interrogada ao ecocardiograma, sugerindo o diagnóstico de bolha gástrica. Na sala de hemodinâmica, a ventriculografia confirmou a alteração segmentar e a arteriografia sem lesões coronárias obstrutivas (Terceiro agente de realce). A Ressonância magnética confirmou a alteração segmentar e não evidenciou realce tardio miocárdico (Quarto agente de realce). Houve reversão completa do quadro, caracterizando o diagnóstico de cardiopatia catecolaminérgica (síndrome de Takotsubo) e bolha gástrica intratorácica. DISCUSSÃO: O diagnóstico definitivo da cardiopatia catecolaminérgica baseia-se em vários critérios e requer uma abordagem de imagem multimodal incluindo ecocardiografia, arteriografia coronária e ressonância magnética cardíaca (RNM). A utilização de ARUS para melhor definição da borda endocárdica por ecocardiografia alcançou um papel bem estabelecido. O ARUS tem uma distribuição intravascular, por esse motivo na avaliação de massas que não sejam dessa origem, outros agentes de contraste podem ser utilizados de forma complementar. COMENTÁRIOS FINAIS: A realização do ecocardiograma na vigência de dor torácica é fundamental, tanto para aumentar a sensibilidade em caso de doença isquêmica como para afastar outras causas de dor torácica com risco iminente de morte. Em centros terciários, a disponibilidade da imagem multimodalidade para chegar até os diagnósticos definitivos deve ser aproveitada. O caso documenta do começo ao fim a integração da imagem multimodalidade contrastada para construir o diagnóstico completo da cardiopatia catecolaminérgica, e ainda com intervenção de um quarto agente de contraste que não deve ser subvalorizado, como é a água gaseificada.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Disfunção Ventricular Esquerda
3.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 17-17, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566783

RESUMO

APRESENTAÇÃO DE CASO: Paciente de 60 anos apresentou em ecocardiograma transtorácico achado de obliteração apical do ventrículo direito (VD), sem aumento de átrio direito nem sinais ecocardiográficos de restrição ao enchimento ventricular (achados não compatíveis com endomiocardiofibrose). Foi injetado solução salina agitada (macrobolhas), reforçando a imagem de obliteração apical, sem detalhes anatômicos adicionais. Em seguida, administrou-se agente de realce de ultrassom (ARUS), que evidenciou preenchimento do VD com amputação parcial do ápice, devido a trabeculação aumentada em segmento apical do septo, com aumento da espessura miocárdica até a via de saída proximal do VD, sem obstrução dinâmica de fluxo e sem defeitos de preenchimento nem aumento da captação na região após o pulso de alta energia ultrassónica, quando comparado com o miocárdio adjacente, o que afastou hipóteses de trombo ou neoplasias. Concluiu-se então que a amputação seria secundária ao aumento da espessura miocárdica do VD, sem acometimento do ventrículo esquerdo (VE). A ressonância magnética confirmou o diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica (CMH), com acometimento exclusivo do ápice de VD e septo ventricular na porção apical. Ambos os métodos documentaram fração de ejeção de VD preservadas, contudo, o strain, quando incluída a porção apical do VD, era reduzido (-13%). DISCUSSÃO: Entre os diagnósticos diferenciais da obliteração ventricular, devemos incluir a endomiocardiofibrose, variante apical de CMH, e massas como trombos e tumores. A utilização de ARUS tem papel bem documentado no diagnóstico dessas entidades no VE pela capacidade de passar o capilar pulmonar e opacificar as cavidades esquerdas, contudo existe poucos casos na literatura de CMH isolada de VD e de utilização de ARUS com esse objetivo específico. COMENTÁRIOS FINAIS: A utilização de ARUS para avaliação do VE, tem indicações consagradas. O caso documenta a utilidade dos ARUS para avaliações de alterações dentro do ventrículo direito, principalmente com estudo de perfusão, não apenas para afastar a possibilidade de trombos e tumores, como para melhor opacificação das bordas endocárdicas. Já que os dados sobre os parâmetros de avaliação de CMH de VD são muito escassos quando comparado com os dados disponíveis no ventrículo esquerdo, a utilização de ARUS nesses pacientes poderia fornecer informações importantíssimas para documentar o acometimento isolado do VE, biventricular ou exclusivo de VD.


Assuntos
Disfunção Ventricular Direita
4.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 22-22, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566816

RESUMO

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente, sexo feminino, 60 anos, com antecedentes de doença valvar reumática, submetida a troca valvar mitral com implante de prótese biológica em 1996 e a implante transcateter (valve-in-valve) de valva mitral em 2023, apresentou-se com queixa de dispneia aos esforços, ortopneia e edema de membros inferiores. O ecocardiograma transesofágico revelou disfunção da bioprótese mitral, com redução significativa da abertura e mobilidade de dois folhetos, com gradiente diastólico médio de 6 mmHg e orifício efetivo de fluxo (OEF) de 1,0 cm², assim como disfunção sistólica discreta do ventrículo esquerdo, disfunção sistólica do ventrículo direito, valva tricúspide com falha de coaptação e refluxo importante. Além disso, foi identificada comunicação interatrial (CIA), medindo 12x5 mm, com área de 0,6 cm², e shunt transeptal bidirecional, compatível com status pós punção transeptal. O caso foi discutido em equipe multidisciplinar e, devido ao alto risco cirúrgico, optou-se por realizar tratamento percutâneo, com balonamento da bioprótese e fechamento da CIA, que ocorreu sem intercorrências. Em seguimento ecocardiográfico, apresentou melhora parcial da mobilidade dos folhetos da bioprótese mitral, com OEF de 1,7 cm². DISCUSSÃO: A síndrome de Lutembacher é uma condição cardíaca rara caracterizada pela presença de CIA, congênita ou adquirida, em combinação com estenose mitral. A apresentação clínica varia de acordo com a gravidade do defeito no septo interatrial. Em casos de CIA restritiva, os sintomas são predominantemente relacionados à estenose mitral e ao aumento da pressão nas veias pulmonares, incluindo ortopneia e hemoptise. Por outro lado, quando a CIA é não restritiva, os sintomas da estenose mitral podem ser mais atenuados, devido ao alívio da pressão no átrio esquerdo através do shunt esquerda-direita pelo septo, levando a sintomas de sobrecarga das câmaras cardíacas direitas, como edema de membros inferiores e ascite. COMENTÁRIOS FINAIS: Conforme ilustrado pelo caso apresentado, com a crescente utilização de tratamentos percutâneos, que frequentemente requerem punção transeptal, para abordar cardiopatias estruturais, como a estenose mitral, a síndrome de Lutembacher pode se tornar mais frequente. Isso representa um desafio diagnóstico, pois os sintomas podem ser atribuídos à doença mitral, à CIA ou a outras patologias valvares e disfunções ventriculares frequentemente presentes nesses pacientes.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Valva Aórtica , Ecocardiografia
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